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Pragmática e análise de textos en língua portuguesa Júlio Dieguez Gonzalez GUÍA DOCENTE E MATERIAL DIDÁTICO 2017/2018 FACULTADE DE FILOLOXIA GRAU EN LINGUAS MODERNAS- PORTUGUÉS

PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

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Page 1: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

Pragmática e análise de textos en língua

portuguesa

Júlio Dieguez Gonzalez

GUÍA DOCENTE E MATERIAL DIDÁTICO

2017/2018

FACULTADE DE FILOLOXIA GRAU EN LINGUAS MODERNAS- PORTUGUÉS

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I. DADOS DA MATÉRIA NOME: Pragmática e análise de textos em língua portuguesa (código G5081360) TIPO: Matéria optativa da titulação de Grau em Línguas e Literaturas Modernas – Português (3º ano, segundo semestre) CRÉDITOS ECTS: 6 DURAÇÃO: Segundo semestre, entre 24/01/ 2013 e 14/05/ 2013, com o seguinte horário (quinta-feira, sexta-feira, 9-10h., sexta-feira, 10-11 h.). DESCRITOR: “Estudio, teórico y práctico, de las características que definen algunos tipos de textos escritos y orales, asociados a determinados actos comunicativos, en lengua portuguesa.” (pág. 231). http://www.usc.es/export/sites/default/gl/servizos/sxopra/descargas/Memoria_Grao_Lenguas_Literaturas_Modernas.pdf II. DADOS DOS PROFESSORES COORDENADOR: NOME: Júlio Dieguez Gonzalez DEPARTAMENTO: Filoloxía Gª -SbÁrea: Filologia Portuguesa GABINETE: 321 HORÁRIO DE ATENDIMENTO: Pendente de Resolução. LÍNGUAS: Português

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III. OBJETIVOS Tal como está estabelecido na memória do grau de línguas modernas (página 231) a matéria articula-se com este propósito: Estudio, teórico y práctico, de las características que definen algunos tipos de textos escritos y orales, asociados a determinados actos comunicativos, en lengua portuguesa. (sic): http://www.usc.es/export/sites/default/gl/servizos/sxopra/descargas/Memoria_Grao_Lenguas_Literaturas_Modernas.pdf Este objetivo geral especifíca-se nas linhas seguintes: a) Aquisição de competências para a comunicação de nível avançado em língua portuguesa. b) Aquisição de competências metalinguísticas na língua portuguesa atendendo,

especialmente, à estratifcação social do uso linguístico, e à aquisição do vocabulário e das estruturas culturais para a interacção social em comunidades de língua portuguesa.

c) Aquisição de habilidades práticas subordinadas ao objetivo essencial de e consolidar a

competência comunicativa em português ao nível dos utentes nativos. d) Aquisição de conhecimentos metalinguísticos referentes às variedades do português

europeu, brasileiro e africano. e) Aquisição de conhecimentos referentes às principais caraterísticas e singularidades das

culturas dos países lusófonos nos aspetos que condicionam a norma linguística f) Aprofundar na aprendizagem e desenvolvimento das competências necessárias para o

domínio da gramática e do léxico do português num nível de excelência. g) Aprofundar os conhecimentos sobre a história e a variação geográfica e social do

português. IV. COMPETÊNCIAS -Capacidade de interagir oralmente e por escrito em português com falantes nativos de qualquer idade, sexo e condição social, de qualquer país de língua portuguesa. - Interpretar de forma correta a realidade sociolinguística e sociocultural que envolve qualquer tipo de texto ou situação de comunicação em português. - Conhecimento excelente da língua portuguesa no nível da semântica e da pragmática. - Conhecimento dos parâmetros teóricos sobre os problemas clássicos da semântica e pragmática do português. -Desenvolver o pensamento crítico e imunizar os alunos face a qualquer tentativa de instrumentalização.

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-Desenvolver nos alunos habilidades para desmascarar as estratégias fraudulentas de manipulação social. -Habilitar os alunos para o exercício profissional em língua portuguesa dentro de parâmetros democráticos e de respeito pelos direitos da humanidade. V. CONTEÚDOS

1. Competência comunicativa e atos de fala 1..1. Tipologia dos atos de fala 1.2. Princípio de cooperação e princípio de delicadeza 1.3. Implicatura conversacional

2. Interacção verbal 2.1. Regulação da distância: o tratamento 2.2. Fala e identidade social 2.3. Fala e desigualdade social

3. Estrutura temática e estrutura informacional 3.1. Coesão textual 3.2. Coerência textual

4. Cortesia verbal e marcação da distancia social 4.1. Estratificação da delicadeza 4.2. Estratificação social da irritação e da injúria 4.3. Estratificação dos afetos e emoções 4.4. Estratificação da simpatia e da decência

5. A construção do “outro”: marcação lingüística do sendo de comunidade 5.1. O sentido de comunidade local 5.3. O sentido comunitário sobrenatural 5.4. O sentido de comunidade nacional

6. Análise do discurso 6.1. Tipos de discurso 6.2. Teoria social da linguagem 6.3. Discursos e ideologia 6.4. Discursos e hegemonia 6.5. Discursos e empatia

7. Lingua e sexos 7.1. Diferenças linguísticas em função do sexo 7.2. Estruturas familiares e sua projecção linguística 7.3. Delicadeza e emoções no círculo familiar 7.4. A linguagem da adolescência e da senilidade

8. Interacção verbal em contexto pedagógico 8.1. Sentido de casta e abuso da autoridade linguística 8.2. Delicadeza verbal em contexto pedagógico. 8.3. Os afetos e emoções em contexto pedagógico 8.4. Empatia, hegemonia e ideologia em contexto pedagógico

9. Linguagem e manipulação social 9.1. Estrutura linguística da manipulação 9.2. Estratégias da comunicação fraudulenta

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9.3. Linguagem e democracia 9.4. Instrumentalização e opacidade 9.5. Demagogia e plutocracia

10. Linguagem relações económicas e crise financeira internacional 10.1. Os discursos da crise 10.2. A linguagem do défice e do equilíbrio orçamental 10.3. Globalização do comércio internacional e suas manifestações linguísticas

