percepcion de la calidad de la voz

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    TEMASLIVRESFREETHEMES

    2907

    1Consultri o clni co.Alameda Lorena 1.304,conjunto 1.106. 01424-001So Paulo [email protected] Programa de EstudosPs-Graduados emGerontologia, PontifciaUniversidade Catlica deSo Paulo.3Departamento deFundamentos daFonoaudiologia, Pontif ciaUniversidade Catlica deSo Paulo.

    Percepo de voz e qualidade de vidaem idosos professores e no professores

    Voice perception and quality of life

    of elder teachers and non teachers

    Resumo Este art igo tem como objetivos compa-rar os escores do protocolo de qual idade de vida evoz (QVV) de idosos professores (GP) e no pro-fessores (GNP) e veri ficar a relao entre os esco-res, a idade cronolgica e a percepo da mudanavocal. Mtodo: em 47 sujeitos, 23 GP e 24 GNP,

    acima de 65 anos, homens e mulheres, foram cole-tados dados sobre percepo de mudana vocal eaplicado o protocolo QVV. Resul tados: no houvedi ferena signi fi cante entre os escores do QVV dossujeitos GP e GNP, nem relao ent re escores epercepo de mudana vocal. A idade cronolgicaapresentou correlao posit iva (p=0,039) com es-cores do domnio fsico para os GP. Para os sujeit osGP e GNP que perceberam a mudana vocal, hou-ve di ferena signi fi cante nas respostas s questes2 (p=0,02), 4 (p=0,007), 5 (p=0,012) e 9 (p=0,002).Concluso: Para ambos os grupos, o impacto dasmudanas vocais foi mai or no domnio fsico do

    que no socioemocional do QVV. A autopercepodo envelhecimento vocal esteve relacionada di fe-rena quanto ao uso ou no da voz profi ssional -mente. Os professores, independentemente dessapercepo, tm maior problema em questes dodomni o fsico do QVV relacionadas exignci aprofi ssional . Os no professores que perceberam oenvelhecimento vocal apresentaram difi culdade emaspectos fsicos e socioemocionais.Palavras-chave Voz, Qual idade de vida, Idoso,Doente

    Abstract The aim of thi s arti cle is to compareelder teachers (GP) and non- teachers ( GNP)scores from the voice related quali ty of l i fe (VR-QOL)protocol and verify the relat ion betweenthese scores, chronological age and voice changepercepti on. Data from the vocal change percep-

    ti on was collected in 47 subjects, 23 GP and 24GNP, over 65 years old, both sexes, and the VR-QOL protocol has been appl ied. There was no sig-ni fi cant difference between the score of the twogroups or between these scores and the voicechange perception. There was a positive correla-ti on (p= 0,039) between chronological age and theVR-QOL physical domain scores for the GP. Therewas signif icant difference between the two groupsof subjects that realized the vocal change, for theVR-QOL answers to questi ons 2 (p= 0,02), 4(p=0,007), 5 (p=0,012) and 9 (p=0,002). In bothgroups, the impact of the voice changes was high-

    er i n the VR-QOL physical than in the socio-emotional domain. The self percepti on of vocalaging was related to the professional or non-pro-fessional use of t he voice. Teachers, apar t fromhaving this percepti on had more problems in theVR-QOL questi ons of the physical domain, relat-ed to the professional requests. Non- teachers thatnoticed the vocal aging had diffi culti es with thesocio-emotional and physical aspects.Key words Voice, Quali ty of l i fe, Aged, Faculty

    Deborah Gampel 1

    Ursula Margarida Karsch2

    Lslie Piccolotto Ferreira3

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    Introduo

    O envelhecimento da populao e as demandassociais dele decorrentes tornaram a velhice umtema privilegiado de investigao, percebido pelo

    significativo aumento do nmero de obras sobrea velhice publicadas nas ltimas dcadas1. O en-velhecimento um processo universal, resultanteda interao dos aspectos biolgicos, funcionais,psicolgicos e sociais, alm de no ser uniforme,pois tem variaes intra e intersujeitos2,3. Da mes-ma forma isso ocorre com a voz, principal ferra-menta de comunicao oral do homem.

