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DE LETRAS Filosofia :. .. ... . ,. 2' . ,.r,.'.,.'* r ,r . s:;,,.,fi. , : ,,: ;:;,~.!+;:-: ' ?<,., . n ILDADE DE LETRAS 3 LI- Filosofia 6 UNIVERSIDADE D O PORTO O I Q k V1 5 W CL 1

DE LETRAS Filosofia - repositorio-aberto.up.pt · espaso de aproximadariienre uni século, Fazendo-o passar por terilpos de exaltacão e por tenipos e111 que foi encarado coino iiiii

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DE LETRAS Filosofia : . . . ... . ~ , .

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n ILDADE DE LETRAS 3

LI- Filosofia 6 UNIVERSIDADE DO PORTO O I Q k V1

5 W CL

1

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L i N l V E R S I D A D E D O I 'ORTO

SÉKIE IIF: FILOSOFIA

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i'iXii.i<:hCi<<> z\Sl'~\l. I~l<(~1'1~ll~l~~\l>l: : : Ft\Ci~l.l~hI>l:: I>l< 1.IilBAS

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ISIiX X." 972-9iío-55-11 i)lll>ÓS(TO 1.IGAI. Y." I1 l69i;i)7

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Ulisses no país dos Faces - A Aurora da Utopia Ocidental . . . 7 por Á1cai.o 610s Pcize~1o.s

liegresso a hIileio - A Filosofia e os Mundos por Lcui Aiitó?zio I V ~ L I I I ~ O

Uiila Ilistória entre inil por Líclia Cni.c!os» Pire..s

Cm iiovo concciio epistei~~ológico dc «l~jeciiuiciaile.. . . . . . . . . . . 149 por Eli.s6! Seix!.s

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ou (.") souraJixa s!ei I: opi?l!s%) iquai [~~~izalaru! ap~p!1!'1!1iais i?p olnpu?d « jenb or: o~:Si?[ai rria ouarucluaj o~ii~o eislxa o-LI zaqrip :souri uras soru!il~~ soir i?!sus!ssuos ep cs:ji?solg a es!jliua!s ogSe8!isanu! ep r?!.rc?rs!q ep r~ar[ueiisa e .II?~OLI uiazq sa.roirie so ', ogsanb e epi?s!pap aiuasa.1 e!Xoloiui? erirn ap o~Siipo.ri~r! r:N

.iu!sse !oj ardruas rriau oiui?iua o~ 'sojosq~j ap a X)A!~!LI~'O~ si?iqiua!s ali o-5rraii: ep oso~ rui? 'oiuaurour aisau '!ni!isu«s anb euralclo.rd urn 'e!sua!ssuos iíp ríruajcloid o?: epr.s!pap e3cjo eurn oiui:i.rod 'uladc7u~$ rncM1 Szl!l"?~ acu iruaddn~g IuqA ,/i, Szqlaat( aa rua ~es!ldxa apuaiald as atih (gs'd) ,e!su?is!xa ep o-selana~, I: iqap zi?j aiib a ogSeru#)ju! ali sou.raiu! x~e~sa so.rin« r aiuaure,\!ri?[ar e!su?!ssuos e aii4u!1 -sg~ atib '.ri?!w![ urn ap o-S!sodsue.ri essa 'sazni sep ox!r:cjap i?.red osied oe ep!c[nwessa 3 .os!.qai oisalqo lias o ~eau!(ap r? ol~our ap 'sazn1 sep ox!eclap eied 'os1cd oe epfqns ep i?soj5;iarir e i?z!l!iii o!s~uir.(l (2y8?7 ay? olu! 2u~dcfa1~ '1 ~aideq3) eqo ep o!s!u! ol\r

-iesuad sorueiu!s sou 'aiuaureaueiliiur!s 'u~?cjruel seru soutas~rad si?uade o-u anb [a-ssod 3 oruoz a o.rqa.i?s ossou o urani!isuos arib sr?liin~lour a si?lnl?s si? anb opuiiw oiusaru op rueias soiuaur -!luas a soiua~uesuad sossou so aiib lan!ssod owos .res!ldxa a .reu!Zeurf in~iiso~d o!s5;urea 'se.i~eled seiirio~ .e!su~!ssuos ep ezalnieu ep r:!loai erls r: eiuasa.rde o!scruea o!uqlur~ iIis!zuapoJ -nau o '(.asaiuoae arib opnbep oiuaui!iuas o, .iod i!ziipe.rr erlapod as aiib 'o[rii$i olaq urn) suaddu~g ~ny~ Jo S'ujlaai aa ur3