VI. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ADRAGÃO, José Victor, “Vós ou vocês?”. In: Público, Domingo 24 de Abril de 1994, p. 35. (Questões do Público—Língua). ALVES, Helen Santos, “Significação e bases para uma teoria da pragmática”. In: Diacrítica I (1986), pp. 131-145. CARREIRA, Maria Helena Araújo, Modalisation linguistique en situation d’interlocution: proxémique verbale et modalités en portugais, Éditions Peeters Louvain, Paris 1997. CINTRA, Luís Filipe Lindley, Sobre “formas de tratamento” na língua portuguesa, Livros Horizonte, Lisboa 1986. COSTA, João, Deonilda MOURA e Sandra PEREIRA, “Concordância com a gente: um problema para a teoria da verificação de traços”. In: Actas do XVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (Coimbra, 28-30 de Setembro de 2000). Organizadas por Clara Nunes Correia/Anabela Gonçalves. Associação Portuguesa de Linguística, Lisboa 2001, pp. 639-655. DANTAS-FERREIRA, Fernanda, “De «Por Senhor, que ainda há respeito» a «Por Tu, como havia de ser?». Um estudo de variação em tempo aparente”. In: Actas do XII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Vol. II. Associação Portuguesa de Linguística, Lisboa 1997, pp. 117-123. DOLS, Frens J. H., Pragmatic grammar components. University of Tilburg, Tilburg 1992. DURANTI, Alessandro, “Antropoloxía linguística”. In: RAMALLO, Fernando, Gabriel REI-DOVAL e Xoán Paulo RODRÍGUEZ YÁÑEZ (Editores), Manual de Ciencias da Linguaxe. Edicións Xerais, Vigo 2000, pp. 269-306 [Especialmente a epígrafe 3.1. “Competencia comunicativa”, pp. 282-284]. ESCANDELL VIDAL, María Victoria, Introducción a la pragmática. Ariel, Barcelona 1996. FÁVERO, Leonor Lopes, “A informatividade como elemento da textualidade”. In: Letras de Hoje, nº 60 (1985), pp. 13-20.

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GOUVEIA, Carlos A. M., “Pragmática”. In: Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Organização de Isabel Hub Faria, Emília Ribeiro Pedro, Inês Duarte e Carlos A. M. Gouveia. Ed. Caminho, Lisboa 1996, pp. 383-419. MAÇÃS, Delmira, “Fórmulas interlocutórias do diálogo no português moderno coloquial”. In: Biblos, XLV (1969), pp. 153-266. MATEUS, Maria Helena Mira, Ana Maria BRITO, Inês Silva DUARTE e Isabel Hub FARIA, Gramática da Língua Portuguesa, Ed. Caminho (2ª edição) Lisboa 1989, [Produção e interacção verbal, pp. 115-133]. MENON, Odete, Uso dos pronomes sujeito de 1ª pessoa: uma análise sociolingüística. Tese de Professor Titular, UFPR, Curitiba 1996. OLIVEIRA, Sandi Michele de, “Mudança e continuidade nas formas de tratamento em Évora”. In: Actas do 4º Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas. Universidade de Hamburgo, 6 a 11 de Setembro de 1993. M. Fátima Brauer-Figueiredo (coord.). Ed. Lidel, Lisboa-Porto-Coimbra 1995, pp. 203-214. OLIVEIRA MEDEIROS, Sandi Michele de, A Model of Address From Negotiation: A Sociolinguistic Study of Continental Portuguese. Tese de Doutoramento, Universidade do Texas. Austin Texas (EUA). PEDRO, Emília Ribeiro, “Interacção verbal”. In: Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Organização de Isabel Hub FARIA, Emília Ribeiro PEDRO, Inês DUARTE e Carlos A. M. GOUVEIA. Ed. Caminho, Lisboa 1996, pp. 449-475. PERES, João Andrade, “Convenções e desvios na língua portuguesa”. In: O Foco, 16 (Dezembro 1996), pp. 9-17. SEARA, Isabel Roboredo, “Formas de felicitação e congratulação: elementos para o seu estudo”. In: Actas do XIV Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (Aveiro, 28-30 de Setembro de 1998). Organizadas por Ana Cristina Macário Lopes/Cristina MartMartins, Braga 1999, vol. II, pp. 419-429. SEARA, Izabel C., Expressão variável do sujeito ‘nós’ e ‘a gente’ na fala de informantes florianopolitanos. UFSC, Florianópolis 1997. SEARLE, John R., Speech Acts: An essay in the Philosophy of Language. Cambridge University Press, Cambridge 1969. Tradução portuguesa: Os Actos de Fala, Livraria Almedina, Coimbra 1981. SEARLE, John R., Expression and Meaning: Studies in the Theory of Speech Acts. Cambridge University Press, Cambridge 1979. SILVA, H. Mateus, “Notas sobre você, vocês, pronomes pessoais de 2a pessoa no português europeu”. In: Arquipélago, vol. XII (1991), pp. 129-142. SILVA, Vera Lúcia Paredes, “A variação na referência à segunda pessoa do singular na fala do Rio de Janeiro”. In: Actas do XIV Encontro Nacional da Associação Portuguesa de

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Linguística (Aveiro, 28-30 de Setembro de 1998). Organizadas por Ana Cristina Macário Lopes/Cristina Martins, Braga 1999, vol. I, pp. 473-483. AFONSO, Ana Bela, “Dos valores retóricos”. In: Saberes no tempo. Homenagem a Maria Henriqueta Costa Campos. Org. por Maria Helena Mateus e Clara Nunes Correia. Edições Colibri, Lisboa 2002, pp. 19-26. ALVES, Helen Santos, “O contexto-fenómeno necessário e complementar”. In: Saberes no tempo. Homenagem a Maria Henriqueta Costa Campos. Org. por Maria Helena Mateus e Clara Nunes Correia. Edições Colibri, Lisboa 2002, pp. 27-34. COUTINHO, Maria Antónia, “De que falamos quando falamos de textos”. In: Saberes no tempo. Homenagem a Maria Henriqueta Costa Campos. Org. por Maria Helena Mateus e Clara Nunes Correia. Edições Colibri, Lisboa, 2002, 251-264. DIJK, Teun A. van, Texto y contexto (Semántica y pragmática del discurso). Ed. Cátedra, Madrid 1983 (3ª ed.). FÁVERO, Leonor Lopes, Coesão e coerência textuais. Ed. Ática, São Paulo 1991. FONSECA, Joaquim, Estudos de Sintaxe-Semântica e Pragmática do Português. Porto Editora, Porto 1993. FONSECA, Joaquim, “O funcionamento discursivo de ‘se não A, pelo menos B’”. In: Diacrítica 11 (1996), pp. 309-348. FONSECA, Joaquim, Pragmática Linguística. Introdução, teoria e descrição do português, Porto Editora, Porto 1994. GOUVEIA, Carlos A. M.,“Pragmática”. In: Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Organização de Isabel Hub Faria, Emília Ribeiro Pedro, Inês Duarte e Carlos A. M. Gouveia. Ed. Caminho, Lisboa 1996, pp. 383-419. KOCH, Ingedore G. Villaça, Argumentação e linguagem. Ed. Cortez, São Paulo 1984. KOCH, Ingedore G. Villaça, A coesão textual. Ed. Contexto, São Paulo 1989. KOCH, Ingedore G. Villaça e Leonor Lopes FÁVERO, A coerência textual. Ed. Contexto, São Paulo 1990. LOPES, Ana Cristina Macário, “Tempo, aspecto e coesão discursiva”. In: Actas do XI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (1995). Vol. III. Edições Colibri, Lisboa 1996, pp. 351-371. MATEUS, Maria Helena Mira, Ana Maria BRITO, Inês Silva DUARTE e Isabel Hub FARIA, Gramática da Língua Portuguesa, Ed. Caminho (2ª edição) Lisboa 1989 [Mecanismos de estruturação textual, pp. 134-159]; [“Frases com tópicos e focos marcados”, pp. 227-237]. SÁNCHEZ CASTRILLÓN, Gemma, Comentário de um soneto de Sá de Miranda: “Em pena tão cruel, tal sofrimento…” Lusofilia, nº 3 (2016), pp. 83-96.