    Os parmetros vocais mudam com o avanodo tempo, mas no h um consenso na literatu-ra quanto ao incio, tipo e o grau de mudana4,5.Entre as principais alteraes encontradas, nota-se quanto respirao uma reduo da capaci-

    dade vital e dos tempos mximos de fonao, demodo que as frases tornam-se mais curtas, pelanecessidade constante de se recarregar o ar, fatoque, associado diminuio da habil idade mus-cular para articulao, faz com que aumentemas pausas articulatrias, reduzindo assim a velo-cidade de fala. Alm disso, pode haver uma re-duo do controle de loudnesse pitch, aumentoda frequncia fundamental para homens e umadiminuio para as mulheres. Em muitos ido-sos, nota-se soprosidade ou rouquido, tremor,fadiga vocal e estratgias inapropriadas paracompensao das mudanas vocais na tentativade produzir uma voz melhor4,5.

    Apesar de haver poucas referncias na litera-tura com a preocupao de pesquisar o impactodas condies vocais na vida de idosos, foi verifi -cado que em um grupo de mulheres acima de 60anos as mudanas vocais que ocorrem no enve-lhecimento interferem significativamente na qua-lidade de vida, no domnio fsico e mental6.

    Htambm poucos estudos longitudinaissobre envelhecimento vocal e o impacto dessesproblemas na vida do indivduo. Em um desses,realizado durante cinco anos em 11 sujeitos sau-

    dveis do sexo masculino, de 50 a 81 anos deidade, foi veri ficado que durante esse perodo ossujeitos perceberam mudanas da voz e, conse-quentemente, uma tendncia a evitar a parti cipa-o em acontecimentos sociais7.

    A literatura aponta que os professores, cujavoz uma das principais ferramentas de traba-lho, consti tuem um grupo com alta incidncia deproblemas vocais8,9. Entretanto, o professor apre-senta dificuldade de se perceber como profi ssio-nal da voz, o que poderia prejudicar a capacida-de em avaliar sua prpria voz, de modo a no

    valorizar a presena de alteraes vocais, pois estano vista por ele como uma ferramenta de tra-balho10. Associado a isso, os professores de am-bos os sexos do ensino mdio tm pouca percep-o sobre a relao entre a voz e as emoes,

    sentimentos e relacionamentos sociais11.Na avaliao do impacto da voz sobre a qua-lidade de vida de professores do ensino mdioentre 20 e 60 anos de idade, por meio da aplica-o do protocolo QVV, foi verificado que a m-dia dos escores obtidos no domnio fsico foi 74,4,no socioemocional 87,3 e no domnio global 79,6,lembrando que os escores mais altos indicammenor impacto da voz e, portanto, melhor qua-lidade de vida11.

    Em outra pesquisa citada na literatura, apsaplicao do protocolo QVV em 120 professoresentre 23 e 65 anos, do ensino fundamental, foi

    constatado que a mdia do domnio global foide 84,2, sendo que 49,2% dos sujeitos avaliarama voz como boa, apesar de enfrentarem dificul-dades de falar forte em ambiente ruidoso, de in-coordenao pneumofnica (ar acaba rpido le-vando necessidade de respirar vrias vezes en-quanto falam) e de estabilidade da qualidadevocal. As variveis idade e carga horria no apre-sentaram correlao significativa com o QVV, eem geral os professores esto satisfeitos com aqualidade vocal que apresentam12.

    Por meio da aplicao do Inventrio de Sin-tomas de Stress em 23 professores universitriosentre 26 e 56 anos de idade (95,65% destes dosexo feminino), foi constatado que, entre as quei-xas dos professores universitrios quanto ao es-tresse presente na atividade de docncia, os sin-tomas mais encontrados foram os fsicos, evi-denciando que as tenses emocionais so maisexpressas pelo corpo do que pela cognio, em-bora para muitos professores, apesar do predo-mnio do sintoma fsico, o emocional tambmestivesse presente13.

    A literatura aponta que a voz preferida dosprofessores forte (intensidade) para que todos

    escutem, muitas vezes obtida com esforo, boaprojeo, com pitche velocidade adequados paracada assunto que desenvolve, com preciso demovimentos articulatrios e com modulao ex-pressiva14, associada a maior variao de pitch,loudnesse de velocidade de fala, embora a velo-cidade muito rpida no seja valorizada comoagradvel15.