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espaso de aproximadariienre uni século, Fazendo-o passar por t e r i l p o s de e x a l t a c ã o e por tenipos e111 que foi encarado c o i n o i i i i i

tabu,, '. N e i i i o af;~staineilto tio I~eliaviorismo na filosofia e 1x1 psi- cologia dos anos 60: um afastaiiiento que produziu o c o g n i t i v i s m o

psicológico e a skia jus t i f ica@o filosófica: o f i i i i c i o n a l i s i n o -', rein- t i -oduzi i i a consciência na teoria da inente. De f a c t o , apenas 110s anos 90 se deu o def i i t i t i vo r-etorno à respei~al,iiidade d o pr«blema da consciência. A prova desia recente respeitabilidaile é a atenção i -eceh ida pelo problema l i a s i i e u r « c i ê n c i a s - atencão da ilu:iI o livro de D a i n á s i o é um exemplo - na neuropsicologin, ria psicolo- gia cognitiva e na filosofia ila i i ie i t te . Nesta í i l i ima , a consciência p rece aliás ter--se tornailo o t ó p i c o ila década de noventa i.

Entre «s filOsofos, a ienia t ivr i de ahoi-c lagei i i tia consciência a partir de i i i u ponto tle v i s t a i iacural is ta conduz f r e q u e n t e i n e n t e à ~xoclamação de unia í i l t ima f r o n t e i r a . A consciência ou e x p e r i ê i l -

cia f e i i o t r t e i ~ a l seria o pr«l,lema liinite para uma metafísica rnate- riaíiskl deviilo ao c a r i c t e r especial dos qzrulia! 0 caaráier espe- cial clos qzlnlici esti precisamente associado ao sentimento de si

' C;. GI:%EI.»ERE. 1~r i . i . i~~ . in HIUCI<. I:l.hYAGAN &? Gl:%EI.I>EIIE 19<>7: xi ' [>e iim inodo cs<jiieniriiico. p<iilc-se coiisiilç~ii- que o cognitiuisiiio é o csiiido dos

Scnóiiiciii>r ineiit:~is :i imageiii dos p'.<~gr:xnaxde c < x D ~ ~ L ~ : ~ < I o L i>e acordo c<iiii ;i ideia cog- initiuisra. :i menie est5 p:ii:i céwl>ro coino o .s<~iii.o>r p;iia biiiriiiirw niinr coiiipiitadoi: i.e. ;i meiite 6 i ioi propiaiiizi <iii i i i i> coiijiinlo <ic p ~ > g r ; ~ r ~ , : ~ ~ < i < ' c m>ncn n o c"cl>r<>.

' I>ç novo de iiin i i i<>~I<> ç<jiiCnvTilic<>, <> C~in~ii>t~:iiisin<> poile sei. coiisiilci;ido coiiii~

iiiii:i <iposi~;i<> d iden!ilic.i@o cstiir;~ ciirre esr:iiios iiieiitais e est:idos físicos. i>ç ;icoi<io coni o luncii>iiaiisino os iiicsiiios i.st:idos iiirniais (por çsçiiiplo 'doi. ou i i i i i c;ilciilo) podciii sei inipiei~icni:idos oii ie:ilizaiios çiii iiiii-icntes siihsti.icros fisicos. O liincionaiismo é assiiii úc cesto iiir~do iim i1ii:iiisiiio iiiatci-ki1isi.i. iiiiia aposta r i a iildepcndRnci:i iln cogni@o ielaiivamcntç :i física. I:rnlioia tis iiiciites ienliaiii cluc sei incorpoi:iilzis i150 ri-iii iiçczss:iii- 3~11eiiiç qiie sei iiicoipoi.adas ila mcsrnci iriatiriia.

