Debates Sobre El Espacio Geografico Contemporaneo. Ovidio Delgado

7/28/2019 Debates Sobre El Espacio Geografico Contemporaneo. Ovidio Delgado

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Debates sobre el espacioen la geografa contempornea


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O V I D I O D E L G A D O M A H E C H A

Debates sobre el espacioen la geografa contempornea

UNIVERSIDADNACIONALDE COLOMBIARed de Estudios de Espacioy Territorio, RET


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D e l g a d o M a h e c h a , O v i d i oD e b a t e s s o b r e e l e s p a c i o e n l a g e o g r a f a c o n t e m p o r n e a / O v i d i o D e l g a d o M a h e c h a B o g o t : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a , U n i b i b l o s , 2 0 0 32 5 4 p .I S B N : 9 5 8 - 7 0 1 - 3 0 9 - 31. Ge ogr a f a 2 . Geogi ' a f a f s ica 3 . Geo gra f a h um an aI . U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a . F a c u lt a d d e C i e n c i a s H u m a n a s . D e p a r t a m e n t od e G e o g r a f a9 1 0 . 0 1 - d c 2 1C a t a l o g a c i n D i v i s i n d c B i b l i o t e c a s U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a

D e b a t e s s o b r e e l e s p a c i oe n l a g e o g r a f a c o n t e m p o r n e a

U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i aR e d d e E s t u d i o s d e E s p a c i o y T e r r i t o r i o , R E T O v i d i o D e l g a d o M a h e c h a

P r o f e s o r , U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i aF a c u l t a d d e C i e n c i a s H u m a n a s ,D e p a r t a m e n t o d e G e o g r a f a

P r i m e r a e d i c i n : 2 0 0 3Ti ra j e : 1 .000 e j empla re sI S B N : 9 5 8 - 7 0 1 - 3 0 9 - 3

Correccin de estiloM a r t h a E l e n a R e y e sDiseo de cartulaC a m i l o U m a a C a r o

Diagramacin electrnicaAna Ri t a Rodr guez , UNIBIBLOSPreparacin edi lonalU n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a

U N I B I B L O SC o r r e o e l e c t r n i c o : u n i b i b o @ u u a l . e d u . c o B o g o t , D . E . , C o l o m b i a

Comit editorialG u s t a v o M o n t a i e z G m e zJ u l i o C a r r i z o s a U m a i i aN o r m a n d o S u r e z F e r n n d e zO v i d i o D e l g a d o M a h e c h aJ u l i n A r t u r o L u c i o

F o t o p o r t a d aT tulo: Homo Geographic i isA u t o r : C h r i s t i a n D e l g a d o B e j a r a n o
mailto:[email protected]:[email protected]


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CONTENIDO

PRESENTACIN 9PRLOGO 13INTRODUCCINGEOGRAFA, ESPACIO Y TEORA SOCIAL 17CAPTULO I

L A GEOGRAFA REGIONAL: PAISAJES, LUGARES,REASY REGIONES EN VEZ DE ESPACIO 23

CAPTULO IILA GEOGRAFA COMO CIENCIA ESPACIAL 33Los fundamentos de un nuevo pa rad igma 33Los contenidos del nuevo discurso geogrfico 41Los modelos de interaccin espacial 50Movimiento, estructuras espaciales y geometr a del movimiento. . . 52Anlisis de redes y flujos 53La localizacin de las actividades humanas, el problema

locacional y la teora locacional 57El caso de la geograf a econmica como "ciencia espacial" 65Crtica 69

CAPTULO IIILA GEOGRAFA RADICAL: LA PRODUCCIN SOCIAL DEL ESPACIO SOCIAL. . . . 79Los fundamentos del discurso radical 79Richard Peet: el espacio como en to rn o natura l 82David Harvey: el espacio como un producto social 83Edward Soja: la produccin de la espacia lidad de la vida social. . . . 94Milton Santos: el espacio como estructura de la sociedad 97


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DEBATES SOBRE EL ESPACIO EN LA GEOGRAFA CONTE MPO RNEA

Las cr t icas a la geo graf a radic al 100CAPTULO IV

LA GEOG RAFA HU MA NST ICA Y LA EXPERIENCIA DEL ESPACIO 1 0 3Los fun da m en tos d i scur sivos de l a geog raf a hu m an s t i ca 103La ex per ie nc ia de l espac io 111El lugar , e l esp acio y la ex pe r ie nc ia 111So bre e l cu erp o , l as r e lac ion es pe r son ale s y los va lores esp ac ia les . . 114L a g e o g ra f a h u m a n s t i c a c o n t e m p o r n e a 1 19Cr t ica 119

CAPTULO VGEOGRAFAS POSMODERNISTAS; LA REIVINDICACIN DEL ESPACIOY DEL LUGAR 12 3I n t r oducc i n 123E l d i s cu r so de l po s m od er n i s m o 124Pos mo der n i s mo y geog r a f a s pos m ode r n i s t a s 130Pos m ode r n i s m o , f emi n i s m o y geog r a f a de gn e r o 134G eogr a f a s m ode r n i s t a s de l a po s m od er n i da d 138Conclus in 141

CA P TULO V I" L A TERCERA V A " : EL ESPACIO GEOGRFICODESDE LA TEORA DE LA ESTRUCTURACIN 1 4 3EPLOGO 151REFERENCIAS 153

NDICE DE ILUSTRACIONESF ig u ra 1. Es tad ios en el anl is is de los s is tema s reg ion ale s 46F i gu r a 2 . T r ans f o r mac i n de un mapa de una r edde t ra ns po r te s (a) en u n grafo (b) 54F ig u ra 3 . Form as top olg icas de r iva da s del grafo de la figura 2 55F ig u ra 4. M atr iz de co ne ct iv ida d ba sad a en el grafo de la f igura 2 55F i g u r a 5 . U s o de l a t i e r r a en e l m od e l o de V on T h n e n 58F i g u r a 6 . T r i ngu l o de l a ub i cac i n i ndus t r i a l en e l mo de l o

de Alf red W ebe r 60F i gu r a 7 . I s oda pan es en e l m od e l o de A l fr ed W eber 6 1F i gu r a 8 . J e r a r q u a de l uga r e s cen t r a l e s en e l mode l ode W Chr i s ta l l e r 628


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P RE S E N T A C I N

Ha ce ape na s u n poc o ms de un a dc ad a , a f inales d e los ao s oche n ta de l s ig lo que acaba de f inal izar , en e l pas eran contados los cursos que sobre tendenc ias de l pensamien to geogr f i co se o f r ec an en e l n ive l de p regrado . Una de l asr azones pa ra esa abs t inenc ia de t eo r a geogr f i ca en nues t ro med io e r a e l ba jon m e r o d e p r o fe so r e s y e s t u d i o so s d e l t e m a c o n u n a f o r m a c i n s l id a p a r a e m prender esa f aena . Ot r a c i r cuns tanc ia adver sa , r e l ac ionada con l a an te r io r , se de r i v a b a d e l a e sc a sa d i sp o n i b i l i d a d d e p u b l i c a c i o n e s e n e sp a o l p a r a i m p u l sa r yapoyar l a r e f l ex in en e l desa r ro l lo de los p r imeros cu r sos un iver s i t a r ios sobreesta temt ica . Al f in y a l cabo no exis t a una car rera de geograf a en e l pas .D e sd e e n t o n c e s , la s c o n d i c i o n e s h a n v e n i d o m o d i f i c n d o se , a u n q u e n o lo su fic iente . Ha y ah or a un may or n m e ro de p ro fesores un iver s i t a r ios fo rm ad os enes tas l ides y a l mismo t i empo l a l i t e r a tu ra geogr f i ca no t i ene l a conno tac in dera reza de aque l los t i empos . S in embargo , los t ex tos que c i r cu lan ahora , t r aduc i

dos de l ing ls o de l fr ancs , e inc luso de l po r tu gu s , pocas veces p r es en tan e l m at e r i a l d e l a m a n e r a i n t e g r a l , o r g a n i z a d a y a n a l t i c a , c o m o d e b e r a o c u r r i r p a r aa t r a e r e l i n t e r s y l a a t en c i n de los es tu d ia n tes . En mi op in in , e se es e l p r inc ipa lm r i t o d e e s t e t e x t o d e O v i d i o D e l g a d o , P r o f e so r A so c i a d o d e l D e p a r t a m e n t o d eG e o g r a f a d e l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a , f r u t o d e u n a c o n c i e n z u d ar e e l a b o r a c i n d e la s n o t a s , a p u n t e s y m a t e r i a l e s d e sa r r o l l a d o s e n su s c u r so s d e lac a r r e r a d e g e o g r a f a .Con ev iden te p ro l i j i dad b ib l iogr f i ca y r iguros idad ana l t i ca , e l p ro fesor De l

g a d o e x p o n e d e m a n e r a c l a r a y s e n c i l l a e l p e n sa m i e n t o d e l a s p r i n c i p a l e s p e r s p e c t i v a s t e r ic a s d e la g e o g r a f a , d e s t a c a n d o l os d e b a t e s m s c a n d e n t e s p r e se n t e se n t r e l o s g e g r a f o s c o n t e m p o r n e o s . D e a h e l a p r o p i a d o t t u l o d e l t e x t o q u e l aRed de es tud ios de Espac io y Te r r i to r io , RET, pub l i ca en es t a op or tu n i da d . Es te