    Os achados que comparam o envelhecimen-to vocal em categorias profissionais tambm soem nmero reduzido, e um estudo comparativoentre professores e no professores poderia tra-

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    zer dados interessantes. Em vista disso, os obje-tivos desta pesquisa foram comparar os escoresdo protocolo de qualidade de vida e voz de sujei-tos idosos professores e no professores e verifi-car a relao entre esses escores, a idade cronol-

    gica e a percepo da mudana vocal.

    Mtodo

    Esta pesquisa, de carter observacional e de cortetransversal, foi aprovada pelo Comit de ticado Programa de Estudos Ps-Graduados emGerontologia da Ponti fcia Universidade Catl i-ca de So Paulo (PUC-SP) em 01/08/06. Foramconvidados a participar dela sujeitos acima de 65anos, no institucionalizados, homens e mulhe-res, com relacionamento social e familiar frequen-

    te, professores em atividade ou aposentados etambm no professores e igualmente no pro-fissionais de voz.

    Todos foram selecionados por meio de umprotocolo de entrevista com 26 questes parapesquisa dos critrios de incluso e excluso.Foram excludos os sujeitos portadores de do-ena sistmica grave, problemas ou queixas vo-cais, histrico de alcoolismo, consumo de dro-gas, queixa de refluxo gastroesofgico no trata-do, fumantes ou que tenham deixado de fumarh menos de dez anos, com presena de sotaquee que tiveram treinamento de voz anterior. Almda idade cronolgica, eles foram questionadossobre a percepo de mudana vocal nos lti-mos cinco anos.

    O instrumento utilizado foi o protocolo dequalidade de vida e voz (QVV)16, traduzido, adap-tado para o portugus17e validado18, compostopor dez questes que abrangem os aspectos refe-rentes ao domnio fsico (questes 1, 2, 3, 6, 7, 9)e ao domnio socioemocional (questes 4, 5, 8,10). Estas foram respondidas pelos prprios su-jeitos da pesquisa numa escala de 1 a 5 para gra-duao do impacto causado pela voz na vida do

    sujeito, de modo que quanto maior a pontuaopara cada questo, maior o impacto desse aspec-to no domnio fsico ou emocional do sujeito.

    Os sujeitos selecionados aps a entrevista ini-cial assinaram o Termo de Consentimento Livree Esclarecido e foram orientados a responder aoprotocolo de qualidade de vida e voz (QVV).

    Em relao anlise dos dados, inicialmenteforam analisados os dados do QVV por sujeito,para o clculo dos escores totais e de cada dom-nio, por meio de algori tmo especfico. Conside-rou-se que, para cada domnio, quanto mais pr-

    ximo de 100 o resultado estiver, menor o impac-to da voz na vida do sujeito16. Em seguida, foirealizada a anlise descritiva das respostas dossujeitos GP e GNP por questo, considerando-seque os escores maiores ou iguais a trs sugerem

    que os sujeitos teriam algum problema referentea essa questo.Os escores dos domnios socioemocional, f-

    sico e total para cada sujeito foram analisadospor meio da Anlise da Correlao de Spearman,para verificao de possvel relao estatstica coma varivel idade cronolgica. Em seguida foi apli-cado o Teste de Mann-Whitney para verificaode possveis diferenas entre os dois grupos e entreas respostas de cada questo do QVV, para ossujeitos do GP e GNP que perceberam a mudan-a vocal nos ltimos cinco anos.

    Resultados

    A caracterizao dos sujeitos selecionados na en-trevista inicial quanto a faixa etria, sexoe per-cepo de mudana vocal est descrita na Tabela1. A comparao das mdias dos escores obtidosno protocolo QVV nos domnios socioemocio-nal, fsico e total entre os dois grupos encontra-se na Tabela 2.

    Todos os sujeitos GP e GNP apresentaramvalores menores no domnio fsico do que nodomnio socioemocional. Comparando os doisgrupos, os sujeitos GNP obtiveram escores maisbaixos no QVV no domnio socioemocional, masainda assim superiores aos do domnio fsico.