' /\lguns esciiiplos ile «l>zis maic:intes. soixe a coiiscii.ncia. çsci-it;is por iili>soios, nos :iiios 90 a o : i):inicl IIENNETI 1991. C~~itcioi,s,~e.s.s i2i>/iii?reii. Cciiin hicG1NN 1991. Tbe t+obie>iz ~fCi>iiscioioness. \Viiiiani SCi\GS%I< 1991, 7be i.lerr<piig.sics -/Coi?scioioiiess, Owçn FI.AN.4GAS 1992. LZi?iscioiisiie,s,$ /<ecoi#sirterei/, Joliii SEA1II.E l9YZ 71ie Iie</i\iuie>y <!f.iIiriii. Fie<! I>KFi'SKI~ 1995. Ci~iiscioiis C~jjei-ieiice.. 1':iiil CIIIIII<:IILI\SI> 199;. Il,cij,>~i!~iiic q/Rea,ioii. ihvid CI~IAIMEIIS. 1996. 7 1 ~ Liii~sci<>i<.s ;iii?,ii. J<iliii SEAII1.F 1997 ?%e ~Visiriy <f Coi~,scinz,,siie.i. i\ pi6pri:i aiiu>iogia refi-iidii. '(%L. ;\irliir-e q/'C<~>,scioi~,~iie.~s lil.OCi<. FLANB- GAN GlIzEI.»EIIE 1997, $?;i qual apaicceiii v6iios rcsros ~>ioueiiic.iitçs ou <lei-ivados iias oi>ras irfeiiii:is. constitiii tinia rcicii.nci:i iii:iic.iiite.

' 'Qitaliri' i. o terino iitilixailo na iiiosofi:i &i iiiçlite p;ii-;i iioiiiç;!~ esi;iiio iiieiiiais siti-

ii<los. coiiio cores i-istzis c sons ouvidi>s. O iri-iiro i. iseqiicnieiiienic iiii1iz;iiIo para in,aiaii

a oposicio cntrç esrcs citados iiientais scntiii<is e os iniiiiicios piocessos cogi,irivos que ~ p < > c i n i i sei inconscientes.

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tratado por Dainásio em The Feelipzg oj' Wl2al Huppens i.e. ao facto de -pelo menos para aiguinas enticlacies, as entidades cons- cientes - ser cotno ;ilguma coisa ser. O problema da consciência é por isso consitlerado por muitos filósofos contemporâneos cotno utn problema filosófico especial, iirn hardp~oblem' (pro- blema difícil) relativfiinente aos restantes problemas da cogni@o e uni prohletria respoiisável pela exisiência de urn explu?zatog, gap%(abisino explicativo).

Noutras disciplinas, Lima grande cliversidacle (ou mesmo divergência) caracteriza as abordagens empírico-especularivas recentes. De utn ponto de vista neurobiológico, F, Crick e C. Itoch ", por exemplo, consicleratn que o correlato ne~ironal cla consciên- cia são oscilaçoes de 40tIz que têm util papel iniportaiite na iiga- çâo (hi?zdi?z@ n11n1 todo dos virios tipos de informação proces- sados no cérebro 'O. De uin ponto de vista f~~ncional, o psicólogo

A espressão é ile l>;ii-iil C1i:iliiicrs (cl. CllhLhJE11S 1996) ç pierciiile contrasiai o ~xol>ieiii;i <ia consci?iici;i (ixi ni>eiii.iici:i, ou siil>jecrii.idadc srnti<i:i) coin os iest;inies piol>lcrii:is iki cogniq;io. i j i i i : slio prol>leiii;is xeiaiivos :i ii:il>ili<ia<içs c (Uncóes cognitivas. coiiio :i iliscriiiiiiia~io i. coieg~,iir:i~ão, ii ~piocçis;imeiito e inregi:iyjr> de infoiiiix$~o. o C<>DLI<>I<> <i<> c<>i~i~><>il:ii~iei~lo. 3 c:il?acidadi. dc rqioiiai veil~ilinenre esiaiios iniernos. ;i dis- tiiiçiio eiitic o v1giii;i e i> sono. çtc. 1je :iconl<i coiii Cl~alineis. ;i distinq;io eiitie os piohle- iii:is &eis c o ~>iol>Ieiii.i <lifícil i (iiiii:i <lisiiiii3o) coi~crpro:il. e não iiiii;i pietei>são segun- cio a iiual :i consciCiici:i e :i ci>giii(-io i d o reriaiii nada riii coiiiiim.

t h cspiessio foi iniio<liizicla pclo Illi~sof~>iosepli i.ei.iiic no artigo M:iteiialisii> :iiiil Q~';tii~i: ?%e ex!~iiiiiiiilo,~ gq>, I/>"ciJZc I'iiiiorol>bicn/ Qiiiit<!>-!i: 61. 1983. Al?Í>s a iioiiie;ic;io

do :iI>isiii«, rzsra s:ii>çi se a existência cleste ri.piesi.i,ia tini )>ii>l,li.iii:i cpisieoiolópico oii ~ i i i i i>~>hIeiiia ontol6pico. O pió]?ii<> J. Levine peiisi qiie ;i c<iiisciêncil c<,lo<:.i uni l>n>l>leiii;i oni<i!i>gico :!o ai;iici.i;iiisoii, iiias ;ipcn:a iiiii j->iol>lciii3 el>isiciii<,lóçico.