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DEBATES SOBRE EL ESPACIO EN LA GEOGRAFA CONTEMPORNEA

t r aba jo a gre ga u n nu evo l ib ro a l a co lecc in de l a RE T, con e l cua l l a U niv er s id adespera es ta r cont r ibuyendo de manera s ingular y s ign i f i ca t iva no s lo a l a formac in de gegrafos , s ino t ambin de urbani s tas , a rqu i tec tos , soc i logos y o t rosprofes iona les in te resados en l as comple j idades de l a t eor a espac ia l . Es te l ib roresca ta , por sus carac te r s t i cas , e l va lor de l t ex to un iver s i t a r io en l a formacinaca dm i ca y p r o f e s i ona l . Sabe m os q ue po r d i ve r s a s r azon es , i nc l uye ndo e l ca r c te r po lm ico y con t rove rs ia l d e los d i scur sos y l as t eor as soc ia les , e l t ex to , m ed iopedaggico e fec t ivo y f r ecuente en l as c ienc ias na tura les , cay hace var ias dcadas en descrd i to en los procesos de formacin d i sc ip l inar ia y profes iona l de lmbi t o de l a s c i enc i a s humanas y s oc i a l e s de nues t r o med i o . A l gunos c r cu l osacadmicos incluso lo es t igmat izaron has ta cas i proscr ibi r lo como elemento de laprct ica univers i tar ia . Las consecuencias negat ivas de esa act i tud de prevencin ext r em a n o ha n s ido eva luadas con la po nde rac i n y ob je tiv idad que los procesos pe daggicos debieran merecer . No obs tan te , a l mismo t i empo, con f recuencia serec lam a la neces idad de d i sp one r de un m ater ia l funda m enta l , o rgan izado y a r ti cul ado , que s i rva de referencia indiscut ible en la es t ructuracin conceptual bs ica dediferentes campos del conocimiento dentro de las discipl inas sociales y humanas .A la luz de l a co t id ia n id ad unive r s i t a r i a , e l t ex to se cons t i tuy e en un veh cu lopecul ia r de apoyo para e l desar ro l lo de c ie r tos cur sos bs icos en l a formacin dees t ud i an t e s de p r eg r ado . E n s u aus enc i a , conve r t i da en neces i dad , s e conc r e t auna d l a s r azones ob j e t i vas q ue t i ene e l p r o f e s o r cons umado pa r a empr ende r l agen e r o s a t a r ea de r ee l a bo r a r s u m a t e r i a l de t raba j o y en t r ega r l o en la f o r ma msapropiada a sus es tud ian tes , para que en t re l as c r t i cas y l as a labanzas , s e formeny t r ans f o r men , e i nc i dan en e l r e s t o de l a s nuevas gene r ac i ones .Por e l lo , e l t ex to un iver s i t a r io s in te t i za un in tenso t r a j n acadmico . l es a lmi s mo t i empo l a ex p r es i n de un e s t i l o pa r t i cu l a r de l docen t e , de s u f o r t a l ezadi sc ip l inar ia y de su exper ienc ia pedaggica . Es a lgo as como la fo tograf a de lcur t ido profesor . T iene e l s e l lo per sonal de su cons t ruc tor y maes t ro , qu in lo es cu lpe y va l ida en medio de l a implacable y sa ludable c r t i ca de sus a lumnos . En ls e r eg i s t r an l a s r e s pues t a s , p r ov i s i ona l e s o du r ade r a s , a t an t a s i nq u i e t udes compar t idas en e l au la y en los pas i l los de l a un iver s idad . Es un ins t rumento por t t i lpa r a h i l van a r y p r ec i s a r u n t e j i do de conc ep t os con e l cua l se i n t en t a co m pr en de runa pa r t e de l l a compl e j o mundo en q ue v i v i mos .E s t a pub l i cac i n mues t r a cmo un t ex t o un i ve r s i t a r i o puede s e r un cana l i n m e j o r a b l e p a r a la ex pos i c i n s enc il la y co m pa r ad a s ob r e d i f e r en t e s pe r s pec t i vasfilo s ficas y me t odo l g i cas pa r a co m pr en de r un mi s m o p r o b l em a . O , en s en t i doi nve r s o , si rve t am b i n pa r a co n t r i bu i r a d i s c r i mi na r con l a pau s a p r o p i a d e la r a zn , c m o d i f e ren t e s i n t e r r og an t e s q ue s usc i tan nues t r a a t en c i n , con t i e nen e n smi s mos va r i ados r e t o s me t odo l g i cos pa r a cons t r u i r r e s pues t a s s a t i s f ac t o r i a s . Y

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PRESENTACIN

c m o la na t u r a l ez a de lo s d i f e r en t e s p r o b l e m as nos inv i ta a ap r o x i m ar n os a e ll o sdes de en f oq ues t amb i n d i ve r s os . E s t a s i nq u i e t udes f undamen t a l e s s ubyacen ene l t r aba jo de l p rofeso r De lga do y fueron e l l as l as qu e conc i ta ro n su in te r s y ded i cac i n pa r a e l abo r a r con n i t i dez un a t r am a con f o r m ada po r l os e l em en t o s cl aves,las pr incipales tens iones ter icas y la f i l igrana de las discus iones ms relevantesen l a geograf a ac tua l . Los es tu d ian tes , los profe sores y el p bl ico l ec tor se rn losg r andes bene f i c i ados con e s t a pub l i cac i n .G u s t a v o M o n t a e z G m e z

Coordinador RETUniversidad Nacional de Colombia

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PROLOGO

Este t ex to t i ene como des t ina ta r ios p r inc ipa les a mis a lumnos de l a Univer s i d a d N a c i o n a l d e C o l o m b i a . S u s o r g e n e s s e r e m o n t a n a l a o d e 1 9 9 3 c u a n d o , a li n g r e sa r c o m o d o c e n t e a l D e p a r t a m e n t o d e G e o g r a f a d e l a U n i v e r s i d a d , a su m la t a r ea de gu ia r a los es tud ian tes por los l aber in tos t e r i cos y metodo lg icos del a g e o g r a f a c o n t e m p o r n e a . D e sd e e n t o n c e s fui e x p l o r a n d o y r e c o l e c t a n d o m a te r i a l es , l a mayor a de e l los en ing ls y en por tugus , y muy pocos en espao l ,pues l a p roducc in t e r i ca en nues t r a l engua mate rna es escasa , y l a s t r aducc io nes no van a l mismo r i tmo de l as pub l i cac iones en l ib ros y r ev i s t as , que en o t rosid iomas s i rven de medios de c i r cu lac in de l as ideas geogr f i cas .C o n e l t r a n sc u r r i r d e l t i e m p o c r e c i l a n e c e s i d a d d e p r o f u n d i z a r e n t e m a sclave de la teor a geogrf ica . Uno de esos temas es e l del espacio , que da a d a cob ra impor tanc ia en l a t eo r a soc ia l , y en l a geogra f a , por supues to . Muchos aosde l ec tu ra de l ib ros y a r t cu los p roven ien tes de va r i as d i sc ip l inas - en t r e e l l a s l ageo graf a , la sociologa , la f ilosofa, la ec on om a y la an t ro po lo g a- , m e de jar one n c la r o q u e el c o n c e p t o d e e sp a c i o h a s i d o p e r m a n e n t e m e n t e r e c o n s t i t u i d o y r e -d e f i n i d o s e g n e l i n t e r s q u e j a l o n e e e n u n m o m e n t o d a d o la p r o d u c c i n d e c o n o c i m i e n t o . L a e x i s t e n c i a d e v a r i a s a p r o x i m a c i o n e s a l c o n c e p t o , u n a sc o i n c i d e n t e s , o t r a s c o n a lg o e n c o m n y o t r a s f r a n c a m e n t e c o n t r a d i c t o r i a s , d e j aver que e l e spac io es , t a l vez , e l t ema de d i scus in ms impor tan te , t an to en l ag e o g r a f a c o m o e n l a s c i e n c i a s so c i a l e s c o n t e m p o r n e a s , p e r o t a m b i n q u e , a lmismo t i empo , su d i scus in es una de l as cosas ms confusas y con t r ad ic to r i as .Como Foucau l t l o hab a adver t ido , los aos que cor r en y los que vendrn se rnlos de l a r eva lo rac in jus t a de l e spac io como var i ab le de p r imer o rden en l a es t r u c t u r a c i n d e l a so c i e d a d .

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Los mater ia les acumulados y l e dos en es tos aos , l as d i f i cu l t ades de una t a r ea doc en t e apas i o nad a pe r o no s i emp r e de bu en os r e s u l t ados , y, s ob r e t odo , unaemer genc i a pedagg i ca , f ue r on l o s mo t i vos q ue me l l eva r on a hace r una s n t e s i sd idc t i ca para f ac i l i t a r a los es tud ian tes una aprox imacin genera l a l as ideas msac tu a l i zad as , s a lva ndo as , de m an er a parc ia l , l as d i f i cu l tades de t i e m po y de id ioma que e l los t i enen para acceder a l a t eor a .En t ie nd o la s n tes i s d idc t i ca co m o la pe ns y l a ex pu so Vla d im i r Kourgan of fen su l ibro La cara oculta de la universidad, es decir , como la disposicin de losc o n o c i m i e n t o s

en un orden que permita a los no especialistas asimilarlos con facilidad y que loshaga utilizables en las aplicaciones prcticas. La sntesis didctica implica, evidentemente, la desestimacin de los detalles de importancia secundaria, la puesta en evidencia de las grandes perspectivas, y la necesidad de podar a hachazosen el matorral creado por la actividad cada vez ms febril de los especialistas(Kourganoff, 197 3: 174).

Es ta s n tesi s d idc t i ca es un t r aba jo d e u n d oc en te m s que e l de un inves t igado r . A s u m o el pa pe l de l m aes t r o com o t r adu c t o r y r econ t ex t ua l i zado r d e s abe r e s,of ic io que cons idero una t a rea acadmica d igna y por dems necesar ia . A l f in y a lcabo se t r a t a de busc ar las me jores es t r a teg ias pa ra t e ne r x i to en la form aci n delos nuevos gegrafos . E l los no es tn exentos de l eer lo que yo he l e do sobre e la s u n t o ; en e f ec t o, e st e m a t e r i a l d i dc t i co no t i ene s eme j an t e s p r e t ens i one s , p e r oasp i ro a que es ta s n tes i s con cara de manual , de t ex to esco lar o de cuaderno det raba jo en c lase , s ea l a puer ta de en t rada a los esp inosos debates t er icos que sedan hoy en t r e a l gunos geg r a f os , y en l o s q ue e s pe r o s e en r eden mi s a l umnos .

Q u se ha d ic ho y qu se d ice en geograf a sobre e l espac io? Aqu se in ten tanpo n e r e n e s cena l os p r i nc i pa l e s e l eme n t os q ue ca r ac t e r i zan e l d i s cu r s o geog r f i co sobre es te t em a, d esd e de los ao s c incu ent a de l sig lo XX. A pa r t i r d e u n a rev i s in de l a b ib l iograf a m s rec ien te y r ec on oc ida sobre e l asu nto , se da r a l l ec torl a i n f o r mac i n bs i ca q ue l e pe r mi t a compr ende r cmo l o s concep t os de e s pac i oy l os d i s cu rs os e l abo r ad os en t o r no a l m i s m o ha n e s t ado ca m bi a nd o a l r i t m o de l ametamor fos i s parad igmt ica de l a geograf a a t r avs de su h i s tor ia .Pues b ien , lo que resu l t es un t ex to que mues t ra en puntadas l a rgas l as metamor fos i s de l concepto de espac io en l a geograf a , duran te los l t imos c incuentaa o s . Con e l p rops i to de r esear y ana l i zar es tos cambios d i scur s ivos , es te escr i to se orga niza en se is cap tu los . En e l p r im er o se t r a ta e l espac io en l a t r ad ic in dela geograf a r eg ional c ls ica . En e l s egundo se explora e l concepto de espac io ylos d i scur sos espac ia les que carac te r izaron a l a "Nueva geograf a" o "Geograf acuant i ta t iva" . En el tercero se t ratan la produccin del espacio social y la