    Tabela 1.Distribuio numrica e percentual dossujeitos do GP (grupo de professores - n =23) e doGNP (grupo de no professores - n = 24) segundofaixa etria, sexo e percepo de mudana vocalnos ltimos cinco anos.

    Variveis

    faixa etria65-6970-7475-7980-83

    sexofemininomasculino

    mudana vocalpercebida percebida

    %

    13,0434,7826,0926,09

    69,5630,44

    43,4756,53

    GP

    n

    3866

    167

    1013

    %

    20,8433,3333,3312,5

    50,050,0

    29,1770,83

    GNP

    n

    5883

    1212

    77

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    Os valores obtidos com a aplicao do pro-tocolo QVV apresentaram relao estatistica-mente significante com a idade cronolgica dossujeitos GP. Nota-se que quanto maior a idadecronolgica, maiores os valores obtidos com o

    QVV total e com os valores do domnio fsicopara ambos os sujeitos (p= 0,039). Tal dado su-gere que quanto maior a idade cronolgica, me-nor o impacto da voz no domnio fsico. No foiencontrada diferena estatisticamente significanteentre os dois grupos de sujeitos considerados.

    Na Tabela 3 encontra-se a distribuio desujeitos do GP e GNP que perceberam uma mu-dana vocal nos ltimos cinco anos, em relaoao comportamento dos escores obtidos com aaplicao do protocolo QVV. Nota-se um n-mero maior de sujeitos GP do que GNP que refe-riram mudana vocal nos ltimos cinco anos;

    entre esses, dois (8,7%) obtiveram escores totaisno QVV. Por sua vez, no grupo GNP, todos ossujeitos que notaram a mudana vocal no obti -veram escores totais no QVV. Entretanto, nofoi veri ficada uma relao estatisti camente signi-ficante entre escores do QVV e percepo demudana vocal. A anlise comparativa do QVV

    por questo, entre os dois grupos de sujeitos,est demonstrada na Tabela 4.

    As trs questes do domnio fsico cujas res-postas indicaram os aspectos de maior dificul-dade, em ordem decrescente, para os sujeitos do

    GP foram as de nmeros 1, 2 e 7, e para os doGNP, 9, 1 e 3. Foi encontrada diferena estatisti-camente significante entre as respostas dos sujei-tos GP e GNP apenas para a questo de nmero2 (p=0,040), com os professores apresentandomais respostas sugestivas de problema nos as-pectos avaliados por essa questo.

    Em relao ao domnio socioemocional, asquestes cujas respostas indicaram as reas demaior problema foram a de nmero 4, para ossujeitos do GP, e para os sujeitos do GNP, emordem decrescente, as de nmero 10, 4 e 5. Aanlise comparativa do QVV por questo, para

    os sujeitos que perceberam a mudana vocal, estdemonstrada na Tabela 5.

    A comparao entre os sujeitos GP e GNPindicou que foram encontradas diferenas esta-tisticamente significantes para as respostas squestes 2 (p=0,020), que representou aspectosmais sugestivos de dificuldade para os professo-res; 4 (p=0,007), 5 (p=0,012) e 9 (p=0,002), asquais sugerem os aspectos mais problemticospara os no professores.

    Discusso

    A comparao do nmero de sujeitos GP eGNP por faixa etria e sexo no exatamenteigual (Tabela 1), especialmente no grupo GP, poishouve uma prevalncia de mulheres lecionandona universidade, provavelmente por ser esse olocal com maior nmero de professores idososem atividade.

    As mdias dos escores obtidos no protocoloQVV para o domnio socioemocional, fsico etotal, tanto para os sujeitos do GP como para osdo GNP (Tabela 2), esto mais prximas de 100

    e, portanto, semelhantes queles obtidos porsujeitos sem alterao vocal, na validao desseprotocolo16, inclusive para o portugus, cujosescores totais obtidos foram entre 97,3 e 98,5,apesar de ser em populao mais jovem18.