' I:. CIIICI< & C. ROCII. il>w;ri<is :i Sçiiii>l~iologiral Tlieoiy o l C<ii,scioiisiiess. .S<,iiiii!ois iii tlw : V c t ~ i ~ ~ . s c i ~ ~ ~ ~ c ~ ~ . s , i?. 1990

'> Anics dc iii.iis, o ci>iielaio neiiioii:ii da coiisciCiici,i ap:uecc coiiio s o l u ~ i o p;ii:i uni i!eti,iiiiii,:ido pioh1cin:i. o liii~diiigproh/~~»i. ilsic piol>iciii:i consiste no srgiiinte: nós teiiios iiiii:! çrperiCi,cia visii:il iiiiilic:id:i ile ol>jecios. i., iio eiiiiiiio. os ii:i~os dos ol>jecios uisios - 1i:ti.o~ coiii<, :i cor. a foiii,:i e i> iiioviiiieiiio - $20 1i:it:iilos por regi6cs iiiiiri~n1i.s c se[>- ;ii.iiias eiitcc si do cói-ter viiri;il. 0 ~>ioliieiii;i ijiie se coloni consisrc em s;ii>ei- coiiio L. pr>s- siwi ciuc do iraianicnro riciunificado sc p:isse ;i !im:i expeiiêi,ci:i consciente uiiilic:id:i LI<> ol>iccro. i\ i.stciti.gia ilc <:ri& a>iisiste eiii pi.igui;i;ii coiiio é que os iiciiiÍ>nios envolvidos iiiiiii.i ipaiiiciiiai l>cmq>r"o s io ieiiipor:!ii.iiiienii. acriu;idi>s ionio unl<i;iilr. A liipótesc dos .i0 liz siigeic coiiio s01ii~;io o i1isp;iro sincn>iiizadc iie ireiiióiiios niiiii.~ iiereriiiiiiada fie- <lu?ncia. listc úisp:iio s1ncioiii~:ido seria :issiiii o 1piociir:aIo correiari> neiironal &i coti- sciB,cii. Como o r jk i i i io i> riiaiiio i uiiia csiiiiiiiia sul>-ronic:il. do <iiencékiio. esseiici:il 1p;ii;i a (r<) 1r.insiiiissào ilc iiiioniiacso p;iiii <>sliieniisS6iios cçic1ii;iis - 1p;irece rei iiiii p:il>cl ceiiii:il ";i c<,iisriiiici.i (csi;i p;iiece i.si;ii drj>eiiiieiitc de ciscuitos 1ig;iiiiIo t;iiiiirio :ti> chi- lex) :i <lefini$io <li. coiisciêiii.i.i (<>t i iiieilioi cio conelaro iiciiional '1;s c<iiisciêiicin) siigeri- <l;i é :i sepiiinte: i> ioiiei:iii> iieiiion:il i k i coi>sciCiici;i é o ~li,p~i>i, , s i i~~i i i>i i~~i i lo . i i i ini i i

<iereriiiitiniiit~iiiqt~i'8tci~z. i ie iicii,i>iiios <los cir-ciiilos qiica ligan2 o tiilni>ii> rio ciiri<-c.

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cognitivo Bei-nard Baars " define a consciência coino o espaço de trabalho global nuin sistema de processadores de inforiiiação inteligentes e distribuídos. Quancio os processadores acedem ao espaço cie trabalho glol->al eles clifrindem oir emitem (brondcastst) para o sistema na sua totalidade os conteíidos processados. Aquilo de que o sisteslla é conscieilte será assim aquilo que é glol>alinente acessível, seiido os conteíidos da consciência os con- teúdos do espaso de trabalho global". O efeito de difusão fiiz com que a inforinayáo deixe de estar cornpar-tisnentada, seiido assim susceprívei de urn uso generalizado e não aperias específi- co pelo sistema cognitivo. Sem esta acessibilitlade iriútua cios con- teúdos no espaço de traballio glol>al a informação processada não seria nada para o (seri) sujeito.