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PRLOGO

espac ia l idad en l as geogra f as r ad ica les de co r t e es t ruc tu ra l i s t a y marx i s t a . En e lcu ar to se ex p lo ran los d i scur sos sobre e l e spac io en a lg una s de la s co r r i en tes de l ag e o g r a f a h u m a n s t i c a . E n e l q u i n t o s e h a c e u n a e x p o s i c i n d e l a s d e n o m i n a d a sgeogra f as p os m od ern i s t a s , con nfas i s en l a geogra f a de g ne ro , y de sus cons i de rac ion es s obre e l ca r c te r y e l s ign i fi cado de l e spac io y de l lugar . E n e l sex to ser e se a n l o s a p o r t e s d e l a t e o r a d e l a e s t r u c t u r a c i n a l e n t e n d i m i e n t o d e l a p r o duc c in de l e spac io soc ia l , co m o a l t e rna t iva o " t e r c e ra v a" en t r e los ex t r em os de le s t r u c t u r a l i sm o y e l p o se s t r u c t u r a l i sm o .No sobra adver t i r , una vez ms , que lo que se pe r s igue en es t e t r aba jo es poner sobre l a mesa , y en con jun to , e s tos e l ementos d i scur s ivos que deben se r conoc idos y as imi lados por los es tud ian tes de geogra f a como requ i s i tos p rev ios pa rain ic i a r se en e l de ba te . E l e sc r i to , r ep i to , t i ene e l ca rc te r d e una s n tes i s d id c t i ca ,lo cua l lo co loca m uy ce rca de los m an ua les o t ex tos de ens e an za , y ba s t an te l ejosde los esc r i tos po lmicos que ca rac te r i zan l a p resen tac in de t eo r as p rop ias o l ad e f e n sa d e u n a c o r r i e n t e p a r t i c u la r . Yo m i sm o e sc ri b e s t e t e x t o p a r a a p r e n d e r yp a r a e n t e r a r m e m e j o r d e l o q u e es t o c u r r i e n d o e n la g e o g ra f a c o n t e m p o r n e a .Tod as la s pa r t es de l t ex to t i ene n con t inu ida d y en a lgu nos aspe c tos se so la p a n , p e r o s e e sc r i b i e ro n p o r s e p a r a d o y e n t i e m p o s d i s t i n t o s , a u n q u e c o n l os m i s m os f ines . En o t ros fo rm atos y de ma ne ra desa r t i cu la da , ha n s ido exp ues tas to dases t as cosas en c l ases , cong resos y semin ar ios , y a veces en char l as in fo rm ales concoleg as gegra fos , y con am igo s qu e e jerce n co m o pro feso res d e f ilosof a , d e soc i o l o g a y d e a n t r o p o l o g a . T o d o e so m e a y u d a e n t e n d e r l a s m e j o r , a u n q u e n oto t a lm en te , y a veces c r eo que estoy m s confu nd ido qu e al p r in c ip io . A ho ra , g ra c i as a l ao sab t i co que me conced i l a Univer s idad Nac iona l de Colombia , l a sp u d e r e sc r ib i r y p o n e r j u n t a s , y t a m b i n l as c o s c o n e l g a n c h o t i t u l a d o " D e b a t e sso b r e el e sp a c i o e n la g e o g r a f a c o n t e m p o r n e a " . Y c o m o el q u e e x p o n e s e e x p o n e , espero los comenta r ios c r t i cos de qu ienes se aven tu ren a l ee r es t as no tas .

Ovidio Delgado Mahecha

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I N T R O D U C C I NGeografa, espacio y teora social

Entonces, frente a esas soledades, el topoanalista interro ga: "Era grandela habitacin? Estaba muy atiborrada de objetos la buhardilla? Era calienteel rincn? De dnde vena la luz? Cmo se saboreaban los silencios, tanespeciales, de los diversos albergues del ensueo solitario?".Aqu el espacio lo es to do , p orque el tiemp o no anima ya la m emo ria. Lamemoria -cosa extraa!- no registra la duracin concreta, la duracinen el sentido bergsoniano. No se pueden revivir las duraciones abolidas. Sloes posible pensarlas, pensarlas sobre la lnea de un tiempo abstracto privadode todo espesor. Es por el espacio, es en el espacio donde encontramosesos bellos fsiles de duracin, concretados por largas estancias.(Gastn Bachelard. La potica del espacio).

A l go comn en l a s c i enc i a s s oc i a l e s de nues t r o t i empo e s e l r econoc i mi en t ode l a im po r tan c ia de l espac io y l a esp ac ia l idad de tod os los f en m en os , s i s t em as yprocesos soc ia les . La t eor a soc ia l y sus prac t i can tes ce lebran su descubr imientodel espac io (Sa ntos , 19 98; W al le r s te in , 1998) . Y es as co m o h i s tor ia do res , a n t r oplogos , soc i logos , economis tas , f i lsofos , en t re o t ros , aseveran que no es pos i b le l a comprens in de l a soc iedad y sus procesos s in cons iderar e l espac io , o envers iones ms re f inadas , s in t ener en cuenta los d i fe ren tes espac io- t i empos enque se es t ruc tura l a soc iedad . Santos (1998: 150) , por e jemplo , asegura que "d i s t ingo cua t ro espac ios en l as soc iedades cap i ta l i s t as (que t ambin son cua t ro t i empos ) es t ruc tura les : e l espac io doms t ico , e l espac io de l a p roducc in , e l espac iode l a c i udadan a y e l e s pac i o mund i a l " .

Pero el espacio no s iempre fue impor tante en la teor a social , y esos mismoster icos denuncian con vehemencia e l marcado acento h i s tor ic i s t a que carac te r iza to da s las teor as sociales has ta f inales del s iglo X X (Fals , 20 00 ; G id de ns , 1 9 9 5 ; J a -m eso n , 199 1; Lefebvre , 199 1; Santos , 19 98; Soja , 1993) . G id de ns (19 95: 143) , po r1 7


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e jemplo , s ea la que , con excepcin de los t r aba jos de a lgunos gegrafos , como enel caso de Hgers t rand, " los especial is tas en ciencia social han omit ido cons trui r supe ns am ien to e n to rn o de los m od os en qu e los s i s temas socia les se cons t i tuyen po run e s pac i o - t i empo" .Segn Foucaul t (1980: 70 , c i t ado por Soja , 1993) , l a obses in modern i s ta porla h i s tor ia p rodujo una c ienc ia soc ia l en l a que "e l espac io fue t r a tado como lom ue r to , lo fijo , lo no d ia lc t i co , lo inm vi l . E l t i e m po , a l co nt ra r io , e ra la r iq uez a ,la fe cu nd ida d, la vida y la dialct ica" . Soja ( 1 9 9 3 : 27-28) c i t a l a s igu ien te ancdota contada por Foucaul t en una en t rev i s ta en 1984:

Haciendo una observacin entre parntesis , recuerdo haber s ido convidado porun grup o de arquitectos, en 1966, para hacer un e studio del espacio, de algo, queen la poca, yo llamaba "heterotopas", esos espacios singulares encontrados endeterminados espacios sociales, cuyas funciones son diferentes o aun opuestas.Los arquitectos trabajaban en eso y, al final del estudio , se levant una voz -d e unpsiclogo sa rtre an o- que me bom barde , diciendo que el espacio era reaccionario y capitalista, pe ro que la historia y el deve nir era n revo lucionarios. Ese discurso absurdo no era nada fuera de lo comn en esa ocasin. Hoy en da, todosestallaran en carcajadas frente a un pronunciamiento de ese estilo, pero no enaquella poca.

Pero hoy en d a , d i f e ren te a lo que ocur r a en los t i empos re fer idos por Foucaul t , l a d i scus in sobre e l espac io es im po r ta n t e e in ten sa , au nq ue toda va insuf ic ien te , y no exc lus ivamente en e l campo de l a geograf a . Los ms rec ien tesm ov im ien tos de l a t eo r a soc ia l ha ce n nfasi s en la im po r ta nc ia d e los aspe c tos es pac ia les de los f enmenos soc ia les , s e in te resan en e l an l i s i s de l a na tura leza es pac ia l de l a r ea l idad soc ia l , e ins i s t en en l a neces idad de cons t ru i r una nuevaon t o l og i a e s pac i a l q ue pe r mi t a da r un t r a t ami en t o t e r i co adecuado a e s t a s nue vas pro ble m t ic as . A la vez , s e busca ac la ra r la confus in crea da p or l a f r ag m en tac in t er ica que nos ha pues to a d ivagar sobre l a na tura leza de l espac io y a t r a ta rde r em pl a za r un a noc i n po r o t r a . Son com un es la s a f i r mac i ones d e geg r a fos entorno a que el espacio no es absoluto s ino relat ivo y social , o las de socilogos quedec laran equivocada y obso le ta l a noc in de espac io abso lu to (Fa l s , 2000) .Segn Scha t zk i ( 1991 ) , una nueva on t o l og i a de l e s pac i o debe ad i c i ona r - enlugar de r emplazar - l a noc in de espac io ob je t ivo con l a noc in de espac io soc ia l ,por lo que cons idera per t inen te d i s t ingui r en t re espac io ob je t ivo y espac io soc ia l ,y en t re soc iedad y espac io . Agrega que ex i s ten dos c lases de espac io ob je t ivo , e lab so lu to y e l r e lac iona l , y qu e hay un espac io soc ia l y u n a esp ac ia l idad soc ia l on to-l g i camen t e d i f e r en t e s , pe r o compl emen t a r i o s . E n s u ve r s i n abs o l u t a - d i ceScha t zk i - , e l e s pac i o t i ene ex i s t enc i a p r op i a e i ndepend i en t e , e s homogneo y e sel m e d io isot r pico en el qu e ex is ten o se loca l izan los objetos , incluid os los

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INTRODUCCIN

cuerp os hu m an os y los ob je tos cons t ru idos . En su ver s in re la c io na l -a r gu m en ta- ,el espacio es u n s is tema de relaciones en tre objetos , y su ex is tencia de p e nd e necesariamente de la de los objetos. La idea del espacio objetivo se aplica sobre todo, al espacio f s ico; pero en tanto que la realidad social contiene toda clase de objetos ocuerpos , seres humanos , herramientas y edif icios , entre ot ros , es ta real idad t iene caracters ticas de espacio objetivo, qu e se p ue d en anal iza r com o dis t r ibuciones , locali -zaciones relativas e interacciones, las cuales consti tuyen la espacialidad.Pe r o ocu r r e - nos r ecue r da Scha t zk i - q ue l a r ea l i dad s oc i a l no e s de n i ngunam an er a un co nju nto de ob je tos s i tuad os en el espa c io ob je tivo , s ino qu e es ta r ea l i da d es , an te tod o , r e lac in soc ia l de v idas hu m an as . Por es ta r az n , la r ea l ida d soc ia l no se puede expl icar con re ferenc ia a l espac io ob je t ivo , aunque no se puededes l i ga r de s te , de n t r o de l cua l ex i s te . C om o cue r p os , lo s s e re s hu m an os oc up anespac io y ex i s te en t re e l los a t r acc in grav i ta tor ia ; es to es una rea l idad f s i ca y dein te rs para l a c ienc ia , pero no cons t i tuye l a base de l a p reocupacin de l a t eor as oc i a l . L a e s pac i a l i dad s oc i a l t i ene una s egunda d i mens i n denomi nada e s pac i osoc ia l , que so lamente ex i s te en l a medida en que ex i s ten los seres humanos en in teraccin social . Es el te j ido social e l que crea dicha espacial idad.E l espac io soc ia l (Schatzk i , 1991) es una rea l idad re lac iona l concre ta surg idade l as r e lac iones soc ia les que se dan ms a l l de l as puras r e lac iones en t re ind iv i d u o s . El espacio social no se ref iere al espacio de la exper iencia individual , ni sep u e d e cara c te r iza r com o me nt a l o subje t ivo . La espac ia l idad de la v ida soc ia l es l ae s pac i a l i dad de e s a r ea l i dad s oc i a l , cons t i t u i da po r s e r e s humanos s oc i a l men t er e l ac i onados y ex i s t en t e s en un mundo i n t e r conec t ado . E s neces a r i o ex p l i ca r yco m pr en de r t an t o e l e s pac i o soc ia l com o r ea l i da d r e l ac i ona l en s m i s ma , al i gua lque l as r e lac iones en t re es te espac io soc ia l y e l espac io ob je t ivo como marco rea lde su ex i s tenc ia .T odos e s t o s e l emen t os cons i de r ados po r l a t eo r a s oc i a l con t empor nea a l i men t an l o s deba t e s s ob r e e l e s pac i o , t an t o l o s de na t u r a l eza d i s c i p l i na r i a comol os de ca r c t e r i n t e r d i s c i p l i na r i o y t r ans d i s c i p l i na r i o . M en c i n e s pec i a l mer e ce e lt rabajo del f i lsofo f rancs Henry Lefebvre, cuya obra sobre la produccin socialde l e s pac i o com en t a r e m os m s ad e l a n t e . M uch o de l o q ue t i ene q ue ve r con e s t o sp l a n t e a m i e n t o s e s t a f e c t a n d o - a u n q u e a m e n u d o c o n p o c a i n t e n s i d a d - e l p e n samiento geogrf ico y sus d i scur sos sobre e l espac io .U n a p r i m e r a c o n c l u s i n p e r m i t i r a af i rm a r q u e la p o c a i m p o r t a n c i a d a d a a lespa c io es l a causa de l escaso in te r s qu e se l e co nc ed i a la geograf a , y de l a m alar epu t ac i n de q u e gozab an l o s geg r a f os e n com pa r ac i n co n o t r o s c i en t f icos s o c ia les (Gl ick , 1985 ) . Y en con co rda nc ia co n lo an te r ior , la im po r ta nc ia d ad a a l es pac i o en la po ca po s m od er na p od r a s i gn i fi car una r e i v i nd i cac i n y un nue voai re para l a geograf a ; a l menos , s i s e t i ene en cuenta que l as mi radas de los