    Para ambos os grupos, esses dados vo namesma direo daqueles constatados em pesquisaanterior19que, apesar de realizada apenas comsujeitos do sexo feminino e de no ter sido utili -zado o protocolo QVV, concluiu tambm sobrea pouca percepo que os idosos tm em relaoao envelhecimento vocal.

    Tabela 2.Escores mdios obtidos no protocoloQVV nos domnios socioemocional, fisico e totalpara os sujeitos GP (grupo de professores - n = 23)e GNP (grupo de no professores - n = 24).

    Domnio

    socioemocionalfsicototal

    GP

    99,4690,5891,13

    GNP

    96,0990,9793,03

    Tabela 3.Distr ibui o numrica e percentual desujeitos GP (grupo de professores - n = 23) e GNP(grupo de no professores - n = 24) que notarammudana de voz nos ltimos cinco anos em

    relao aos escores do protocolo QVV.

    escores/domnio

    escores totais no globalescores mais baixos noglobal + fsicoescores mais baixos noglobal + socioemocionalescores mais baixos nofsico + socioemocionalTotal

    %

    8,730,4

    -

    4,35

    43,47

    GPn

    27

    -

    1

    10

    %

    -12,5

    -

    16,67

    29,17

    GNPn

    -3

    -

    4

    7

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    Tabela 4.Distribuio de sujeitos GP (grupo de professores - n = 23) e GNP (grupo de no-professores - n=24) em relao s respostas s questes do QVV.

    Questo

    1. Tenho dificuldade em falar forte (alto)ou ser ouvido em ambientes ruidosos.

    2. O ar acaba rpido e preciso respirarmuitas vezes enquanto falo.

    3. No sei como a voz vai sair quandocomeo a falar.

    4. Fico ansioso ou frustrado (por causa daminha voz).

    5. Fico deprimido (por causa da minhavoz).

    6. Tenho dificuldades ao telefone (porcausa da minha voz).

    7. Tenho problemas no meu trabalho oupara desenvolver minha profisso (porcausa da voz).

    8. Evito sair socialmente (por causa da voz).

    9. Tenho que repetir o que falo para ser

    compreendido.

    10. Tenho me tornado menos expansivo(por causa da minha voz).

    %

    73,914,3517,39

    4,3556,5226,0913,044,35

    78,2617,39

    4,3595,65

    4,35

    100

    91,34,35

    4,35

    91,3

    4,354,35

    100

    69,56

    26,094,35

    100

    GPn

    1714

    113631

    184

    122

    1

    23

    211

    1

    21

    11

    23

    16

    61

    23

    %

    66,6716,6716,67

    83,3412,54,16

    66,6720,844,16

    8,3383,3412,5

    4,16

    87,58,33

    4,16

    87,58,33

    4,1695,834,16

    100

    66,67

    12,520,84

    91,67

    8,33

    GNPn

    1644

    2031

    1651

    2203

    1

    212

    1

    212

    1231

    24

    16

    35

    22

    2

    Resposta

    1234512345123

    45123451234512

    34512345123451

    234512345

    significncia(p)

    0,791

    0,04

    0,342

    0,189

    0,083

    0,676

    0,498

    > 0,999

    0,578

    0,162

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    Tabela 5.Distribuio de sujeitos que perceberam a mudana vocal do GP (grupo de professores - n = 10) edo GNP (grupo de no-professores - n =7) em relao s respostas s questes do QVV.

    Questo

    1. Tenho dificuldade em falar forte (alto)ou ser ouvido em ambientes ruidosos.

    2. O ar acaba rpido e preciso respirarmuitas vezes enquanto falo.

    3. No sei como a voz vai sair quandocomeo a falar.

    4. Fico ansioso ou frustrado (por causa daminha voz).

    5. Fico deprimido (por causa da minhavoz).

    6. Tenho dificuldades ao telefone (porcausa da minha voz).

    7. Tenho problemas no meu trabalho oupara desenvolver minha profisso (porcausa da voz).

    8. Evito sair socialmente (por causa da voz).

    9. Tenho que repetir o que falo para ser

    compreendido.