Vindo cle fora das áreas biológicas e psicológicas, » fisico e inateinAtico R. I'enrose li defende que a teoria requerida para a explicação da consciência (o seu nível e o seu tipo) é toraimente clifereiltes dos até agora rrieiicionridos. Q~ranto ao tipo de teoria, a explicagâo da consciência envolverá ele acordo com Penrose a iuecânica quântica '" e a lógica matemática (nomeadamente o teo- retila ele Godel), e não a neuroanatoniia: a neurofisiologia ou ;i

psicologia cognitiva. Quanto ao nível ou escala da teoria, o nível tlos neurónios n.20 é « nível apropriado pai-a a explicaqâo da con-

" R. li>b\IlS. A C0gnitii.e i71eo.o>~. qjC<nzscioiiaie.s, Canil,ii<ige. Clii' 1988 i' O ç s p ~ ~ c de ti;ibaIiio é global i iào apcnas no sentiilo friiicioniil- i.e. é uni 'cspaso.

onde tudo pode entrar eiii contacto com tucio - como i:irnl>i-iii iio scntido :inat6inico de ser <iistiihiiid« pelo chnex, cnvolveiido iiiesiiio «~iti:is regiões do cCiebro, 0 que significa por exeinplo a ritilizac5o do mesmo hiirciziow iitilizado pela memória. 1i~:irs sugere qiie o EIIT>\S 6 i-o 'correiaro neuion;il' cio seu iiiodelo fiincional. ERT.4S é a sigla de mio8cieti miiciticzr-thiiirirnii nciii.~~ii>tg sysiem. A sugesiào iie Raais apoia-sc no hcto rle a çstirnii- 1:i~Zo ouma drieriiiinad;~ 5rea do tronco ccieliial se çsre,iilei ao c6nex (o aiiiiiiil fica :,lei- ta. orienta-se, dçspesra se estiver a iloniiii). Essa Iiica '10 tninco ceiel>iil (a fbrmacjo ietic- iikir, sistcina de activa40 içticiilar) veio a srr coiisidçiaria apenas paite de uiii sisteiiia ascriiilentç rn:iis a~nplo q i i ç iiitegr:~ o lilaiiio c o cóstçr. h sigl;i siil~linlra ponanlo qiie o sistema, einhora se çstrnúa. cst2 ceiitiado no iaiaiiio.

" Cf. PENIIOSE 1989, ?he Einpevrir:? !%li, ~C/i>iiI- Lo>icei.iiiiz~q Coiizpiite>s. i l r ? i / s iivid

lhe Lni<~s "jP/iysics, Osfoid. 0111' ç PENIIOSE 1994, Siiiici<iid~.s qfthe.liii?ri: A Seoi-ch,fbi.ihe ,i/issir?~ Scieirce oJC<i>~cioz~>ze.~s, Osfoiii. OUI'

'* A ieiacâo eno-c a física qifiniica r a conscii.ncia estahelecc-se ~ievido à impon5ii- cia q u e ;i consciCiicia pode ter nas pr0piias liind:icòcs da teoria <ju:intica: o colapso d:i

i'ilnçào de onúa seria provocado, 'ir aconlo coiii as iiitçipiet:i~~es niais coinuiis cii teoria quhtica, peia iiieriicâo. que xq~i(>c 3 consciCnci". h consci2nci;i <litei-ininaiii indçrernii- ii:ic6es <{d"ticzis.

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sciência. Segundo Penrose os neurónios apenas amplificam o nível rnais baixo 110 qual reside a explica@o física última da inente consciente. De acordo com l'enrose os seres liumanos conscierites são capazes de ha1,ilidades cognitivas que os coniputadores n20 cc~nseg~ierri simular. Segue-se que o entendimento humano não pode ser uri~a actividade algorítmica. O teorema de Godel mostra clue existem verdades em sisteriias matemáticos, pensáveis por seres humanos que rião podem ser cleriioristraclas nesses sistemas. O perisarilento humano consciente nerii poderia assirii ser siinu- lado em computaclor. Ora: os neurónios são computiveis (i.e. as suas características podem ser simuladas em coriiputador). Como a consciência tem características não cornputáveis, os neurónios não podem explicar a consciência. Para explicar a coiisciênci:~ é necessária qlialquer coisa riâo computável, efeitos que se eiicorl- tra~ii ao nível suh-ne~ironal, nomeadamente no citoesqueleto elas céliilas, nos riiicrotúb~ilos clos neurónios. Compreender estes efeitos requerer9 unia revolufão na física e Penrose alude a uiiia teoria cia graviclatle ~[uântica. A sua icleia acerca da consciência é port:into que esta poderia ser uiiia i?lai?~~.st6rrtnçã« dos estu6lo.s q112?zticos ~ I Z ~ ~ I - I L ~ S (do citoe.squeleto) c1o.s ?ze10-lzio.s e C/<> eiz~~olui- i?ze?zto 61este.s estclclos iza iizteiz~cçâo entre os ?zzDL<is qz121ztico e clds- sic» de actiuid~io'c