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DEBATES SOBRE EL ESPACIO EN LA GEOG RAFA C ON TEMP ORN EA

c ien t f i cos soc ia l es se han d i r ig ido muchas veces a exp lo ra r lo que los gegra fosh a n d i c h o o t i e n e n q u e d e c i r so b r e el a su n t o . G i d d e n s ( 1 9 9 5 : 1 4 3 ) d e sd e l a so ci o l o g a c e l e b r a q u e :Por fortuna, no tenemos que abordar estas cuestiones de novo. En los ltimos aosse ha producido una convergencia notable entre la geografa y las otras ciencias sociales, con el resultado de que los gegrafos, inspirados en las diversas tradicionesestablecidas de teora social, hicieran aportes importantes al pensamiento social.

U n a m i r a d a so m e r a a l a h i s t o r i a d e l p e n sa m i e n t o g e o g r f i c o r e v e l a c o sa s i n t e r e sa n t e s , c o m o l a d e q u e , h a s t a h a c e p o c o s a o s , t a m p o c o l a g e o g r a f a s e h a b apreocupado lo su f i c i en te por e l e spac io y que , por cons igu ien te , no e r a l a c i enc iaespacia l par excel lence. Por e jemplo, se sabe que hasta los comienzos de la " revoluc in cuan t i t a t iva" e l e spac io no fue una ca tegor a cen t r a l pa ra l a geogra f a , n im u c h o m e n o s su o b j e t o d e i n v e s t i g a c i n r e c o n o c i d o ( H a r v e y , 1 9 8 3 ; S a n t o s ,1 9 9 0 ) . L o s g e g r a f o s d e l a t r a d i c i n r e g i o n a l , q u e d o m i n e l p a n o r a m a a c a d m i co ha s ta m ed iad os de l s ig lo XX , y de la inc ip ie n te "N uev a geog ra f a" de los sesent a , b a sa r o n su t r a b a j o e n l a i d e a d e e sp a c i o a b so l u t o , c o m o c o n t e n e d o r d epa i sa jes o de ob je tos en in t e r acc in , pe ro e l e spac io mismo no e ra ob je to de r e f l e x in (Gregory , 1984) .

S e p u e d e d e c i r t a m b i n q u e l a g e o g r a f a , p a r a d j i c a m e n t e , t i e n e u n a s a g acomo ciencia aespacia l e h is tor ic is ta . Por lo menos, a f inales de los aos sesenta ,l as c u e s t i o n e s t e r i c a s r e l a c i o n a d a s c o n e l e sp a c i o e r a n p o c o i m p o r t a n t e s y, so b r et o d o , nada c l a r as , como lo a f i rma Dav id Harvey . En e fec to , Harvey ( 1 9 8 3 : 204)se a l a q u e : " E n su m a y o r a , l o s g e g r a f o s a c e p t a n q u e u n d e t e r m i n a d o l e n g u a j ee sp a c i a l e s el a p r o p i a d o , s in e x a m i n a r l a r a z n d e e s ta e l e c c i n " . Y n o d e j a d u d ade l a pobreza de l d i scur so geogr f i co sobre e l e spac io cuando ind ica (Harvey ,1 9 8 3 : 2 2 2 ) q u e :Por el momento ser suficiente sealar que gran parte de la geografa todavadescansa en el concep to kan tiano del espacio absoluto, un con cepto q ue lleva desacreditado un siglo o ms, mientras que por otro lado gran parte del trabajoprctico realizado por gegrafos recurre a concepciones relativistas del espacio.Estas concepciones estn en abierto conflicto. La oposicin entre Hartshorne yBunge, por ejemplo, puede interpretarse casi directamente como la oposicinentre un concepto de espacio absoluto y uno relat ivo. El espacio bien pudieraser el concepto central con que cuenta la geografa para su coherencia internacomo discipl ina. Pero la propia naturaleza del espacio y las diferentes interpretaciones del concepto no se han tenido casi en cuenta [nfasis agregado].

Mi l ton San tos (1990 : 107) es an ms con tunden te a l hacer no ta r e l poco o e lnu lo in t e r s r e f l ex ivo de l a geogra f a por e l e spac io :20


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INTRODUCCIN

... los geg rafos callan con relac in al espac io. Algu nas veces se callan ta m bi n altrabajo innovador de otros gegrafos y de otros espacilogos.La geografa es viuda del espacio. Su base de la enseanza y de la investigacines la historia de los historiado res, la naturaleza "na tural" y la econo ma neoclsica, y las tres tienden a sustituir el espacio real, el de las sociedades en su devenir,por cualquier cosa esttica o simplemente no existente, ideolgica.Por eso muchos gegrafos discuten tanto sobre la geografa -una palabra cadavez ms vaca de c on ten ido - y casi nu nca del espacio como objeto o con ten ido dela disciplina geogrfica. Por consiguiente, la definicin de este objeto, el espacio,se hace difcil y el de la geografa, imposible [nfasis agregado].

D es de l o s aos s e t en t a , s e ha empr end i do en l a geog r a f a una t a r ea t e r i cade g r a n i mp or t a nc i a y p r od uc t i v i dad en t o r no a l e s pac i o . H oy e s ab un da n t e l a l it e r a t u r a s ob r e e l t ema , aunq ue mucha de e l l a s i gue i gno r ada po r l o s t e r i cos s o c ia les , y lo que t a l vez es ms grave , desconocida por muchos gegrafos , quenut ren su concepcin espac ia l en o t ras fuentes . Pero es necesar io r esa l t a r que l ad i scus in t er ica sobre e l espac io es t an to o ms rec ien te en l a geograf a que enl a s c i enc i a s s oc i a l e s en gene r a l . E s t o pos i b l emen t e pe r mi t a en t ende r e l hecho deque l as d i sc ip l inas de l as c ienc ias soc ia les t r a ten de l l enar por su cuenta y r i esgos us p r o p i o s vac o s en lo q ue s e r e f ie r e a l e s pac i o , y no p r ec i s am en t e m ed i an t e un af ruc t f e ra r e lac in in te rd i sc ip l inar ia con l a geograf a .E n l a geog r a f a s e v ive ac t u a l m en t e un i n t ens o d eb a t e s ob r e concep c i one s e s pac ia les con fun da m en tos filosficos y po l t i cos d iverg ente s . Pos i tiv i smo, m arx i s m o , e x i s t e n c i a l i s m o , p o s e s t r u c t u r a l i s m o , p o s m o d e r n i s m o y o t r o s " i s m o s "s us t en t an un a va r i o p i n t a t eo r a geog r f i ca s ob r e e l e s pac i o , no ex en t a s i emp r e deu n e n m a r a a m i e n t o c o n c e p t u a l q u e s e e x c u s a e n l a r e c o n o c i d a c o m p l e j i d a d d e lasunto . Espac io no ha s ign i f i cado s iempre lo mismo en l a h i s tor ia de l a geograf a ;l as i d e a s c o n t e m p o r n e a s s o b re el e s p a c io d e u n a t r a d i c i n o p a r a d i g m a n o s o ncompat ib les con l as de o t ras escue las geogrf icas , y as por e l es t i lo .De toda s ma ne ra s , au n q ue l a geo graf a l l eg t a rde a la c i ta con e l espa c io , loses fuerzos t er icos que se in ic ia ron en los aos sesen ta han t en ido buenos f ru tos .As se co l ige de l a r e la t iva abundancia de publ icac iones y de l a impor tanc ia c rec ien te q ue l a t eor a soc ia l l e co nc ed e a l t r aba jo de var ios gegrafos (Harvey , 1 989 ,1 9 9 6 , 20 00 ; Soja , 1 989 ; Massey , 1994) , po r sus ap or t es a l a co m pr en s i n d e la ex pe r i enc i a de l e s pac i o y de l t i empo en l a s s oc i edades pos moder nas .

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CAPITULO ILa geografa regional: paisajes, lugares,reas y regiones en vez de espacio

C om o ya se d i jo en o t ro lu ga r de es t e esc r i to , l a geo gra f a no s i em pre se de f in i d i sc ip l ina r i amente como una c i enc ia espac ia l , e s dec i r , que tuv ie ra a l e spac i o m i sm o c o m o o b j e t o d e e s t u d i o . L a r e f e r e n c i a g e o g r f i c a a l e sp a c i o s e d i of u n d a m e n t a l m e n t e d e sd e e l p u n t o d e v i st a d e la l o c a l i z a c i n d e o b j e t o s e n c o n t e n e d o r e s e sp a c i a l e s , p e r o la g e o g r a f a d e b a o c u p a r s e d e l c o n t e n i d o y n o d e lc o n t e n e d o r e n s m i s m o .

Por supues to , l a ex i s t enc ia de l e spac io como a lgo independ ien te de los ob je t o s n o e s u n a i d e a g e o g r f ic a ; l a g e o g r a f a t o m p r e s t a d o e l c o n c e p t o d e e sp a c i oabs o lu to q ue fo rm ab a pa r t e de l d i scur so d e l as c i enc ias f s icas. Se d io po r sen tad oque e l e spado abso lu to e ra una verdad s l ida sobre l a que e l desa r ro l lo de l a geogra f a po d a co nso l id a r se , s in nec es id ad d e pa r t i c ip a r en l as d i scus io nes filosficas o c ient f icas sobre su naturaleza . En e l mejor de los casos, cuando la geograf ase de f in a como e l e s tud io de l "espac io geogr f i co" , se de l imi taba su campo d i f e r enc indo lo de o t r as d i sc ip l inas como la f s i ca , l a s matemt i cas o l a geomet r a ,ac la ra nd o que el e spac io geog r f i co e ra l a super f i c ie d e l a t i e r r a t r an sfo rm ad ap o r e l h o m b r e .