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TOUSAK, Athanasios, Verbos auxiliares em português e em grego. Lusofilia, nº 1 (2015), pp. 5-21. A bibliografia específica sobre cada tema será fornecida na aula na altura em que tenha lugar do desenvolvimento teórico-prático de cada um deles. VII. METODOLOGIA DO ENSINO Utilizar-se-á uma metodologia que possa garantir a competência ativa na oralidade do português, assim como o domínio pleno da cortesia, delicadeza, expressão des emoções e de todos os outros aspetos da comunicação oral e escrita. A metodologia adaptar-se-á às necesidades específicas dos/as alumnos/as, e basear-se-á na exigível participação ativa deles e na responsabilidade partilhada com o docente da matéria no sentido de garantir a consecução dos objetivos fixados. Também se procurará a cooperação constante dos alunos no sistema de avaliação. VIII. SISTEMA DE AVALIAÇÃO Considera-se prioritário para efeitos de avaliação as habilidades relativas à oralidade, visando garantir a compreensão e expressão correta em português falado. São considerados os âmbitos e procedimentos seguintes, por ordem hierárquica de importância: Para a avaliação são considerados os âmbitos e procedimentos seguintes, por ordem hierárquica de importância: - Exposições orais de trabalhos (4) sobre as leituras obrigatórias - Exames escritos de conteúdos teóricos e competência prática (4) A nota final será a média de oito notas: quatro de provas escritas, e quatro de exposições orais sobre os textos de leitura obrigatória. Não se faz média nos casos em que a qualificação é inferior a 4. Nesse caso a nota mais baixa será a nota final. Para a aprovação exige-se alcançar uma média que represente 55% do total da qualificação máxima absoluta. A língua da avaliação será obrigatória e exclusivamente o português. A assitência às aulas será registada e tida em conta para os devidos efeitos, em aplicação da “Normativa de asistencia a clase” aprovada no “Consello de Goberno” da USC do 25 de Março de 2010, além da normativa específica que a Facultade de Filoloxía estabeleça a este respeito. Na segunda oportunidade a avaliação será feita con critérios idénticos aos da primeira, salvo que a assistência e participação nas aules será substituída por traballo dirigido não presencial que consistirá em actividades de recuparação.

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IX. DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO A matéria consta de 6 créditos, equivalentes, segundo o sistema ECTS, a 150 horas de trabalho do aluno (25 horas por cada crédito). Sessões expositivas 30 Estudo e preparação de atividades programadas na aula: 35 Sessões de seminário / laboratório de idiomas / aula de informática.: 15 Realização de trabalhos de diversos tipos: 35 Sessões de atendimento programado: 2 Leituras: 20 Sessões de avaliação: 3 Preparação de exames: 10 Outras atividades (sem especificar): 0 Total de horas de atividade Presencial: 50 Total de horas de atividade não Presencial: 100 No seguinte quadro mostra-se a distribuição de horas previstas para cada atividade:

ATIVIDADES

HORAS PRESENCIAIS

HORAS DE TRABALHO AUTÓNOMO

TOTAL

Aulas de teoria 30 35 65 Sessões de seminário

15 15

Aulas práticas 10 45 55 Avaliação 5 10 15 TOTAL 60 90 150

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CALENDÁRIO PREVISÍVEL DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS Chave da tipologia de atividades: AP= aula prática; AT= aula de teoria; ETP= exame teórico-prático; Compt= aula informática. TD =Trabalho dirigido CALENDÁRIO PREVISÍVEL DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS Chave da tipologia de atividades: AP= aula prática; AT= aula de teoria; ETP= exame teórico-prático; ATE= Atendimento tutorial especializado. TD =Trabalho dirigido; EL=Exame sobre obra de leitura E= Exame teórico-prático

FEVEREIRO 2017 Horas de aulas de teoria (temas 1, 2 e 3) 5 AT Horas de aula de prática (temas 1, 2 e 3) 10 AP Ler a 1ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL Exame teórico-prático dos temas 1 a 3 2 ETP Prova de exposição oral sobre obra nº 1 de leitura obrigatória

3 EL

MARÇO 2018 Horas de aulas de teoria (temas 4, 5 e 6) 5 AT Horas de aula de prática (temas 4, 5 e 6) 10 AP Ler a 2ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL Exame teórico-prático dos temas 1 a 6 2 ETP Prova de exposição oral sobre obra nº 2 de leitura obrigatória

3 EL

ABRIL 2018 Horas de aulas de teoria (temas 7, 8, 9) 3 AT Ler a 3ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL Horas de aula de prática (temas 7 , 8, 9) 6 AP Prova de exposição oral sobre obra nº 3 de leitura obrigatória

3 EL

MAIO 2018 Horas de aulas de teoria (tema 10) 4 AT Horas de aula de prática (temas 10) 8 AP Ler a 4ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL Prova de exposição oral sobre obra nº 4 de leitura obrigatória

3 EL

Exame teórico-prático dos temas 7 a 10 2 ETP Prova final 2 ETP

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EXERCÍCIOS

TEMA I 1.Classifique as construções infinitivas das frases seguintes:

1. Ele mandou-lhes dizer que não saíssem de casa nas 24 horas seguintes 2. O presidente mandou-os contar a verdade aos ministros na reunião 3. O comandante mandou-lhes entregar as espingardas automáticas 4. Aos alunos, a professora faz ler os livros em fevereiro 5. O presidente mandou os ministros contarem a verdade na reunião 6. As enfermeiras fazem os doentes tomarem os comprimidos 7. O patrão mandou os empregados limparem as máquinas automáticas 8. O médico faz os doentes tomar os remédios ao almoço 9. O professor fez os meninos entregarem os trabalhos sexta-feira 10. O comandante mandou lavar as sanitas aos soldados