É rieste contexto, de uiii graricle interesse mas ao rnesriio íerupo de Lima graride diuergêricia relativamerire ao probleina da consciência. que se insere 0 trabalho de António Ilamásio. urii traballio que «l>teve uina coiisideLn~e1 repercussào exterior :ios i~ieios científicos e académicos devielo 2 i~bra O EI-i« úe I1esccrrtnr~e.s.

.A teoria clefer~dida por Ilairiásio erii ihe Feeliizg qf' IVIxi3nl I36fi?i>e/z.s, pretende acrescentar algo de riovo a aborciagens c«nio as cle Crick e Koclc, Baars ou Penrose. 13e acordo corri llamásio. o prol>lema cla consciêiicia é urii problema de clupla face: ele é por u m lado o prol>lem;i do filme clentro da cahep (o tl~ixo feiionienológico li, o clecorr-er ternpo~il &a c«nsciêiicia e clos seiis conieíidos) e por outro o problema da perrenp do filriie ( O seii- tielo clo .se(/: :I reportaçào da fenorneiiologiu a Lima entitlacle que se sente ser). I? a este íiltirno prohlerixi que Dariiásio se dedica em The I;ec~lii.rrtng of' IVl7at I-Icq>pe~?s. O aspecto do proi2lerila da con-

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sciência visado é portanto a subjectividacie (do self'" do eu), um aspecto diferentes dos visados por Crick e Kock, Baars oii Penrose. A hipótese explorada na obra é que a subjectividade terri raízes corpói-eas estratificadas e diversificadas, i.e. que o cérebro tem « corpo em mente de diversas i~laneiras e a diferentes níveis '-.

Como o sub-tíhilo do livro inclicia, o t~ihalho de Damásio é ern grande parte dedicado a explorar a ligayáo entre a consciência, as emoções e o cospo próprio, sirnulraneamente ao nível neurobiológi- co, ao nível das arquitecturas cognitivas e ao nível feno~iienológico.

J5 ern O Erro de Descartes a busca do enraízamento ct>rpóreo da subjectividade conduzira Damásio a urna teoria da eiiiocionali- zaçao da mente. Se um dos sentidos do erro cometido por Descartes é o dualisnlo i~iente/ corpo, o outro sentido é a intelec- tualização do mental, a separayá» entre uma razão que seria pura e as emoções. Pelo contrário, Damásio suhlinlia a importância das emoções nos fenómenos de racionalidade prática como o planeamento das a c ~ ó e s próprias e as decisões, analisando nomeadamente as características de patologias ne~~ropsicológicas (como as provocadas por lesões nos lobos frontais lu) ligadas a ausência do funcional normal das emoções. Uma vez que na ausên- cia do normal funcionatilento cias emoções o mecanisn~o da raciona-

Vltiliza-se aqui o tcimo seK como « próprio Daiirjsio fzz, COIXIO tiilia fornia dc noinçar ;i distini.Zo çntic si ç nZo-si qiir n.ío ainda consciente oii liiiguistic;i. O sevnào sc identifica portanto com o eu: ele existe por escnipio em seres vi\r«s nZo humanos. corno uma irpresçnti<;ào coiitinu;~ e coiisiantemrnte modificada do corpo próprio. sem que se possa afinnai que nçssçs sçies rxistç iim eu. Existe no çntarito nlguina coisa 2 qiial algum saber pode sei atribuído.

'; O piimçiro aspecto cio problema da consciência poderia sei srguiido o próprio Daniisio tratado por meio de modclos de consciência como os apresentados por R. Baars (O modelo do e s p i o de ti:ibiIho giol>al atiis referido) oii por D. Dçnnrtt (o Modelo dos I~sbocos M<iltiplos apresentado em DENNE'iir 1991, Coiucioii.~>iar íApiaii?edd).