Se p ue de a f i rm ar q ue cas i s i em pre , los gegra fos r e g ion a les u t i l i za ron ind i s t i n t a m e n t e l os t r m i n o s " e sp a c i o " , " l u g a r " , " re g i n " y " t e r r i t o r i o " c o m o s i n n i m os , e s dec ir , co m o porc ione s de l a super f i c ie t e r r es t r e . En los p r r a fos s igu ien test r a t a r e m o s d e m o s t r a r m s e n d e t a l le l os f u n d a m e n t o s d e es t as p r i m e r a sa se v e r a c i o n e s .

Co m e n c e m o s n u e s t r a o r i m e r a a n r o x i m a c i n a l c o n c e p t o d e e so a c i o , u t il iz a n d o c o m o f u e n t e u n d i c c i o n a r i o d e t r m i n o s g e o g r f i c o s d e a m p l i a c i r c u l a c i ne n t r e la s c o m u n i d a d e s g e o g r f i c as a n g l o sa j o n a s e h i sp a n a s d u r a n t e l os a o s s ese n t a , e n e l q u e l a s d o s n i c a s a c e p c i o n e s so b r e e l t r m i n o e sp a c i o ( Mo n k h o u se ,1 9 7 8 : 179) , d i cen lo s igu ien te :

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LA GEOGRAFA REGIONAL

U nw in ( 1 9 9 5 : 1 49 ), " s um in i s t r la v i si n e s t n da r y ge ne r a l m e n te a c e p t a da d e lad i sc ip l ina has ta los aos 1950" .

U n ge n u in o e s tud io de ge ogra f a r e g ion a l pa r t a de de l im i t a r un a po r c in d ela superf ic ie te r res t re para luego descr ibir sus carac ter s t icas f s icas , humanas ycul tura le s , de m o d o que d icha desc r ipc i n l l ega ra a re fle ja r l a pe r so na l id ad dee s a po r c in de t i e r r a de nom ina da r e g in . E s t a de s c r i pc in ha c a pos ib l e l a c om pa rac in d e s imi l i tudes y d i fe renc ia s con o t ra s reg i on es . Lo qu e se e s tu diab a e rae l co nt en id o v i sib le en e l pa i sa je y l as pos ib le s re lac ione s q ue se lo gr a ra n e s tab le ce r en t re todo s los e lem en tos , com o po r e jem plo en t re e l sue lo , e l c l ima y la veg e tac in , o en tre las carac te r s t icas d e l me di o f s ico y las form as d e us o de l sue lo p o rpa r te de l as co m un id ad es ha bi ta n te s de l luga r . De sde lueg o , se pa r t a d e l a cons i de r a c in d e que la ge ogr a f a de b a t e ne r un a d im e ns i n h i s t r i c a que pu d i e r a r e ve lar e l s ignif icado de l or ig en y e l de sar rol lo d e las carac ter s t icas ge ogrf icas d ela reg in .

Este carc ter de los es tudios geogrf icos se logra comprender mejor s i acudim os a un a expos ic in de ta l l ad a que hace Broek (1967 : 42) sobre l a me to do log aem pl ea da en su e s tudio h i s tr ico-geogr f ico de l Va lle de S anta Cla r a (Ca l iforn ia ) :

Mi intencin princip al era com pre nd er los cambios en la configuracin de esevalle, inm ed iato al sur de la bah a de San Francisco. All, diferentes culturas y fases econmicas se haban sucedido unas a otras rpidamente en menos de 200aos: el per od o d e los indios antes de la l legada del ho mb re blanco ; el espaol,de misiones y ranchos ganaderos, correspondiente a la primera mitad del s igloXIX; la prim era fase del per od o de econom a norte am erican a d e ganad o y tr igo, que du r hasta la dcada d e 1 870-1880, cuan do em peza ron los cambios quetransformaron el valle en un distrito de horticultura. Si el estudio se hicieraahora, habra que agregar otra fase: la urbanizacin del valle, que provino enmayor grado despus de la segunda guerra mundia l . Cada per odo has ta e l"presente", era un pasado geogrfico. El artificio, un tanto original que us, fuedividir el estudio de cada p ero do en dos partes. La prim era era aclaratoria , yaque ana lizaba las fuerzas y funciones que d iero n form a al m od o d e vida en el valle. La segunda describa la estructuracin cultural resultante de los determinantes sociales y econmicos. En esta forma el "proceso" recibi la atencindebida, pero su am plitud fue cond ucida y restr ingida por la imp ortanc ia de susfuerzas y el propsito del estudio, es decir , comprender la panormica del terreno [nfasis agregado].

Como ya se ind ic , l a preocupac in de la geogra f a reg iona l , con o s in losma t ice s h i s tr icos , s e cen t ra en la s cosas y en los proc esos d e t r ans form ac i n delos pa i sa je s , pe ro su re fe renc ia a l e spac io ap en as t i ene qu e ve r con el luga r d o n d ees tn la s cosas en la supe r f ic ie t e r re s t re . Pa ra l a geogra f a , e l "dnde" cons t i tuye

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DEBATES SOBRE EL ESPACIO EN LA GEOGRAFA CONTEM PORN EA

l a r e f e re nc ia espac ia l bs ica y fun da m en ta l , de la qu e se de r ivan los t rm ino s"ub icac i n" , " s i tuac in" , " s i tio" , "d i s t r ib uc i n" y "co locac in " , que son los de m sf rec uen te uso en e l l eng ua je ge ogr f i co (Broek , 1967) .

E l u so d e l t r m i n o " e sp a c i o " p o r e l g e g r a f o f ra n c s J a c q u e s D u p u i s ( 1 9 7 5 ) ,se r eve la como s inn imo de r eg in , ob je to p r imar io de l an l i s i s geogr f i co . Almenos es lo que se ind ica en su obra sobre As ia Mer id iona l (1975 : 169) , en l a quea l r e f e r i r se a l e spac io ind io expres a que : "E l espac io ind io es t co ns ide rad o com ou n a e n t i d a d g e o g r f ic a d e s d e lo s t i e m p o s m s a n t i g u o s : su n o m b r e d e r i v a d e l d el a r e g i n q u e l o s o c c i d e n t a l e s c o n o c i e r o n e n p r i m e r l u g a r : e l r o I n d o " . Co n l am ism a con no tac i n se r e f ie r e a l e spac io indo ch ino y a l e spa c io mala yo . Es tos es pac ios a su vez son subd iv id idos en r eg iones o subespac ios , que cons t i tuyen l asun idades bs icas que se desc r iben segn sus ca rac te r s t i cas f s i cas , e l pob lamien toy l a pob lac i n , y los aspec tos ec on m icos , a pa r t i r d e l a s cua les se es t ab lec en l asd i f e renc ias y se r eve la l a d iv er s id ad e n t r e unos esp ac ios y o t ros . C om o des cr ip cin y anl is i s del espacio , es ta geograf a se ref iere a porciones de la superf ic ie ter r e s t r e d e l i m i t a d a s c o n a l g n c r i t e r i o d e h o m o g e n e i d a d q u e p e r m i t ad i f e renc ia r l as de o t r as . Es a es t as un idades a l a s que Dupui s denomina espac ios or e g i o n e s .

P i e r r e G e o r g e , o t r o c o n sp i c u o r e p r e se n t a n t e d e la g e o g r a f a r e g i o n a l f r an c e sa , co ns ide ra e l e spac io com o s in n im o de l a super f i c i e t e r r es t r e , y co m o esp ac ioso r eg io ne s l as d iv i s iones de es t a super f i c ie . C u an do se r e f i e re a l e spac io geogr f i co , es ev id en te q ue a lud e a l a super f i c i e t e r r e s t r e o a un a p ar t e de s t a oc up ad a yt r a n s f o r m a d a p o r e l h o m b r e ; d e a h su a f i r m a c i n d e q u e la g e o g r a f a c o m p a r t econ l as o t r a s c ienc ias de l e spac io e l e spac io mism o, pe ro qu e se d i f e renc ia de e l la se n q u e s l o se i n t e r e sa p o r l o q u e e s t e e sp a c i o r e p r e se n t a p a r a lo s h o m b r e s q u e e nl v iven.

G e o r g e u ti li z a c o n la m i sm a c o n n o t a c i n e sp a c i o , r e g i n y m e d i o g e o g r f i c o(G eorg e , 1967 : 20) , pe ro de ja en c l a ro que e l "ob je to d e es tud io de l a geog ra f a ese l e spa c io t e r r es t r e , en la m ed id a en que es , ba jo cua lqu ie r aspec to , un m ed io dev i d a o u n a fu e n t e d e v i d a , o b i e n , u n p a so i n d i sp e n sa b l e p a r a a l c a n z a r u n m e d i ode v ida o u n a fuen te de v ida" . Es es t a cond ic i n d e la d i sc ip l in a la que l e p e r m i tea se g u r a r su c a r c t e r d e u n a c i e n c i a h u m a n a .

S in du da , cua nd o Ge org e se r e f ie r e a l e spa c io , lo ha ce a l a super f i c i e t e r r e s t r ec o m o m a r c o d e la e x i s te n c i a h u m a n a , o a u n a p o r c i n o r e g i n d e d i c h a su p e r fi c ie ; p e r o c o m o g e g r a f o s lo se i n t e r e sa p o r d i c h o e sp a c i o e n la m e d i d a e n q u es te es e l sus ten to o medio de v ida de una pob lac in , e s dec i r , como marco en e lq u e s e d a n y s e d e sa r r o l l a n l a s r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i n y d e c o n su m o . G e o r g e( 1 9 6 7 : 3 8 ) p l a n t e a e n t o n c e s q u e :26


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El problema especfico de la geografa es el de estudiar, en el interior de un espacio definido, todas las relaciones de causalidad entre los fenmenos de consumo, enten did os en el ms amplio sentido d e la palabra - in cluy end o en ello laocu paci n de las viviendas y la utilizacin d e los servicios- y los fen me nos deprodu ccin, el de determ inar los grup os hom og neo s de evolucin sincrnica ycorrelativa, aislados de los simples haces de coincidencias circunstanciales, yponer de relieve las contradicciones y las supervivencias inhibidoras.

E l e s pa c io ge ogr f i co c on c e p tu a l i z a do p o r G e or ge c om o e s pa cio t e r r e s t r ehu m an iz ad o se p u ed e clas if ica r segn sus usos , ya sean indu s t r ia le s , min e ro s oagr co la s , en t re o t ros , a l a vez qu e pe r m i te de f in i r l a geogra f a co m o e l e s tud iode l e spac io humanizado. En un caso como e l de l e spac io agr co la , s te se de f inesegn George (1970: 31 ) , "s implemente como la supe r f ic ie u t i l i zada por l a s d i ve rsas forma s d e explo tac in agr co la . Por e s ta raz n se d iv ide en . . . e l e spac io depas toreo y e l espac io de cul t ivo". Lo que le interesa a la geograf a , en es ta perspec t iva , e s u n a reg i n o po rc i n de e spac io de l im i tad a con a lgn ra s go f sico ohis tr ico que pe r m i ta d i fe renc ia r la c la ram en te de o t ra s y reve la r a l m ism o t i empo su ca rc te r n ico .