    10. Tenho me tornado menos expansivo(por causa da minha voz).

    %

    50

    40

    1030303010

    6030

    1090

    10

    100

    8010

    10

    80

    1010

    100

    60

    3010

    100

    GPn

    5

    4

    13331

    63

    19

    1

    10

    81

    1

    8

    11

    10

    6

    31

    10

    %

    28,5714,2957,14

    71,4314,2914,29

    42,8528,57

    28,5742,8542,85

    14,29

    71,4314,29

    14,29

    57,1428,57

    14,2985,7114,29

    100

    14,29

    28,5757,14

    85,71

    14,29

    GNPn

    214

    511

    32

    233

    1

    51

    1

    42

    161

    7

    1

    24

    6

    1

    Resposta

    1234512345123

    45123451234512

    34512345123451

    234512345

    significncia(p)

    0,644

    0,02

    0,217

    0,007

    0,012

    0,163

    0,527

    > 0,999

    0,002

    0,086

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    importante mencionar que devido idadedos sujeitos, tanto do GP como do GNP, a dimi-nuio da sensibilidade dos rgos do sentidopara captar as sensaes20poderia levar a umamenor capacidade de percepo da repercusso

    fsica da voz mais envelhecida.Em relao aos professores, as mdias sosuperiores quelas obtidas na literatura11,12, e foiverificada uma relao estatisticamente signifi-cante entre os resultados do QVV e a idade cro-nolgica, de modo que quanto maior a idadecronolgica, maiores os escores no domnio fsi-co e total do QVV. Esse resultado diferente dosestudos citados na literatura12,19, em que no foiencontrada significncia do QVV com a idadecronolgica dos professores avaliados,emboratenham sido realizados com professores maisjovens (entre 20 e 60 anos), quando comparados

    aos sujeitos desta pesquisa.No grupo GP, os escores mais altos no dom-

    nio fsico poderiam tambm ser explicados pelofato de que as alteraes na voz do professor noacontecem repentinamente, mas sim se instalamprogressivamente, fato que muitas vezes com-promete a autopercepo10,21. O indivduo podeainda no perceber as modificaes ocorridas navoz devido perda do referencial em relao aopadro vocal saudvel que apresentava anterior-mente, ou por acreditar que a rouquido nor-mal na vida dele, pois ele fala muito22.

    Alm disso, o grupo GP, formado por 18 pro-fessores ainda em exerccio profissional e cincoaposentados, parece conduzir hiptese de quemesmo ao apresentar uma alterao de voz po-deriam pelos anos de experincia ter aprendidoou criado estratgias para dar aula, de modo quebuscariam ajustes para adaptao e superaodo desgaste vocal23,24.

    Todos os sujeitos dos grupos GP e GNP apre-sentaram valores maiores para o QVV no dom-nio socioemocional do que no domnio fsico,ou seja, o impacto fsico foi maior que o emocio-nal, fato tambm citado na literatura18, e no

    houve uma diferena estatisticamente significan-te entre os resultados do QVV para cada grupoavaliado.

    importante mencionar que era critrio deincluso, para ambos os grupos, os sujeitos apre-sentarem frequentemente relaes com famili a-res, amigos e alunos (no caso dos sujeitos pro-fessores), fato que pode justificar a ausncia doimpacto da voz no domnio socioemocional oumenor que no domnio fsico, uma vez que laossociais efetivos podem auxiliar na manutenodo bem-estar fsico e psicolgico3.

    Entretanto, ao se compararem os dois gru-pos de sujeitos, uma porcentagem de sujeitos doGNP mencionou tambm o impacto no dom-nio socioemocional, associado ou no ao dom-nio fsico, semelhante aos dados da literatura,

    embora com um protocolo diferente do QVV7.Esses resultados conduzem hiptese de queoidoso no professor teria um relacionamentosocial diferente (se que pode ser chamado dessamaneira) do idoso professor, tanto no aspectoqualitativo como no quantitativo, portanto umsujeito no professor poderia sentir mais o im-pacto socioemocional da voz associado ao enve-lhecimento do que um professor. Essa infernciaremete s citaes da li teratura em que os profes-sores, em razo dos vnculos desenvolvidos comos alunos, a escola, os pais e a comunidade, en-contram-se satisfeitos com suas relaes sociais25

    e, mesmo que estejam aposentados, mantm osentido afetivo do exerccio profissional26,27.