"' Cf. u caso de Pliiiiras Gage, exemplar em DAMÁSIO 1994. O Bmo de Llescirries, Lisboa, Europa-América, Capitulo 1. Segundo Damásio. a lesjo cçrçbi;il de Pliineas Gagr provoca urna alteiaçZo do papel iegui:idoi das emoções na iacionalidade prjrica. A racioiinlidadç prática é a capacidade que c;ida um de "6s tem de planear e decidir as siias próprias ac(6cs. Oni, sc l'liincas Gage perde a capacidade de plançdi iacioiinlmentr o seu próprio futum é porque sofre iiina impomnre alrerafào de carácter. tornando-se nome:idamente caprichoso r obsceno quaiido antes fora equilibrado c ponderado. NZo se pode no entanto afirmar que a ler20 tenlia provocado uma diririnui~áo da sua desrieza fisi- ca ou da sua capacidnde intelçctual: 0 que foi alterado foi a dirnrnsjo pessoal r social do i-ociocinio. Existe assim urna dissocia@o entre a inteligência (por lhipótcse intacta) e out- ros mecanismos nZo estritarnçnte intelectuais influentes na racionalidade pratica (por hipótçse as crno(6es).

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lidade práticri é perturbado, Dainásio defende que a natureza cons- truiu o 'dispositivo cerebral para a racionalidade' não ein ciina e por cima dos mecanismos biológicos de reguia@o do corpo, aos quais as emoçòes se associain, inas a partir deles e com eles. Este é um dos aspectos da corporeidade da subjectividade '".

A corporeidade da subjectividade conduz ainda Dainásio a Lima teoria neurobiológica mais o ~ i inenos localizacionisra do self e do eu. Existem determinadas regiòes cerebrais ligadas à consti- tuição do s@e do eu neuronais (i.e. à representação do selfe do eu no cérel~ro do organismo), nomeadamente níicleos do tronco cerebral, o liipótalárno, estruturas hasais. o còrtex da ínsula e o córtex soniatossensorial "'. Estas estruturas constituem a hase neu- roanatomica de Lima distinçâo entre si e não-si. Tal distinção não é no entanto necessariainente consciente ou pessoal em todos os níveis envolvidos.

Uma das inteiicões de Damásio eIn í"he Feelilzg of Whnt Happelzs é aliás distinguir as f~indações neurohiológicas clo seLf2' das 'localizações' clo eu auto-biográfico cki identidade pessoal 22.

O sentimento de si tein assim e111 cada um tle nós unxi versão nriclear e uma versão mais sofisticada, ligada à consciência alarga- da (exteízded coi?.scioz~.s?ze~~.s) e e l o eu. O eu está associaclo a uma reunião das memórias daquilo que acontece. Só esta reunião de iiiemórias permite que iim eti se niantenh;i e que se r e c o i i h e ~ ~ como o mesmo a« longo cio teinpq e portanto a existência de

'I Este rciii;i do 'linr<s-niiiiiieii hmii i . i.e. ilo cCiel,iii <]ue teiii o corpo c i i i mcnie. i. o leina centrrii de l>~hl..íSIO 1999. j.o enianto r«inçc;ii;i i5 a sei rxploiaii<i iio C:ipiiiilo !O iie i>i\MiSIO 199.i. i\ iilein ceii1r:iI é que o a>i]?<i c«iiiiii>iii coni iiin conieúcio essciii:i:il p:ii:i o iiiiicioiiameiiio ti3 iiiente iioiiiiai.

' 0 s níiile«s cio tronco ceicl,ial iegulaiii est:id«s <i<> corpo e iiiapi.i:iiii sin;iis coil?o- iais. O tiipoi5i;ii~i<i intçi~éiii ii:i represriiraqic '3ciii:iI' do c<>ip« iii:inrçndo iiiii registo <li>

esraiio de \.;irias iiiiiirnsões do iiieio iniçiiio (coiiio a ciicuiac9o iiç nuriieii~es, a conceii- 1i:irào iónic;,, o 1'1-1. elc). O ciirlcr iia insiiia e c6iiex s«iii:itosseiisi>iiai riiarii2iii iel>ii.-

" ile &cri> 1):iiiiisio <lisliirgui. p r o l o - . ~ ~ : .sdf e eii ;iiiio-l>iogi:ific<>. %o C $10 eii1:iiiIo deili;isiailo vioiçnio do poiiro cie visti d:i inteil>iei;i<:io siil>linii:ii- ;ilien;is :i <lisliiifio eniic uni seqiiue nài> iciii ijue sei conscicnlç iiciii iingiiisiico e i> eii.