La reg in se g n Geo rge e s u n a por c i n de e spac io o de t e r r i to r i o , es dec ir , desupe r f ic ie t e r re s t re . Es to nos pe rmi te a f i rmar que pa ra e s te au tor los t rminos"espac io" , " reg in " y " te r r i to r io " son in te rcam biab le s , pu es los t r e s se re f ie ren atod a o a u n a porc in d e la supe r f ic ie t e r r e s t re . La s iguie n te a lus in de G eorg e( 1 9 7 0 : 1 69 ) c o r r o bo r a e st a c ons ide r a c in :

El trmino "regin" es de esencia geogrfica en la medida en que designa unaporcin de espacio caracterizada por una o ms realidades definidas por el calificativo aadid o a la palabra regin. Pero slo existe regin p rop iam ente geogrfica cuando la porcin de espacio considerada se presenta en el mayor nmeroposible de sus particu laridad es com o conjunto sinttico. Es natu ral que en contremos, en la bs que da d e definiciones de la regin com o realida d geogrfica, to doslos problemas epistemolgicos de la geografa, puesto que la regin es precisame nte el tema d e represen tacin geogrfica del espacio y, po r tan to, el tema fundamental de la misma geografa. Pero, sin dejar de estar caracterizada por unavisin sinttica, la regin, como representacin geogrfica, puede ser definidapartiendo de distintos sistemas de convergencia y de correlacin de factores. Seafrontan dos elaboraciones principales, la de la "regin natura l" y la de la "reg inhistrica".

La geogra f a reg ion a l en tod as sus ve rs io nes se de f in i co m o un a c ienc ia s ingula r , en l a que la s conc lus iones obten idas sobre una reg in no podan ex t rapola r se a o t ra s , de modo que se proc lamaba s in rodeos que no ex i s t an leyes engeogra f a , y no s lo en geogra f a h um an a , s ino en la geogra f a en ge ne ra l , p ues

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inc luso se re ivindicaba e l carc ter zonal de la geograf a f s ica (George , 1967) .H a gge t t ( 1 9 7 6 : 7 - 8 ) nos r e c ue r da que e n e l a m bie n t e de m e d ia dos de l s i g lo X Xrondaba la idea de que no e ra necesa r io formula r l eyes gene ra le s en geogra f a .Agrega que e l pape l convenc iona l a t r ibu ido a e s ta d i sc ip l ina se l imi taba a "d i fe renciar la superf ic ie de la t ie r ra , entresacar y separar en e l la sus reas de carac ter s ti ca s sem e jante s" , y rem a ta su ju ic io con t ra e l enfo qu e s ing ula r i s ta a f i rm an doque " l a d i f e r e nc i a c in po r r e a s ha dom ina do l a ge ogr a f a e n de t r im e n to de l ain tegrac in de supe r f ic ie s" .

La geogra f a reg iona l no se in te re s por e l e spac io ms que como un conte ne do r , c on e x i st e nci a a bs o lu t a e i n de pe nd i e n t e de lo s f e n m e nos c on t e n id os e nl , o co m o supe r fic ie t e r re s t re m odi f icada p or e l ho m br e , y en e s te caso e spac io ,reg i n y t e r r i to r io e r an ob je tos idnt icos d e desc r ipc in y an l i si s geog r f ico . E le spa c io en s mis mo n o form pa r te d e l ob je to d e inves t igac in o de re f lex in , yp o r ta l ra z n los ge grafo s no se in tere sar on e n pa r t i c ip ar en los de ba tes f ilosf icos y c ien t f i cos re lac ionados con su na tura leza .

Es en es te sent ido que se puede ca l i f icar a es ta geograf a como aespacia l , o"viuda de l espac io", a l dec ir de Mil ton Santos . Es ta carac ter s t ica le t ra jo ser iasc ons e c ue n c i a s pa r a s u de s a r r o l l o t e r i c o , pue s , po r una pa r t e , la c ons t r uc c in dela geo gra f a com o c ienc ia e spac ia l du ra n te los se senta a su mi s in c r t i ca l as ideasde la f s ica , de la as t ronoma o de la economa neocls ica , y por otra , cuando loster icos soc ia le s , en los ochenta , descubr ie ron la impor tanc ia de l e spac io en la ss oc i e da de s m ode r na s , l o s ge gr a f os poc o o na da pod a n a po r t a r . A s , s u de pe nde nc ia conce ptu a l de o t ra s d i sc ip l inas se h izo ms ev id ente . N o se po d a e sp e ra rotra cosa de una disc ipl ina r ica en da tos pero pobre en teor a , como la ca l i f ic David Harvey .

Esa mism a pob reza ter ica , e l po co o nu lo in te r s d e los gegra fo s p o r la t eor a y su af ic in p or lo co nc re to , y las def in ic ion es po co r ig uro sas en e l se nt idoepis tem ol gico , l leva ron a l geg ra fo f rancs Yves Lacos te (198 2: 219) a form ula rsus c r ti ca s en los s iguien te s t rm ino s :

Por lo dems, la mayora de los gegrafos teorizan lo menos posible y se contentan con afirmar, sin ambages, que "la geografa es la ciencia de la sntesis", convinien do , sin duda , en que "la geografa no pu ed e definirse ni por su objeto ni porsus mto dos, sino n icam ente por su pun to de vista". Tales declaraciones revelana la vez un desconocimiento total de los caracteres no menos sintticos de las disciplinas a las que recurren los gegrafos, su aislamiento (pues tales declaracionesdeberan haber provocado un grito de indignacin) y un cierto afn de problemas tericos, incluso los ms fundamentales que han debido abordar todas lasciencias, y ello hace tal vez much o tiemp o. Adems mu chos gegrafos no ocultansu menosprecio por las "consideraciones abstractas" (en especial las de los

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economistas y los socilogos) y se glorian afirmando su predileccin por lo "concreto", Algunos proclam an "la geografa, ciencia d e lo concreto" , sin pres entir lassonrisas que tal declaracin provoca, al menos cuando se pronuncia fuera delcrculo de los gegrafos.

A m ed iad os d e l s iglo XX , las nuev as r ea l id ade s de l a indus t r i a l i zac in y l a u r b a n i z a c i n , l o m i sm o q u e l a e m e r g e n c i a d e u n s i s t e m a m u n d o m s c o m p l e j o , h i c i e r o n p a r e c e r o b so l e t a y n a d a t i l l a g e o g r a f a r e g i o n a l , q u e s e e m p e a b a e ncompar t imen ta r e l e spac io t e r r es t r e en un idades f s i cas , h i s t r i cas o po l t i co -admin i s t r a t ivas , ya fue ran comarcas , pa ses o con t inen tes . En e l nuevo con texto , l a r eg in no parece expresa r ya en su "per sona l idad" l a r ea l idad de l as nuevasre lac ione s de pod er , n i la s com ple j id ade s de l as r e l ac iones e n t r e los he ch os f s icosy l os h e c h o s h u m a n o s . Co m o lo e x p r e sa L a c o s t e ( 1 9 8 2 ) , e s a " p e r so n a l i d a d " d e lar eg in se conv i r t i en un con cep to -ob s tcu lo q ue b loqu e la r e f l ex in sobre l a sesca las , pu es b ien sab ido es que los f en m en os de in te rs pa ra l a geog ra f a noocur ren todos a l a misma esca la r eg iona l que imponen los gegra fos en sus es tu d ios , a veces m ac ro o mic ro seg n sus p re fe renc ias .

P o r o t r a p a r t e , e l m i sm o L a c o s t e h a c e n o t a r e l p o c o i n t e r s q u e l o s e p i s t e -m lo go s y los f ilsofos, en gen era l , h a n mo s t r a do po r e l e sp ac io . En t an to q uee n su s a n l i s is , u n o s y o t r o s h a n p r i v i l e g i a d o e l t i e m p o , el e sp a c i o a p a r e c e c o m oa l g o n e u t r a l , i n o c e n t e y d e sc a r g a d o d e c u a l q u i e r s i g n if i c ac i n p o l t i c a ; p o r e sam i s m a r a z n c o n s i d e r a n e c e s a r i o , y c a d a v e z m s i n d i s p e n s a b l e , " e m p r e n d e r l ae l a b o r a c i n m e t o d o l g i c a d e l u t il la j e c o n c e p t u a l q u e p e r m i t a c a p t a r e l e s p a c i o ,l u g a r d o n d e s e e n t r e m e z c l a n l as m l t i p l e s c o n t r a d i c c i o n e s q u e o r i g i n a n l as c r isis" ( L a c o s t e , 1 9 8 2 : 2 7 1 ) , p u e s d e l o c o n t r a r i o , a g r e g a , s e r a i m p o s i b l e , p o re j e m p l o , c o m p r e n d e r la f o r m a c o m o e l c a p i t a l is m o y e l i m p e r i a l i s m o o r g a n i z a ne l m u n d o .

P e ro p a r a L a c o s t e , e l e sp a c i o n o p u e d e s e r c o n c e b i d o s i m p l e m e n t e c o m o u nob je to r ea l , e s dec i r , como la super f i c i e t e r r es t r e , s ino que deben cons idera r se losd i s t in t o s e sp a c i o s d e c o n c e p t u a l i z a c i n q u e n o s p e r m i t a n c o m p r e n d e r q u e v iv im os en un a espac ia l idad d i f e renc ia l , que se pe rc ibe de fo rm a d i f e re n te se g n lasc lases soc ia les . Y as co m o no de be n co nfun d i r se los d i f e ren tes t i em po s de l h i s to r i ador , a f i rma q ue es nec esa r io d i f e ren c ia r los espac ios de conce p tua l i zac i n y es t ab lecer l a s r e l ac iones en t r e e l los , l o que podr a logra r se median te un t r aba joter i co q ue d i f e renc ie e l e spac io en cu an to ob je to r ea l , y e l e spac io en cua n to o bj e t o d e c o n o c i m i e n t o .

La verdadera c r i s i s de l concep to de espac io abso lu to que domin en l a geogra f a r eg iona l tuvo que ver fundamenta lmente con l a c r i s i s de l a p rop ia geogra f a r eg iona l . Sus p roduc tos monogrf i cos , amn de su poca va lo rac in c ien t f i ca ,t e n a n p o c a d e m a n d a so ci al , p u e s lo s r e q u e r i m i e n t o s d e la e c o n o m a , d e la

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DEBATES SOBRE EL ESPACIO EN LA GEOGRAFA C ONTEM PORNE A

pol t i ca o de l a p lan i f i cac in de l desa r ro l lo , iban ms a l l de lo que una c i enc iades c r ip t iv a y s ingu la r pod a o f r ecer en un am bie n te c i en t f ico v ido de t eo r as ym o d e l o s d e p r e d i c c i n .