2. Classifique as construções infinitivas das frases seguintes:

1. O tenente ordenou investigar as estradas aos sapadores 2. O pai mandou os filhos comer a sopa ao jantar 3. O tenente mandou os sargentos entregarem os trabalhos até à sexta-feira 4. A mãe mandou os filhos comerem o frango ao almoço 5. A avó fez os netos comer a carne ao almoço 6. Ele viu os meninos a devorarem os gelados ao saírem da escola 7. Ele viu os alunos a fazer os exercícios ao saírem da aula 8. Ela mandou os irmãos limpar o jardim ao fim de semana 9. Eles mandaram cortar o bigode ao artista com as tesoiras novas

10. Ela viu as meninas a lavarem a cara às bonecas no infantário

3. Classifique as construções infinitivas das frases seguintes:

1.Ela fez os aldrabões confessarem que tinham mentido aos seus irmãos

2.Ele ia a sair e viu os amigos a espreitar atrás da porta

3.O pai deixou os meninos comerem o bolo antes do almoço

4.O rei mandou vir o livro das leis e ler o conteúdo aos diplomatas

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5. O embaixador fez dizer aos diplomatas que o tratado não foi assinado

6.O rei mandou-lhes ler o código em voz alta

7. O advogado fez as testemunhas jurarem que o viram a estrangular a vítima

8.O advogado fez-lhes fazer o almoço no escritorio todos os días

9. O presidente fez os técnicos informáticos manipularem o computador

10.O candidato fez os eleitores odiar as suas manipulações

4. Classifique as construções infinitivas das frases seguintes:

1.O árbitro fez os dragões ganhar o jogo

2. Os jogadores deixaram meter a bola na baliza ao atacante da outra equipa

3.O árbitro fez perder os encarnados

4. O guarda-redes deixou a bola entrar na baliza

5.O guarda redes fez os brancos ganhar o jogo

6. O comandante fez os soldados entregar as pistolas ao sargento

7.O treinador fez os dragões perder e teve cartão vermelho e foi expulso

8. O capitão fez os encarnados ganharem e serem vencedores no estádio

9. O avô mandou entregar os presentes aos netos na noite de Natal

10.O professor mandou os alunos realizar o exercício de causativas

1. Classifique as construções infinitivas das frases seguintes:

1.A aluna fez as colegas pedir ao professor para explicar outra vez o exercício

2.A avó mandou as netas saberem a tabuada do sete e do oito

3.A comissão europeia fez os alunos ir às aulas todos os dias

4.O comissário europeu mandou os estudantes irem às aulas todos os dias

5.O reitor mandou aconselhar os alunos para obeceder aos professores

6.O réu fez vir o diretor e ver as péssimas condições em que se encontrava

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7. O empreiteiro fez assinar o documento aos operários

8.O rei mandou contar a verdade aos porta-vozes da comissão

9.A bruxa fez comer bolo de mação à Branca-de-Neve e aos anões

10.O lobo fez Capuchinho Vermelho vir à casa da avó

6.Resuma de forma clara e sintética (em 25 linhas como máximo) o seguinte texto:

Sempre: valores pragmáticos Pelos exemplos comentados na secção anterior (repetidos aqui), verifica-se que o

advérbio de frequência sempre nunca ocorre em posição inicial de frase, sendo a sua distribuição típica a posição pós-verbal:

(1) O João veio sempre almoçar a minha casa durante o mês de Agosto. (2) Quando era miúda, a Patrícia estava sempre constipada. (3) *0 João é sempre louro/alto. (4) O João é sempre educado. (5) A Ana vive sempre em Coimbra. (6) O João é/foi sempre inteligente. (7) O João foi sempre louro. (8) O João fuma/fumou sempre a seguir às refeições. (9) O João come/comeu sempre uma peça de fruta ao almoço. (10) A Ana chega/chegou sempre a horas. (11) A soma de dois números ímpares é sempre um número par. (12) Os rios correm sempre para o mar. (13) A Ana vai sempre à praia com o João. (14) A Ana anda sempre de carro. (15) O Paulo está sempre a queixar-se.

Analisemos agora os contextos de ocorrência e os valores pragmáticos de sempre

marcador discursivo. (16) O Paulo sempre veio. (17) A Ana sempre ganhou o prémio. (18) Sempre quero ver se tens coragem para isso! (19) Sempre me saíste um aldrabão!

Em todos estes exemplos, sempre ocupa uma posição pré-verbal, podendo essa

posição coincidir com início absoluto de frase. Enquanto marcador discursivo, sempre nunca ocorre em posição pós-verbal. Estas restrições sintagmáticas funcionam já como um critério de diferenciação entre o advérbio de frequência e o marcador discursivo. Pôr outro lado, o advérbio sempre pode comutar com outros adjuntos adverbiais que a ele se opõem no interior do mesmo paradigma (por exemplo, muitas vezes, raramente, duas vezes por semana) o que não acontece, obviamente com o marcador discursivo. Veja-se a inaceitabilidade de (17a):

(17a) *A Ana duas vezes por semana ganhou o prémio. Este marcador discursivo não contribui para as condições de verdade da proposição

que integra. Não é, pois, caracterizável em termos semânticos clássicos. A descrição do seu

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funcionamento implica que se tome em consideração o quadro comunicativo que preside à produção e recepção dos discursos. Vejamos, então, que valores ou que funções são carreadas por este item.

Pela análise dos exemplos, parece-me que se podem distinguir essencialmente dois

valores: em (16) e (17), sempre corresponde fundamentalmente a uma sinalização do universo epistémico do locutor; nos dois outros exemplos, sempre veicula um valor de índole dominantemente expressiva. Mas vejamos mais de perto os exemplos em causa.

3.1. Em (16) e (17), sempre funciona como sinalizador/marcador das expectativas e

dúvidas do locutor. Ao produzir estes enunciados, o locutor não se limita a constatar um facto ou a formular uma asserção factual; a inserção de sempre assinala um determinado horizonte de expectativas, que teoricamente comporta quer a crença na possibilidade, quer a crença na impossibilidade de ocorrência da situação descrita. Concretizando um pouco mais a ideia esboçada, diremos que as situações descritas nestes enunciados não eram tidas como absolutamente previsíveis pelo locutor, ou seja, a sua ocorrência não era por ele avaliada como totalmente certa; por outras palavras, o locutor assinala, através do uso de sempre, as suas dúvidas acerca da ocorrência da situação descrita. Sempre aponta justamente para o universo epistémico do locutor, não sendo, no entanto, óbvia a sua função de sinalização de uma expectativa positiva, confirmada pelos factos, ou de uma expectativa negativa, que afinal os factos vieram anular/desmentir.