    Percepo de mudana vocal

    A ausncia de relao estatisticamente signi-ficante entre os escores do protocolo QVV e apercepo de mudana vocal pode ser justificadapelo fato de que os sujeitos desta pesquisa notinham queixas ou problemas vocais, pois essefoi um dos critrios de excluso. Perceber umamudana no necessariamente significaria umproblema de voz para o sujeito, e isso pode expli-car a baixa amostragem.

    O protocolo QVV, por sua vez, clinicamen-te orientado para o distrbio vocal, isto , para osujeito perceber o impacto do problema vocal naqualidade de vida relacionada voz16, portanto,no necessariamente poderia avaliar o impactode uma mudana na voz que no venha a signifi-car um problema vocal para o sujeito. No entan-to, na anlise comparativa das respostas obtidaspara cada questo do protocolo QVV entre ossujeitos do GP e do GNP que perceberam a mu-dana vocal, foi encontrada diferena estatistica-

    mente significante entre os dois grupos para asquestes de nmero 2, 4, 5 e 9, e ser discutida aseguir na anlise por questo.

    Anlise do QVV por questo

    A anlise do QVV por questo do domniofsico mostrou que para os sujeitos do GP as res-postas s questes de nmero 1 (Tenho dificul-dade em falar forte alto ou ser ouvido emambientes ruidosos), 2 (O ar acaba rpido epreciso respirar muitas vezes enquanto falo) e 7

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    ( Tenho problemas no meu t rabalho ou paradesenvolver minha profisso por causa da voz)sugerem a rea de maior concentrao de difi cul-dades, inclusive na mesma ordem decrescente,encontrada em estudo realizado anteriormente12.

    Para os sujeitos do GNP, as questes do do-mnio fsico do QVV com maior concentraode dificuldades, em ordem decrescente, foram asde nmero 9( Tenho que repeti r o que falo paraser compreendido), 1 e 3 ( No sei como a vozvai sair quando comeo a falar).

    Em relao questo de nmero 1, os resul-tados sugerem que ambos os grupos de sujeitosidentificariam problemas nessa rea, mas emgraus diferentes. Para os professores, essaques-to, assim como na literatura, foi consideradaaquela qual mais atriburam dificuldades12eest relacionada atividade docente, que requer

    voz de forte intensidade com boa projeo vo-cal14e uso adequado do suporte respiratrio.

    Alm disso, pesquisa realizada apontou a re-lao entre a diminuio de variao deloudnesse o aumento de idade cronolgica em professo-res acima de 65 anos28, fato que poderia tambmjusti ficar o comprometimento dos professoresidosos em relao a esse aspecto.

    As respostas obtidas na questo de nmero 2,relacionada incoordenao pneumofonoarticu-latria e utilizao de tcnica vocal adequada,especialmente para os sujeitos do GP, mostraramque esses aspectos podem ser justificados pelasmudanas no suporte respiratrio associadas idade4,5e compatveis com a exigncia profissio-nal de falar muito8,9,23. No caso dos professores,correspondem segunda maior rea de ocorrn-cia de dificuldades, tal como na literatura12. Oprofessor, independentemente de perceber a mu-dana vocal, apresenta mais respostas sugestivasde problemas nesse aspecto que os no professo-res, de tal forma que foi encontrada uma diferen-a estatisticamente significante na anlise compa-rativa das respostas obtidas para essa questoentre os dois grupos de sujeitos avaliados.

    A questo de nmero 3 relaciona-se instabi-lidade e variabilidade da fonao e da qualidadevocal e foi uma das trs que mais sugeriram di fi -culdades para os no professores. Entretanto, ofato de que a maioria dos sujeitos do GP no tmdificuldades (dvidas) quanto a esse aspecto nosignifica a ausncia de problemas de voz, fatotambm apontado na literatura12.No entanto,poderia reforar a hiptese de que os professores,apesar do envelhecimento vocal, pelos anos deprtica profissional poderiam ter desenvolvidocompensaes para essas alteraes23,24.

    Em relao questo de nmero 7,seria es-perada maior porcentagem de sujeitos GP comproblema para desenvolver a profisso, devidos dificuldades apontadas nas questes 1 e 2, fatotambm verificado em pesquisas anteriores12.