La p rc t i ca de l a geogra f a a m ed iad os de l sig lo XX se en co n t r ab a r e s t r ing i da a los c r cu los un iver s i t a r ios r e l ac ionados con l as humanidades o con l a docenc ia, y a l l m ism o, su des pres t ig io , a so c iado co n su inu t i l idad y con e l p oc or e c o n o c i m i e n t o d e la c o m u n i d a d c ie n t fi c a, e r a d e t a l m a g n i t u d q u e su p e r m a n e n c i a c o m o d i s c i p l i n a a c a d m i c a f u e p u e s t a e n e n t r e d i c h o . E s t a s i t u a c i n e sb ie n i lus t r a da po r Gl ick (198 5 : 9 ) , qu ie n na r r as l as pe nu r ias de l a geogra f a r e g i o n a l e n l o s E s t a d o s U n i d o s :

La revolucin en la geografa humana norteamericana, de la que result el remplazo de la geografa region al por un a "ciencia espacial" de orientac in cuan titativa -que alcanzara una posicin de preeminencia intelectual y dominanciapoltica en la mayo r parte de los de pa rtam en tos n orteam erican os hacia finales delos aos ses enta - disfrut de un ascenso al po de r relativam ente fcil. Este he chofue posible p or la debilida d d e los fun dam ento s intelectu ales, la falta de visin yel escaso prestigio que caracterizaba entonc es a la geografa regiona l. La med iocridad de este campo de estudio, tal como era percibida por otros acadmicos,dio como resultado la extincin del programa de geografa de Harvard en 1948.El intento de resucitar las enseanzas en geografa en 1949-1950 (...) fracas, enbuena medida, porque los destacados gegrafos que fueron llamados como expertos periciales por el "Comit de Geografa" de Harvard fueron incapaces deconvencer a los miembros de dicho comit del valor intrnseco del campo geogrfico, o incluso de proveer una descripcin coherente de la naturaleza de estecampo.

S i tuac in pa rec ida v iv a l a geogra f a r eg io na l y de l pa i sa je en A lem ania . En1 9 6 9 a l g u n o s r e p r e se n t a n t e s d e la A so c i ac i n E s t u d i a n t i l d e G e g r a f o s d e n u n c iab an q ue "e l l am en to so bre l a mis e r i a de l a geog ra f a esco la r y un iv er s i t a r i a a l e m a n a s e h a c o n v e r t i d o y a e n t e m a o b l i g a t o r i o e n l a s a sa m b l e a s d e g e g r a f o s "(G me z , 1978 : 22) , a l t i em po q ue los r esu l t ado s de l as consu l t as ava nza das en t r el o s e s t u d i a n t e s m o s t r a b a n q u e l a g e o g r a f a e r a c o n s i d e r a d a c o m o la p e o r e n t r el as c i enc ias na tu ra le s , y l a ca nd ida t i za ba n p ar a se r exc lu ida de los p lan es dee s t u d i o .

En e l con greso a l e m n de geogra f a ce leb rad o en 1 969 se d i scu t i e l t em a d ela pe rm an en c i a de la geogra f a r eg iona l , y un o de los pa r t i c ip an tes en e l eve n toex pu so su insa ti s facc in , en los t rm ino s que sea la G m ez (1 97 8 : 10):

En una primera intervencin posterior a la lectura de la ponencia, un estudiante(Kloche), manifest que "la cuestin de la eliminacin de la geografa regionalcomo materia de enseanza no deba causar ningn problema, ya que podra

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llegarse a un consenso r pi do " debid o a la poca utilidad del tipo de cono cimientoprop orcion ado por dicha disciplina, propo nien do a continuacin como tema bsico par a la discusin el pro blem a de la formacin de teoras. Al mismo tiemporoga ba a los profesores q ue diaria me nte d aba n sus clases sin tene r en cuen ta eseproblema, "que expresen su opinin sobre la formacin de teoras y su concepcin sobre la ciencia".

Y nuev as form as de hace r geog ra f a co m en za r on a em erg e r en e l s en o de lac o m un ida d ge ogr f ic a . D e un a de e s as nue va s f o r m a s , de l a de no m in a d a "c ie nc iaespac ia l " , nos ocupa remos en la s igu ien te secc in .

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CAPITULO IILa geografa como ciencia espacial

Una forma de tratar con problemas complejos consiste en simplificarlos...Nuestra tierra es casi infinitamente compleja... La forma ms fcil de simplificareste problema para que empecemos a ver su naturaleza consiste en imaginaruna tierra ideal poblada por personas hipotticas.Crter, George, 1975. Man and Land: A Cultural Geography,New York, Holt Rinehart and Winston, p. 34 (citado por Butler, 1986: 89).El problema de la ubicacin real puede distinguirse respecto a la ubicacinracional. No es necesario que ambas coincidan

(Lsch, August, 1954. TVe Economics of Location, New Have,Yale University Press (citado por Butler, 1986: 123).

LOS FUNDAMENTOS DE UN NUEVO PARADIGMAA m ed i ad os de l si g lo X X , la geog r a f a en t r en una e t ap a de camb i o de p a r a

d ig m a, y u n a revoluc i n c ien t fi ca socav los c im iento s de la geog raf a r eg io nal .De d icha revoluc in surg i una geograf a d i s t in ta que se conoce en l a h i s tor ia dela d i sc ip l ina como la "Cienc ia espac ia l " , "Geograf a cuant i t a t iva" o "Nueva geog r a f a " , cuyo p r oces o de cons o l i dac i n como c i enc i a no r ma l f ue r ea l men t e deco r t a du r a c i n . E n 1963 , e l geg r a f o l an B ur t o n e s c r i b i que la r evo l uc i n c i en t f ica iniciada por la geograf a a f inales de los cuarenta y comienzos de los cincuent a , ya s e hab a cons umado en 1960 , pues "una r evo l uc i n i n t e l ec t ua l s e har ea l i zado cuando l a s i deas acep t adas s e des ca r t an o s e mod i f i can pa r a i nc l u i rnuevas i deas " ( B ur t on , 1982 : 414 ) .L a r evo l uc i n c i en t f i ca r e s eada po r B ur t on cons t i t uye l a p r i mer a ap r ox i mac i n de l o s geg r a f os a l campo f o r ma l de l a t eo r i zac i n ep i s t emol g i ca ( B a r -n e s , 2001) y tuvo su in ic io en los Es tados Unidos de Amr ica , en l a Univer s idad

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d e W a sh i n g t o n b a j o l a d i r e c c i n d e W i l l i a m G a r r i so n y E d w a r d U l l m a n , y e n l aU n i v e r s i d a d d e l o w a d e l a m a n o d e H a r o l d Mc C a r t h y . E n E u r o p a f u e r o n p e r so n a j e s c l a v e P e t e r H a g g e t t y R i c h a r d C h o r l e y e n e l R e i n o U n i d o , y T o r s t e nH g e r s t r a n d e n S u e c i a .Las nuev as ideas o ideas r evo luc io nar i as , qu e ya en los sesen ta fo rm ab an pa r t e de l con oc im ien to co nve nc io na l de l a geogra f a , p ro ve n a n d e l a f ilosofa , de l a smatemt i cas , de l a f s i ca , y desde domin ios vec inos como l a economa . Pero , sobretod o , fue e l i n t e r s de los geg ra fos po r la teo r a lo que cons t i tuy e l r asg o fundam e n t a l d e la m e t a m o r f o s i s d i s c i p l i n a r i a , p u e s , c o m o lo r e c o n o c i el m i sm o B u r ton (1982 : 418) , l a r evo luc in " se insp i r en una neces idad genu ina de hacer l ageogra f a ms c i en t f i ca y en un in t e r s por desa r ro l l a r un cuerpo t e r i co . En l asr a ces de l a r evo luc in cuan t i t a t iva se encuen t r a l a insa t i s f acc in r espec to a l ageogra f a id iogr f i ca" .B a r n e s ( 2 0 0 1 ) so s t i e n e q u e la d e n o m i n a d a " r e v o l u c i n c u a n t i t a t i v a " i n t r o d u j o p o r p r i m e r a v e z e n e l m b i t o d e l a g e o g r a f a e c o n m i c a a n g l o - a m e r i c a n a - t r a d i c i o n a l m e n t e p o b r e o c a r e n t e d e t e o r a - l a v e r d a d e r a i d e a d e t e o r i z a c i n" e p i s t e m o l g i c a " , c u y a t a r e a c e n t r a l e r a " d e sa r r o l l a r v o c a b u l a r i o s a b s t r a c t o s q u er e f l e j a r a n - a u n q u e p a r c i a l m e n t e - u n a r e a l i d a d e x t e r n a e i n d e p e n d i e n t e " ( B a r

n e s , 2001 : 546) . Esos vocabu la r ios abs t r ac tos , fo rmales y r ac iona l i s t as fo rmal i za d o s e n h i p t e s i s , l e ye s , m o d e l o s y r e p r e s e n t a c i o n e s c a r t o g r fi c a s c o n s t i t u y e r o n e ln c l e o d e l a t e o r a p a r a p r o d u c i r e x p l i c a c i o n e s d e f e n m e n o s g e o g r f i c o s o b se r vados en e l mundo r ea l . E l mismo Barnes (2001) r eca lca que e l l engua je de l a t eo r i zac in "ep i s t emolg ica" de l a geogra f a p rov ino , in i c i a lmen te , de l a s c i enc iasna tu ra les y de l a s c i enc ias soc ia l es mode ladas a su imagen -una espec ie de " f s i casoc ia l " - , e i l us t r a su comenta r io con e l e j emplo de l a in t roducc in de l vocabu la r iode l a f s i ca en l a geogra f a econmica duran te los c incuen ta , por pa r t e de Wi l l i amW a r n t z , q u i e n , a p a r t i r d e la d e sc r i p c i n d e lo s l u g a r e s c o m o p u n t o s d e n t r o d e u nc a m p o g r a v i t a c i o n a l , d e sa r r o l l l o s m o d e l o s d e g r a v e d a d y d e p o t e n c i a l , e n c o o p e r a c i n c o n g e g r a f o s , a s t r n o m o s y f s i c o s .

L o s f u n d a m e n t o s e p i s t e m o l g i c o s p a r a l a c o n s t r u c c i n t e r i c a d e l a n u e v ag e o g r a f a c o m o u n a c i e n c i a e se n c i a l m e n t e e sp a c i a l f u e r o n e n c o n t r a d o s e n l a sideas de l "pos i t iv i smo lg ico" , "empi r i smo lg ico" o "neopos i t iv i smo" , movi mien to in t e l ec tua l a soc iado con los f i lsofos pe r t enec ien tes a l "C r cu lo de Viena" ,y cuyos ob je t ivos y ca rac te r s t i cas es t aban c l a r amente de f in idos hac ia 1930 . S ine m b a r g o , B a r n e s ( 2 0 0 1 ) a r g u m e n t a q u e e n u n p r i n c i p i o l o s g e g r a f o s c o m p r o m e t i d o s c o n e l n u e v o p a r a d i g m a n o f u e r o n c o n sc i e n t e s d e su v n c u l o c o n e l n e o -p o s i t i v i sm o , a u n q u e d e sd e e l c o m i e n z o su s f o r m u l a c i o n e s t e r i c a s t u v i e r o n e lc a r c t e r fu n d a c i o n a l y c e r r a d o p r o p i o d e e se m a r c o e p i s t e m o l g i c o .34