A ambiguidade referida pode ser comprovada pelas distintas paráfrases admitidas

pelos enunciados em apreço. Parece-me plausível propor as seguintes paráfrases: (16a) O Paulo acabou por vir. (16b) O Paulo veio, como se esperava. (17b) A Ana acabou por ganhar o prémio. (17c) A Ana ganhou o prémio, como se esperava.

A opção por uma ou outra interpretação está, provavelmente, condicionada por

factores prosódicos e depende certamente do conhecimento partilhado pelos interlocutores ou de informação cotextual. De qualquer modo, na interpretação explicitada por (16a) e (17b), sempre assinala que, contrariamente às expectativas do locutor, a situação acabou por ocorrer, tendo sido ultrapassados os eventuais obstáculos que impediriam a sua concretização. Na interpretação dada em (16b) e (17c), sempre marca a confirmação de uma expectativa prévia do locutor.

Podemos então adiantar a hipótese de que este marcador discursivo activa uma

inferência acerca do contexto em que o enunciado deve ser interpretado. 'Contexto' é aqui entendido como conjunto de assunções que configuram o universo cognitivo dos falantes e com as quais vai interagir o enunciado entretanto produzido, dando essa interacção origem à construção de informação relevante. 16 Nos casos que temos estado a analisar, a informação dos enunciados que contêm sempre é relevante na medida em que anula ou reforça uma assunção pressuposta pelos falantes. Essa assunção, como já se disse, pode ser de fraca ou nula crença na probabilidade de ocorrência da situação descrita, ou de forte crença nessa ocorrência. Seja como for, há uma invariância que importa reter: sempre inscreve no discurso uma atitude de dúvida prévia, finalmente anulada pela constatação de uma ocorrência situacional. Assim, sempre assinala que o conjunto de hipóteses em aberto que uma atitude de não certeza comporta foi anulado face à informação factual disponível.

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Nos contextos em que sempre comuta livremente com afinal, a interpretação intendida pelo locutor é, certamente, a que realça uma expectativa negativa face à ocorrência da situação descrita. Veja-se o exemplo (16c), que admite a paráfrase (16d), mas não a (16e):

(16c) O Paulo afinal veio. (16d) O Paulo (afinal) acabou por vir. (16e) O Paulo veio, como se esperava.

Em (16d), a explicitação de afinal é, a meu ver, aceitável, embora redundante

relativamente à informação contida no enunciado. Em (16e), a introdução de afinal tornaria o enunciado anómalo. Veja-se (16e'):

(16e') * O Paulo afinal veio, como se esperava. Numa primeira análise, e nos contextos referidos, parece haver comutação livre entre

sempre e afinal. No entanto, constata-se, num segundo momento, que estes dois itens podem co-ocorrer no mesmo enunciado, numa estratégia discursiva de enfatização, como se comprova pelo exemplo (16f):

(16f) Afinal, o Paulo sempre veio17. É curioso verificar que o marcador discursivo sempre , na sua função de sinalização do

universo epistémico do falante, nunca ocorre em frases negativas. Nestes contextos, é substituído por afinal ou por uma perífrase que envolve necessariamente a construção 'acabar por + não Vinf. Atente-se nos exemplos seguintes:

(16g) * O Paulo sempre não veio. (16h) Afinal o Paulo não veio. (16i) O Paulo acabou por não vir.

3.2. Vejamos agora o segundo valor discursivo assinalado, retomando os exemplos

(18) e (19). Estamos perante frases exclamativas, que funcionam como suporte formal de um acto ilocutório expressivo. Em (19), sempre parece reforçar o valor de dativo ético"8 do pronome pessoal de 1' pessoa ('me') que ocorre no enunciado: ambos os itens inscrevem o locutor no enunciado, marcando/enfatizando a sua atitude expressiva. Vejam-se duas paráfrases possíveis deste enunciado em (19a) e (19a'):

(19a) Saíste-me cá um aldrabão! (19a') Saíste-me mesmo um aldrabão! Note-se que cá, em (19a), assinala não proximidade espacial, mas proximidade ou

envolvimento do falante. Para (18), uma paráfrase aceitável seria (18 a): (18a) Quero mesmo ver se tens coragem para isso! O item mesmo que ocorre nas paráfrases parece funcionar como focalizador. Segundo

Ilari, "o uso de advérbios focalizadores pode indicar que uma propriedade ou relação se realiza de maneira 'prototípica' ou 'exemplar"(1993:201). Julgo que a observação se aplica a este uso de sempre.

Com este valor, sempre não ocorre em frases negativas, como se pode confirmar pelos

exemplos (19b) e (18b): (19b) *Sempre não me saíste um aldrabão! (18b) *Sempre não quero ver se tens coragem para isso!

Page 16: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

Note-se que sempre, em contextos deste tipo, parece reforçar, de forma algo redundante, o valor ilocutório expressivo que a curva entonacional da frase exclamativa carreia. No entanto, talvez ainda persista, embora atenuado, o valor anteriormente assinalado: o locutor manifesta a sua atitude de dúvida (colmatada, em (19), a colmatar em (18)).

3.3. Os valores até agora elencados não esgotam o funcionamento discursivo de sempre. Se não, vejamos os exemplos que se seguem:

(20) O dinheiro que recebi é/foi pouco, mas sempre ajuda. (21) Vem comigo ao cinema, sempre desanuvias! Nestes casos, sempre parece comutável com em todo o caso, pelo menos ou apesar de

tudo. Estamos perante discursos de índole argumentativa. Em (20), a escassez de dinheiro poderia ser um argumento a favor de uma conclusão negativamente perspectivada pelo falante; no entanto, o segundo membro da construção, introduzido por mas e marcado por sempre, funciona como argumento a partir do qual é possível inferir uma conclusão avaliada de forma mais positiva. Ao introduzir sempre no seu enunciado, o falante assinala que esse mesmo enunciado serve de argumento para uma conclusão e expressa implicitamente um comentário sobre a força desse argumento: trata-se de um argumento fraco, mas mesmo assim deve ser tomado em consideração. Em (21), encontra-se uma interpretação idêntica: ao dizer 'sempre desanuvias', o falante aduz um argumento que visa persuadir o interlocutor a aceitar o convite inicial; concomitantemente, implicita que o argumento aduzido, apesar de não ter uma força argumentativa forte, é avaliado de forma suficientemente positiva para funcionar como suporte de uma conclusão: na ausência de um argumento mais forte em sentido inverso, o argumento invocado não é despiciendo.