    Entretanto, embora para a questo de nmero 7no tenha sido encontrada diferena estatistica-mente significante entre os sujeitos GP e GNP, ossujeitos GP que notaram a mudana vocal tmescores sugestivos de problema para exercerem aprofisso.

    A questo de nmero 9 representou o aspec-to de maior problema para os sujeitos do GNP,em concordncia com as respostas obtidas naquesto 1. Ao contrrio, a baixa porcentagem desujeitos GP que apresentou um problema mode-rado nessa questo sugere uma discordncia en-tre os resultados da questo 1, fato tambm no-

    tado em pesquisa consultada12, pois a dificulda-de de falar forte poderia implicar a necessidadede repetir o que se fala.

    Para a questo de nmero 9, foi encontradadiferena estatisticamente significante entre as res-postas obtidas pelos sujeitos do GP e do GNP queperceberam a mudana vocal. Essa diferena po-deria ser justificada pelo fato de que o professor,pela prpria experincia profissional, tem umafala mais articulada14e maior expressividade doque os no professores15,28, fatores que podemservir de compensao para uma eventual difi-culdade de falar forte em ambiente ruidoso.

    Quanto s questes do QVV referentes aodomnio socioemocional, todos os sujeitos dogrupo GP assinalaram nunca haver problemasnas questes de nmero 5 (Fico deprimido porcausa da minha voz), 8 (Evito sair socialmentepor causa da voz) e 10 ( Tenho me tornadomenos expansivo por causa da voz). Apenas aquesto de nmero 4 (Fico ansioso ou frustra-do por causa da minha voz) foi sugestiva de pro-blema moderado para uma baixa porcentagemde sujeitos. Esses fatos confirmaram os resulta-dos obtidos em pesquisas anteriores,embora com

    professores mais jovens, de que esses aspectos noparecemrepresentar um problema significativopara o professor12, alm de que este tem poucapercepo sobre a relao entre a voz e os senti-mentos, emoes e relacionamentos sociais11,12.

    Os sujeitos do GNP, da mesma forma que ossujeitos do GP, assinalaram que a questo 8 nun-ca um problema, mas responderam de formasugestiva de difi culdade a questo 10, seguida emordem decrescente pelas questes 4 e 5. Para ossujeitos do GP e do GNP que notaram a mudan-a vocal, foi encontrada diferena estatisticamente

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    significante entre as respostas das questes denmero 4 e 5, de modo que os no professoresapresentaram mais queixas que os professores,sugerindo que, apesar de o impacto fsico da vozser maior que o socioemocional, para os no

    professores este tambm interfere.

    Concluso

    Os resultados demonstraram que para ambosos grupos de sujeitos avaliados o impacto dasmudanas vocais maior no domnio fsico doque no domnio socioemocional, e apenas paraos sujeitos professores verificou-se que quantomaior a idade cronolgica, menor o impacto f-sico do envelhecimento vocal.

    A autopercepo do envelhecimento vocal dos

    sujeitos avaliados estaria relacionada diferenaquanto ao uso ou no da voz profissionalmente.

    Embora tanto para os professores como para osno professores a percepo de mudana vocal notenha apresentado relao estatisticamente signifi-cante com os escores do QVV, na anlise do QVVpor questo que surgiu a diferena estatisticamen-

    te significante entre os dois grupos de sujeitos.Os professores tm maior problema relacio-nado exigncia profissional da atividade do-cente, independentemente da percepo do enve-lhecimento vocal. Os no professores que perce-beram o envelhecimento vocal apresentarammaiores problemas com a necessidade de repeti ro que dito e com aspectos do domnio socioe-mocional do QVV.

    Em vista do aumento do nmero de idososna populao, mais pesquisas so necessrias,visando elaborao de programas especficospara preveno e promoo da sade vocal, im-

    portantes inclusive para o aspecto psicosocial doenvelhecimento.

    Colaboradores

    D Gampel redigiu o artigo, tendo elaborado oprojeto, coletado e analisado o material para apesquisa. UM Karsch foi orientadora; LP Ferrei-ra, coorientadora.

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