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El pos i t iv i smo lg ico a f i rma qu e la c ienc ia se oc up a de l as p ro po s ic io ne s c onsent ido , es dec i r , de l as p ropos ic iones emp r icas que deben ser somet idas a l r igorde l an l i s i s lg ico y a los mtodos ms re f inados de ver i f i cac in . Busca a lcanzarun a v i s in un i f i cada de l mu nd o y de la c i enc ia , y p r op en de a un l eng ua j e ne u t r a lpa ra exp resa r p ropo s ic io nes y r esu l t ado s l ib res de la sub je t iv idad de los l en guaje sc o m u n e s .Uno de los pos tu lados bs icos de l pos i t iv i smo lg ico es e l de l a un idad de l aciencia . Con un lenguaje f is ical is ta y de pretens iones universal is tas , la c iencia unif i cada es un s i s t ema no cont rad ic tor io de pro tocolos y de l eyes ; es una ac t iv idadn o r m a t i v a , a u n q u e n o r i g u r o s a m e n t e d e t e r m i n i s t a , q u e n i h a c e d e m a r c a c i o n e sen t re c ienc ias na tura les y c ienc ias soc ia les, n i r eco no ce l a pos ib i l idad de ha ce r j u i c ios ax io lg icos o de va lor , r a t i f i cando as su neut ra l idad .E l pos i t iv i smo lg ico no es tab lece d i fe renc ias metodolgicas sus tanc ia les ent r e l as c ienc ias na tura les y l as c ienc ias soc ia les . Como ind ica Capel ( 1 9 8 1 : 376) ," se ab o r d e l e s t ud i o de l ho m br e y de l a r ea l i d ad s oci al po s t u l an do que s t o s pe r t enecen p l enamen t e a l mundo f s i co y que como t a l e s han de s e r e s t ud i ados , ya c e p t a n d o q u e l a s r e g u l a r i d a d e s q u e s e e n c u e n t r a n e n l a n a t u r a l e z a a p a r e c e r ntambin en l as d iver sas es feras de l a r ea l idad soc iocul tura l " . Es ta a f i rmacin gar an t i zaba de hecho l a un i dad me t odo l g i ca de t oda l a c i enc i a , un i dad que s e ex p r e s aba en e l u s o comn de l m t odo c i en t f i co h i po t t i co y deduc t i vo , cuyosr e f i nami en t os s e a l canza r on en l a s c i enc i a s na t u r a l e s y s e ex t end i e r on a buenapar te de las ciencias sociales .La geograf a no fue l a excepcin , y l a r evoluc in que se es t g losando incur -s i on t amb i n en e l campo me t odo l g i co , pues l o s geg r a f os deb an p r ocede r enade l an t e r e s o l v i endo l o s p r ob l emas geog r f i cos con l a mi s ma me t odo l og a co m n a toda l a c ienc ia . Par te de la con vers i n a l a nu ev a c ienc ia geog rf ica cons i s t i en aprender e l mtodo c ien t f i co pos i t iv i s ta , por lo que a par t i r de en toncesl o s cu r s os de me t odo l og a c i en t f i ca cons t i t uye r on un e l emen t o cen t r a l en l o sp r o g r a m a s d e f o r m a c i n y e n t r e n a m i e n t o d e l o s g e g r a f o s .L a d i s cus i n me t o do l g i ca s ob r e e l p r o b l e m a de l a i nduc c i n y l a ded ucc i ncons t i t uye una de l a s d i s pu t a s i n t e r nas ms f ue r t e s den t r o de l mov i mi en t o neo -pos i t iv i s ta , pero l a ascendencia de l as cor r i en tes deduct iv i s tas l l ev a l a mayor ade l o s c i en t f icos a t om ar pa r t i d o po r un a v a m e t od o l g i ca h i po t t i co - dedu c t i va ,muy ce r cana a l a s p r opues t a s de Poppe r ( C ape l , 1981) .Las cr t icas a la geograf a del paisaje , o de la t radicin regional , se hicieronco r r i en t e s en l os aos c i ncu en t a y s e i nc r em en t a r o n a me d i d a en qu e la s i deas de lpos i t i v i s mo l g i co f ue r on acog i das , en buena pa r t e s i n t ene r conc i enc i a de l he c h o , po r la s nueva s gene r ac i o nes de geg r a f os ( B a r nes , 2001) . A m ed i ad os de l sig lo XX, Schaefer "abr i l a puer ta a l a admis in formal de l pos i t iv i smo lg ico

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d e n t r o d e la g e o g r a f a " ( G r e g o r y , 1 9 8 4 : 4 8 ) y s t a s e t r a n s f o r m a p a u l a t i n a m e n t een una "c ienc ia espac ia l " t e r i ca y emp r i ca , con nfas i s en e l o rden espac ia l y enl a b sq u e d a d e la s l ey e s g e n e r a l e s d e la o r g a n i z a c i n e sp a c i a l , m e d i a n t e u n m t o do c i en t f i co na tu ra l i s t a .E n e l n u e v o p a r a d i g m a , e l e sp a c i o e s c o n s i d e r a d o , p o r u n a p a r t e , c o m o e sp a c io concre to r e f e r ido a l a ac tua l super f i c i e de l a t i e r r a con toda l a va r i edad de lm u n d o r e a l , y p o r o t r a , c o m o e sp a c i o a b s t r a c t o r e f e r i d o a l a e s t r u c t u r a e sp a c i a ln o vis ib le . Peet (19 98 : 32) se ref iere as a es ta t ra ns fo rm ac i n disc ip l in ar :

En los 1940s la geografa se sinti de nuevo segura internamente como descripcin regional pero vulnerable ex tern am en te e n razn de las crticas a su naturale za cientfica y a su utilidad prctica. El perodo de la posguerra conoci unageografa redefinida com o la ciencia del espacio -e l espacio no en los trm inos dela escuela de Berkeley como la superficie de la tierra transformada por la accinhu m an a en un paisaje cultural, sino del espacio a image n de la fsica, espacio reducido a la distancia entre puntos-, con la conducta espacial como minimizacinde la distancia, y la geom etra co mo lengua je disciplinar. Con tal espacio se pu doem plear el m od erno m tod o cientfico, inicialmente mid iendo regular idades estadsticas en forma inductiva, eventualmente con la lgica matemtica como unaciencia deductiva.

Pero lo esenc ia l no e r a l a cuan t i f i cac in en s m ism a, com o pu d i e r a c r ee r s e sin o s a t e n e m o s a l r e m o q u e t e d e " R e v o l u c i n c u a n t i t a t i v a " c o n e l q u e fu e c al if ic ad a , o a l h e c h o d e q u e m u c h o s g e g r a f o s c r e y e r a n i n g e n u a m e n t e e n e l a se r t o p o s i t iv i s t a de que " s in ca lcu la r e s impos ib le r azonar " ; se t r a t , an te todo , de unaform a d i s t in t a de ve r la s cosas en geog ra f a . C o m o resu l t ad o de es t a r evo luc in , lag e o g r a f a a b a n d o n su s p r e t e n s i o n e s d e c i e n c i a s i n g u l a r , s e t o r n a b s t r a c t a , y e lpa i sa j e , como ob je to p r inc ipa l de es tud io , ced i su pues to a l e spac io (Yea tes ,1 9 7 2 ; Hol t - Jensen , 1980 ; S toddard , 1982 ; Bu t l e r , 1986 ; Hagge t t , 1994) . En pa la b ras de Unwin (1995 : 173) , " los in t e r eses cen t r a l es g i r aban en to rno a l e spac io , al a cuan t i f i cac in y a l a e l aborac in de t eo r as" .La nuev a def in ic in de l a geogra f a com o la c i enc ia que busca "exp l i ca r l a va r i ac in espac ia l de los f enmenos sobre l a super f i c i e t e r r es t r e" (S toddard , 1982) ,p o n e en c l a ro qu e e l m bi to d e l a "N uev a geogra f a" se r ed uc e a l a super f i c ie d e lat i e r r a c o m o e sp a c i o c o n c r e t o , y q u e l os p r o b l e m a s q u e d e b e f o r m u l a r e l g e g r a f ot i e n e n q u e v e r c o n la d i s t r i b u c i n d e t o d o t i p o d e f e n m e n o s so b r e d i c h o e sp a c i o .As que cua lqu ie r f enmeno , s i su d i s t r ibuc in es ca r togra f i ab le , e s dec i r , s i se

p u e d e h a c e r u n m a p a d e e l l a , e s su sc e p t i b l e d e s e r e s t u d i a d o g e o g r f i c a m e n t e , ysu d i s t r ibuc in espac ia l se puede exp l i ca r en r e l ac in con o t r as d i s t r ibuc iones es p a c i a l e s d e f e n m e n o s a so c i a d o s , p o r m e d i o d e u n a t e o r a a b s t r a c t a q u e r e f l e j ec o m o u n e sp e j o su o c u r r e n c i a e n e l m u n d o r e a l .36


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LA GEOGRAFA COMO CIENCIA ESPACIAL

El resu l t ado de es ta nueva def in ic in de l ob je to fue una var iedad de geografas, t an t a s como d i s t r i buc i ones e s pac i a l e s de f enmenos de t odo o r den s e pue dan car tograf ia r , t a l es como geograf as de l as enfermedades , geograf ase lec tora les , geograf as de los prec ios de l sue lo , geograf as de l a vege tac in , e tc .Q ueda t amb i n s en t ado que t a l e s d i s t r i buc i ones cons t i t uyen una e s t r uc t u r a e s pa c i a l abs t r ac t a y o r denada cuyo o r den s e debe exp l i ca r en t r mi nos c i en t f i cos .C om o e j em pl o , y pa r a i l u s t r a r l o ex pu es t o en e l p r r a f o a n t e r i o r , a pa r t i r deun m ap a que mu es t r e la d i s t r i buc i n e s pac i a l de la s ca r r e t e r a s que com un i ca n l u g a r e s e n u n e s p a c i o d e t e r m i n a d o , s e p u e d e n i d e n t i f i c a r p a t r o n e s d e d e n s i d a dv i al ; pe r o a l m i s m o t i em po , lo s l uga r e s s e pu ed en i den t i fi ca r co m o nod os ; l as ca r r e t e r a s s e pueden t r ans f o r mar en una r ed abs t r ac t a ana l i zab l e en t r mi nos l oca -c i ona l e s , pa r a de t ec t a r e l e s t ado de des o r den de l a mi s ma y p r opone r l o sco r r ec t i vos que e l even s u g r ado de o r denac i n , t en i endo como r e f e r enc i a un mode l o i dea l o no r ma t i vo de r edes . E n l a s mi s mas cond i c i ones , e l t r f i co de pe r s o n a s , m e r c a n c a s e i n f o r m a c i n s e p u e d e c o n c e p t u a l i z a r c o m o m o v i m i e n t o ; l a sc i u d a d e s , l u g a r e s c e n t r a l e s , p u e b l o s o c o n g l o m e r a d o s d e p o b l a c i n s e p u e d e ni den t i f i ca r como nodos de una r ed , e s dec i r como pun t os de c r uzami en t o o v r t i ces de la red.E l nu ev o d i scurso geogrf ico se ex pre sa con c la r id ad en l a s igu ien te c i t a (G-mir , e t a l . , 1995: 91) de un manual sobre an l i s i s espac ia l :

En el anlisis espacial, los nodos o vrtices de la red pueden venir constituidospor los puntos de origen y destino de los intercambios (ciudades, puertos, aeropuertos o centros de zona -den om ina do s centroides, si trabajamos a escala urbana, a los que se atribuye n las caractersticas del rea que re pre se nta n- ). Los arcoso aristas se identifican con las rutas, tanto si tienen una estructura fsica o soporte(rutas terrestres) como si no c uen tan co n ella (rutas m artima s, areas, o referidasa teleflujos), o con los flujos (pasajeros, m ercan cas, flujos telem ticos...) que po rellas circulan, cuand o se

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Debates Sobre El Espacio Geografico Contemporaneo. Ovidio Delgado