Em ambos os casos, o locutor marca a sua presença através de sempre: dá ao ouvinte uma instrução interpretativa, assinalando que o enunciado assim prefaciado deve ser lido como argumento a favor de uma conclusão; simultaneamente, comenta o baixo grau de força argumentativa do argumento que ele próprio produziu/enunciou19, sem deixar de acentuar, no entanto, a pertinência da sua ponderação. Note-se que tal pertinência resulta da validade permanente da correlação genérica20 que preside à argumentação e que pode ser formulada recorrendo ao valor temporal de sempre: em (20), essa correlação seria 'ter dinheiro é sempre bom' e em (21) teríamos algo como 'ir ao cinema desanuvia sempre'.

Por outro lado, parece-me possível inferir uma modalização axiológica positiva a partir das instruções que associámos a sempre : se o falante recorre, no seu discurso, a um argumento que reconhece ser fraco, isso significa que apesar de tudo o avalia positivamente, embora num grau não muito elevado numa escala de valores.

4. Observações finais Neste trabalho, descrevemos diferentes valores de sempre, sendo que esses diversos

valores não parecem, numa primeira análise, susceptíveis de um tratamento integrado, o que apontaria para um caso de homonímia. No entanto, talvez uma análise mais aprofundada permita vislumbrar alguns pontos de articulação entre esses valores, de modo a configurar variantes de significado ligadas metafórica ou metonimicamente. Com efeito, parece haver alguma afinidade entre o valor temporal analisado em 2. e o valor argumentativo descrito em 3.3. Concretizando: a quantificação temporal veiculada pelo advérbio sempre envolve uma ideia de permanência no tempo ou de validade permanente de uma correlação entre situações; por seu turno, o marcador pragmático sempre atribui uma espécie de permanência à possibilidade de o argumento por ele circunscrito funcionar como tal, em função da activação de uma assunção implícita, de validade permanente, onde uma vez mais se correlacionam situações-tipo.

Page 17: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

ANA CRISTINA M. LOPES: Contribuição para o estudo dos valores discursivos de sempre

TEMA II

1. Classifique as expressões referenciais e as expressões predicativas das seguintes frases:

A Terra é um planeta A Joana mora com a mãe A Ana e o Gil compraram uma mesa redonda

O gato está no telhado

A Maria é médica A bola é azul O diretor é o Pedro A Ana é feliz Toda a rua está inundada O Presidente é Marcelo

2. Explique o(s) tipo(s) de referência (definida, Indefinida, genérica, especifica) que exlstem nos sintagmas em negrito; construa contextos para desfazer os caso de ambiguidade referencial:

(1) Uma pessoa que sabe alemão arranja emprego (2) Um condenado à pena capital pede clemência ao Presidente (3) Não desejava repartir os lucros com a pessoa que lhe fazia as encomendas, o que o levou a premeditar e concretizar o crime de que á acusado (4) Se há alguém dentro só pode ser o proprietário (5) A Joana comprou uma casa com pista para ovnis (6) «O presidente de Singapura é Impenetráveis, foi o comentário de Mário Soares, depois de eie próprio ter dirigido um pedido ao seu homólogo pare que a pena fosse comutada

3. Faça o mesmo com os sintagmas em negrito das frases seguintes:

(7)O Rei é inviolável e não pode ser objeto de Investigação policial nem arguido em causa civil ou penal (8) Não me parece, contudo, que a pessoa que fez a Introdução ao referido artigo tenha percebido bem o seu objetivo (9) A pena de morte só foi abolida no Reino Unido em 1973 -Portugal foi o primeiro pais europeu a abolir a pena capital, em 1876 --tendo a última execução ocorrido sove anos antes; mas um militar foi executado por deserção em 1917 (10) Não desejava repartir os lucros com a pessoa que alegadamente lhe fazia as encomendas, o que o levou a premeditar a concretizar o crime de que é acusado (11) Olhei para ele e pensei que não tinha nada a ver com a pessoa que eu conhecia (12) Não faz sentido que a chefia da igreja Anglicana, que é uma instituição fundamentalmente espiritual, recaia sobre uma pessoa que não tem natural predisposição nem preparação doutrinária para desempenhar esse cargo

Exercício 4

Construa dois exemplos de cada: A) Referência indefinida única B) Referência definida única, C) Referência genérica

Page 18: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

O) Ambiguidade referencial

TEMA III

1. Preencha com os termos antónimos complementares correspondentes (l)a. ele está à direita de X � ele não está à ___________ de X

b. ele não está à direita de X � ele está à __________ de X (2) ele sabe quem é X � ele não _____________ quem é X

ele não sabe quem é X � ele _____________ quem é X (3) ele _____________ � ele não disse a verdade

ele não _______________ � ele disse a verdade (4) ele está ____________ � ele não está vivo

ele não está ___________ � ele está vivo (5) ele é inocente � ele não é _____________

ele não é inocente �- ele é ________________ (6) este número é par � este número não é ____________

este número não é par � este número é ________________ 2. Preencha com os termos antónimos graduáveis correspondentes

(1) a. ele ama X � ele não ___________ X

b. ele não ama X � ʫ ele __________ X (2) a. ele é o ____________ de X � ele não é a vítima de X

b. ele não é o _____________ de X � ʫ ele é a vítima de X (3) a. o balde está __________ de X � o balde não está vazio de X

b. o balde não está _________ de X � ʫ o balde está vazio de X (4) a. o ferro está __________ � ele não está frio

b. o ferro não está _____________ � ʫ ele está frio (5) a. o chão está ___________ � ele não está molhado

b. o chão não está __________ � ʫ ele está molhado (6) a. ele é o ______________ da família � ele não é o primogénito da família

b. ele não é o ___________ da família � ʫ ele é o primogénito da família 3. Indique qual é o termo que refere o valor genérico nestes exemplos de antonímia graduável, seguindo o exemplo que serve de modelo

Valor positivo Valor negativo genérico alto Baixo altura

longe Perto grande Pequeño comprido Curto largo Estreito pesado Ligeiro grave Leve claro Escuro

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rico Pobre gordo Magro grosso Delgado tenro Rijo antigo Moderno abundante Escasso duro Brando

4.Resuma de forma clara e sintética (em 25 linhas como máximo) o seguinte texto: Interpretação contextual dos adjetivos

Os adjetivos que apresentam de forma mais típica interpretações contextualmente determinadas são os qualificativos; por esse motivo, figuram de forma proeminente nesta secção. No entanto, sempre que for relevante, mencionamos também adjetivos de outras classes ou subclasses.