': l>eiemiiilaiins esaiioiiis - coirio cóiiiccs sciisoii:iis e teiiipor;iis. 0 lii]?«c:iiiipo e os cOilices pii--fronl:iis (cf. 1>.157) - nao sào. sc.gu:~ilo l>.iiii5sio. iiecess5ii:is paz, iiiipieii?eni;ir <i seifiião conscieiiie neiii iiiiguisrim. esi;incii> no eni;inro :issoci:idas ;ao rii aiito-bio~rriric<,>gr5íic<,.

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tima consciência ele si propriamente pessoal. O cérehro rerii, assisii. coiiio uma cl:ts stias fuii<;ões, iiianter um;i imrrativa cons- tante e contínua na qiial o eii é a personageiii principal. Dasiiásio considera que o eii da icientidacie pessoal é. i-elativasnentc ao se[/; lima realidade de nível f~incional e coizi~il mnis ele\~ailo. É no entan- to sobre o serque vesn estal~elecer-se o eu e tamliém a consciêsicia aíargada. É a essa transição entre representações de si aitida nào co~iscientes e a consciência propriamente clita. i.e. a co~isciência cosiio aparigào, cjiie é dedicaela to& a parte 111 do livi-o (Cliapter 5. ihe O?.gui~.sirz and ihe Ohjecf. Ciiapter 6 , i%e ~C.in/z:?i?zg of Core C«?7,sciozlsness, Cliapter 7 , IL~re?z6ieicd Li)~zscio~~r~e.s.s, Cliapter 8 , i%e ~\!er,~rology of'COliscio~~sne.ss). A tmnsiçic) nic) é no envanto 11~1x1 definitiva Fissagesii p r a o »urro lado, para L i i m consciência I I L I ~ ~ , cl11e seria u111 saller de segunda orciesii, um salier qiie se sabe ~zenii-o. i'elo contrário a consciência não se clestaca de tini f~iiido q ~ i e acosiipanlia a vida consciente e que é constituído pelas i-epresenta<;óes de si a vários níveis mantidas pelo cérebro. Ilaiiiásio sugere portaiito que o cérebro é uma audiência cativ;i ele i-eps-esetitaçóes de si (i.e. do corpo próprio, da liistória biográ- fica cleste), representaçóes que ele própri» constantemente maii- tém, e que esse facto é essencial para a apari<;ão da apar i~ io , i.e. para o surgimento ela consciência como um sentido cle si próprio no acto de conliecei-.

A exploraçâo da iinpoi?áncia do corpo (iiiais especificasnesite da repi-esentaçio do corpo no e pelo cérebro desse corpo) na constituição da consciêiicia conduz Darnásio finalnieiite a uma tese central, explicitada no últisiio capítulo (Cliapter 11, ú'lzder the Lighf). Segundo Damásio a consciência inicia-se com uni senti- mento, um sentisnento que é uin sentimento de saber e um sen- timento de si. O segredo da constitiiição da consciência reside: nas palavras de Damásio, no facto de .o estaljelecisnento de uma relação entre qualquer objecto e o organismo se tornar no senti- snento de um sentitilento. A misteriosa perspectiva em primeira pessoa da consciência cosisiste em C... ) informagão expressa como sentisnento,. (p.313). Este sentimento é segundo Damásio gerado pela maneira como o cérebro sente ii carne do corpo próprio depois de o cérebro ter agido sobre esta. É com a perda da inocência acerca da existência que se paga a possibilidade de iiiila existência melhor ou siiais rica: ,,O sentisiiento daquilo clue

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acontece é a resposta a tima cluesrão que nunca pusemos. e i' tairibém a moeda num trato faustiano que nunca potlería~~ios ter iiegociado. A Natureza E-lo por nós,. (p.316).

Escrita por 'i111 neurocientista, esra é unia ohra filosófica que encara direcraiilente o problerrxi da s~ihjectividade. Daiilásio cle- fende que uiiia subjectividade coiii raízes corpóreas acoiripaiilia todo o nosso pensamento consciente e se traduz no facto de ;i

nossa vida nienral i120 ser apenas cogniyão e cjlculo mas também sentimento cle si e revelação da existênci;~.