1 Leitura estável e leitura episódica os adjetivos têm uma leitura estável (por vezes também chamada individual) quando

denotam propriedades que caracterizam uma entidade na sua individualidade própria e que contribuem para a distinguir de outros seres do mesmo tipo, «ia longo da sua existência, ou pelo menos durante uma porção significativa desse período. Essas propriedades, por conseguinte, não são suscetíveis de mudanças frequentes determinadas pelas várias situações temporárias pelas quais a entidade passa no decorrer da sua existência - daí o nome "estável" atribuído a essa leitura e aos adjetivos que a veiculam. Têm leitura preferencialmente estável os adjetivos que denotam propriedades materiais ou abstratas das coisas e das pessoas104, como alto, baixo, leve, pesado, magro, gordo, bonito, feio, careca, jovem, velho, interessante, engraçado, os adjetivos de cor (amarelo, azul), os adjetivos de forma (côncavo, quadrado, redondo), adjetivos que denotam atitudes mentais ou comportamentais (apto, esperto, idóneo, inteligente), adjetivos que denotam estados sociais (casado, divorciado, solteiro) e nacionalidade (belga, francês, neozelandês ou português).

Em contrapartida, os adjetivos têm uma leitura episódica quando denotam

propriedades transitórias, contingentes ou acidentais das entidades, ligadas a situações delimitadas no espaço e no tempo. Por conseguinte, essas propriedades são suscetíveis de mudança contextualmente determinada, e podem ser concebidas como "episódios" ligados a momentos particulares da existência das entidades - daí o nome atribuído a essa leitura e aos adjetivos que a veiculam. Têm leitura preferencialmente episódica (cf. Nota 104) os adjetivos que caracterizam estados físicos, fisiológicos ou psicológicos das pessoas (alegre, bêbedo, cansado, contente, descalço, farto, triste, zangado) e estados físicos das pessoas ou das coisas, como quente, frio, vazio, cheio, aberto, fechado, limpo e sujo, entre muitos outros.

Em português, e noutras línguas ibéricas, a distinção entre as duas leituras é

particularmente visível quando o adjetivo tem função predicativa, pois reflete-se no verbo copulativo que introduz o adjetivo predicativo: a leitura estável seleciona ser e a leitura

Page 20: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

episódica seleciona estar, como se ilustra nos seguintes paradigmas com alguns adjetivos de cada grupo:

(92) a. Esse rapaz é gordo. b. Essa rapariga é bonita. c. O livro que me deste é interessante/engraçado. (93) a. O Pedro está bêbedo. b. A Maria está cansada/triste. c. O tanque está vazio/cheio.

Os particípios adjetivais (i.e., particípios verbais que ocorrem em contextos onde

adquirem propriedades adjetivais - cf. 31.6.2.3) que denotam uma mudança de estado também têm leitura episódica, selecionando estar em orações copulativas:

(94) a. A janela está aberta. b. O meliante está preso. c. A carne está congelada.

Estes particípios têm em comum com os adjetivos episódicos o facto de representarem

uma situação temporalmente delimitada pelo menos no seu início, na medida em que é consequência de um processo télico - logo, selecionam estar (cf. Caps. 13 e 17).

Os adjetivos relacionais têm sempre leitura estável; apesar de não ocorrerem

facilmente em função predicativa, não é difícil perceber que campestre, facial, marítimo ou presidencial se referem a propriedades estáveis, imutáveis, das entidades a que se aplicam, pois indicam a inclusão da entidade denotada pelo nome nas classes representadas pelo adjetivo (cf. flores campestres, creme facial, cais marítimo ou veto presidencial). Logo, quando podem ser usados predicativamente, selecionam o verbo de cópula ser, como se ilustra em (95), que retoma alguns dos exemplos de (31):

(95) a. A decisão foi económica, não política. b. As revoltas são burguesas, mas as revoluções são populares. c. A sobremesa está ótima. Certamente é caseira.

Há contextos que favorecem a ocorrência de um ou outro tipo de adjetivos. Assim, as

predicações secundárias adjuntas descritivas (cf. Cap. 30.3.4.3) favorecem a ocorrência de adjetivos episódicos (cf. (96)), sendo relativamente estranhas, semanticamente, com adjetivos estáveis (cf. (97))105:

(96) a. A Maria chegou a casa (cansada/esfomeada/triste/zangadal. b. A sopa chegou à mesa (ainda quente/já fria). (97) a. #A Maria chegou a casa falta/inteligente/magra/pesada) b. #A sopa chegou à mesa caseira.

Os adjetivos estáveis, por sua vez, são geralmente compatíveis com o verbo de cópula revelar-se (cf. Cap. 30.2.4.3.2), por oposição aos episódicos, como se ilustra a seguir:

(98) a. O Luís revelou-se {corajoso/flel/idóneo/inteligeflte}. b. Esse tecido revelou-se (áspero/liso/macio). c. Esse carro revelou-se (lento/rápido/veloz). (99) a. #O Pedro revelou-se (bêbedo/cansado/triste). b. #A sopa revelou-se fria/quente. c. #O carro revelou-se limpo/sujo.

Page 21: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

Geralmente, em função atributiva, os adjetivos que permitem as duas leituras têm leitura estável (cf. um homem bonito); contudo, nalguns casos, a leitura depende do nome com que se combina o adjetivo. É esse o caso, entre outros, do adjetivo quente:

(100) a. uma camisola quente (cf. a camisola é quente) b. uma sopa quente (cf. a sopa está quente)

Em (l00a), o adjetivo exprime uma propriedade inerente à camisola, tendo, por isso,

uma leitura estável; em função predicativa ocorre o verbo ser. Em (lOOb), o mesmo adjetivo refere um estado acidental da sopa, que a caracteriza

temporariamente; trata-se, portanto, de uma propriedade episódica, o que se traduz na escolha do verbo estar. Na função atributiva, apenas alguns adjetivos indicam sempre propriedades episódicas (cf. papéis rasgados).

Em função predicativa, grande parte dos adjetivos permite as duas leituras (cf. o João é

bonito vs. o João está bonito e os exemplos apresentados em (100) com o adjetivo quente), embora por vezes existam condicionantes que favorecem uma das leituras; excetuam-se aqueles que já em função atributiva só permitem a leitura episódica (cf. os papéis estão rasgados vs. papéis são rasgados) e os adjetivos relacionais, nos poucos casos em que podem desempenhar esta função, em que só é permitida a leitura estável, como se notou acima.

Diversos aspetos interagem no favorecimento de uma leitura ou de outra (cf. Caps. 17

e 30). O fator crucial tem que ver com o intervalo de tempo durante o qual a propriedade se manifesta na entidade denotada pelo nome.

Assim, se este intervalo de tempo é delimitado, trata-se de uma propriedade episódica;

nuns casos, essa propriedade é transitória, como em o João está rouco, noutros, não, como em aquele indivíduo está morto. Nestas duas frases, os adjetivos têm leitura episódica, pois nem o João esteve rouco nem o indivíduo em questão esteve morto durante todo o intervalo de tempo em que se verificaram as suas existências. Em contrapartida, quando o intervalo de tempo em que a propriedade se manifesta na entidade denotada pelo nome tem a mesma duração que o intervalo de tempo de existência dessa entidade, a propriedade é estável, ou individual.

Desta relação entre intervalos de tempo decorre que sempre que um adjetivo refere

uma propriedade caracterizadora de uma classe de entidades (uma propriedade inerente à classe a que pertence a entidade denotada pelo nome) só pode ter uma leitura estável, selecionando o verbo de cópula ser:

(101) a. Os gatos são mamíferos. b. *Os gatos estão mamíferos. (102) a. Os homens são mortais. B . *Os homens estão mortais.

Também as propriedades que permitem caracterizar os indivíduos têm leitura estável,

apesar de nem sempre se aplicarem a esses indivíduos durante toda a sua existência. Assim, exemplos como os de (103) contrastam com os de (104), na medida em que, nos primeiros, os adjetivos são usados como propriedades que permitem caracterizar os indivíduos em questão, enquanto, nos segundos, se transmite sobretudo que a propriedade expressa pelo adjetivo é pontual:

(103) a. O Miguel é alto. b. A professora é simpática.

Page 22: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

(104) a. O Miguel está alto. b. A professora está simpática.

Os adjetivos de propriedades de natureza material podem, geralmente, assumir as duas

leituras, estável e episódica. Quando têm função atributiva, são preferencialmente interpretados como estáveis: em uma criança alta, uma mala leve, uma sopa doce ou uma sala escura, os adjetivos denotam propriedades estáveis da criança, da mala, da sopa e da sala, respetivamente. Com função predicativa, estes adjetivos podem ter as duas interpretações, as quais se refletem no verbo utilizado:

(105) a. O João alto. b. Essa mala é leve. C. A sopa de ervilhas é doce. d. Este casaco é quente. e. Essa sala é escura.

(106) a. Essa pilha está alta. b. Essa mala está leve. C. Essa sopa de tomate está doce. d. Esta cadeira está quente. e. O dia está escuro.

O verbo copulativo ser, em (105), induz a leitura estável dos diversos adjetivos,

enquanto o verbo copulativo estar, em (106), induz a leitura episódica. Estes exemplos permitem-nos ainda verificar dois outros aspetos desta dimensão semântica. Em primeiro lugar, quando o sintagma nominal sujeito tem interpretação genérica, como em (105c), o adjetivo tem leitura estável, pois indica uma característica intemporal da classe de objetos referida pelo sujeito. Se substituirmos o verbo copulativo, a interpretação genérica do sujeito perde-se: a sopa de ervilhas está doce significa que aquela entidade específica referida pelo sujeito está doce e não que todas as sopas de ervilhas são doces (o significado de (105c)). O sintagma nominal sujeito em (106c) é introduzido por um determinante demonstrativo (essa), por isso não pode ter interpretação genérica: neste caso, o adjetivo só pode ter leitura de propriedade episódica, acidental, daquele exemplar específico da sopa de tomate.

Raposo, Eduardo B. P., Mª Fernanda B. Nascimento, Mª Antónia C. Mota, Luísa Segura & Amália Mendes (orgs.) Gramática do Português, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

TEMA IV

I. Construa os quatro tipos possíveis de frases enfatizando os focos que se indicam e fazendo as modificações necessárias relativamente ao sistema pronominal:

1 Vi-o a ele Pseudoclivada

Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que

Page 23: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

2 A Maria não disse nada

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 3 O Pedro deu-lhe uma jóia

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 4 As moças estão no Porto

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 5 Parece-me bacalhau à portuguesa

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 6 Tu levantas-te às oito

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 7. O Presidente queria um governo de gestão1

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que

II. O que nós ouvimos FOI O TEU GRITO

No exemplo acima o foco (elemento enfatizado) é “o teu grito”; construa os quatro tipos possíveis de frases enfatizando os focos que se indicam:

(a) O Paulo perdeu a carteira no táxi-----foco: “no táxi” (b) Eles escutaram o segundo disparo----------foco: “o segundo disparo” (c) O João descobriu o engano-----------------------foco: “o engano” (d) A bala atingiu o alvo------------------------foco: “o alvo” (e) A mulher conseguiu o emprego--------foco: “a mulher” (f) Ele veio ontem---------------------------------------foco: “ele” (g) O João deu à Paula um colar no dia do seu aniversário----------foco: “o João” (h) Vasco da Gama chegou à Índia-----------------------foco: “à Índia” (i) Ela vestia umas calças quando conheceu o namorado---------------foco: “umas calças” (j) Amanhã vem o André----------------------------------foco: “o André” (k) A mãe está a pentear o bebé---------------------foco: “a mãe”

1 Ele queria era um governo de indigestão (Ferreira Fernandes, DN online 20/XI/2015).

Page 24: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

(l) Ele tem saudades de Lisboa----------------------foco: “saudades”

III. Indique que tipo de construção enfática existe em cada caso nas orações seguintes e indique qual é o foco em cada uma delas:

A) Quem descobriu a Madeira fomos nós. B) Parece é eles terem chegado depois C) Foi de uma paragem de coração do que morreu D) Nós julgamos que tem razão é ele E) Fui eu quem emprestou o livro ao Paulo F) A resposta é que ele desejava G) Quem eu meti no comboio era a Teresa H) Jogador do Celta é que ninguém quer ser, não me admira que não sejas I) Quem não dorme sou eu J) Teresinha ficou foi maldisposta porque comeu muitos doces K) O que ele ofereceu à decana foi flores L) Qual santa, qual artista de cinema, aquilo parece é uma rainha M) Espantou-me foi os miúdos a correrem de um lado para o outro N) Onde a Maria vai é ao Brasil O) Quando eu te vi na rua foi ontem P) O que o Pedro tinha era saudades da Mena Q) Quando o Pedro conheceu a Mena foi no ano passado R) Se ele vem amanhã é que não sei S) É verdadeiras novelas o que não posso nem sei fazer T) Com a Maria é que ele saiu U) Ele julga que quem tem razão é ele V) É a desintegração linguística que ele deseja

IV.

1 Disse-o a ela Pseudoclivada

Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 2 A Maria contou a verdade ao João

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 3 O gato recebeu um presente

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 4 As meninas estão cansadas

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que

Page 25: PRAGMÁTICA E ANÁLISE DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

5 Parece-me que não trabalhas nada

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 6 Eu ajudo-te a fazer o resumo

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que 7. O governo queria reduzir o défice

Pseudoclivada Clivada Semi-pseudoclivada

Com é que